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Fantastic Entrevista | Sofia Rodrigues (Parte 2)

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Nesta edição do Fantastic Entrevista estamos à conversa com Sofia Rodrigues, uma jovem de Setúbal que, aos 24 anos, conta já com um vasto currículo artístico. 

Cenógrafa, aderecista, figurinista e perfomer, Sofia Rodrigues estudou na República Checa, o que lhe permitiu manter contacto com a cultura de vários países europeus. É sobre a sua experiência artística e de vida que vamos falar nesta edição do Fantastic Entrevista. 

[Leia a primeira parte desta entrevista AQUI]

Para além de cenógrafa és também aderecista e figurinista. Em que consiste cada uma delas? São atividades que se complementam?

Eu acho que devemos sempre optar por um destes caminhos. Tu nunca consegues ser o teu melhor em todos eles – são coisas bastante distintas mas que, tal como perguntaste, se complementam. Um espetáculo tem cenografia. Se a cenografia não for material, vai ser design de luz – que eu também faço – ou vai ser por projeção de imagem. Estou a explicar isto, porque esta coisa de cenografia e do design de cena está a modificar-se. Antes, tinhas o cenografista, o cenógrafo e agora tens o designer de cena. E o trabalho produzido por este serão adereços, figurinos e cenografia.

Os figurinos foram sempre uma luta comigo. Estive sempre a lutar com eles porque sempre tive uma ideia errada do figurino – foi isso que a ESTC me esclareceu. Sempre fui ver muitos espetáculos e o que eu percebi relativamente a isso é que o figurino pode ser a ausência de figurino. O adereço pode ser uma cadeira no centro do palco ou o copo que eu pego. E a cenografia é um todo, é um bolo grande disto tudo. Os adereços fazem parte da cenografia. Eu sou da opinião de que se eu estiver a observar um espetáculo num palco, se vir uma corda da roupa e um painel atrás, eu entenderei que tudo isto é cenografia mas que a corda da roupa é um adereço. Nos figurinos, tu tens um adereço de figurino também – que pode ser um chapéu, uma corrente, um par de óculos, pode ser um telemóvel. Uma gabardine já é o próprio figurino. São coisas que não estão bem separadas. Eu tive sempre na minha cabeça que ia só fazer cenografia mas agora tenho estado a optar por fazer também figurinos.

Quais são as principais dificuldades e desafios em trabalhar na área da cenografia, figurinos, adereços e também performance em Portugal?
A primeira dificuldade com que eu me deparo sempre é com o pagamento. Eu quero estar focada num projeto mas eu nunca posso ter só aquele. Porque aquele projeto vai dar-me 200 ou 300 euros e não vai chegar a dar-me o ordenado mínimo. Sem esse ordenado mínimo eu não posso ter uma casa, não posso estudar mais, não posso evoluir nem ir fazer formações. Portanto, tem de haver um dinheiro anterior para ser investido nisso. Isto, porque em Portugal, nós somos pagos à bilheteira.


Então terás sempre de esperar que o espetáculo estreie para receberes o dinheiro?
Sim. Por exemplo, eu estou três meses a ensaiar e recebo quando o espetáculo estreia. Mas esses três meses anteriores eu comi, eu dormi, eu tive de me deslocar para o meu local de trabalho. Portanto, a primeira e a maior dificuldade de todas é o pagamento. São as horas de trabalho que temos. No geral, as pessoas que trabalham na área do teatro são pessoas bastante flexíveis. Todos nós temos mais que um trabalho. Eu tenho quatro empregos e são os quatros empregos que me permitem no final do mês ter as minhas coisas pagas. São quatro projetos a recibos verdes. Daqui a seis meses posso ter mais três. Mas esses seis meses passaram e eu não tenho um contrato de trabalho.

Eu trabalho em cenografia e não tenho um seguro de trabalho. Por exemplo, se me cai um martelo, se me corto... Não tenho seguro. Muitas vezes nós mexemos em materiais químicos por exemplo. Caso eu tenha algum problema de saúde relacionado com isto – a nível respiratório, a nível alérgico – vai sair tudo do meu bolso. Neste momento, a minha profissão não tem um organismo que diga “não é possível estas pessoas estarem aqui a fazer este espetáculo porque não existe um contrato de trabalho”. Ninguém quer dar um contrato de trabalho a um ator, a um cenógrafo: tu és contratado para fazer aquele projeto. És pago a recibos verdes e o assunto termina ali.

Dentro dos vários projetos nos quais estás envolvida, existem diferenças a esse nível? 
Neste momento não vejo grande diferença entre todos os projetos que estou a fazer. Vai dar tudo ao mesmo, à falta de valorização que existe na área cultural. Prejudica tudo relativamente ao aparecimento do público, à receita final. Está tudo interligado. Eu não vou ver um espetáculo onde tenho vontade de dormir – é o que normalmente eu ouço: “Eu não vou ao teatro porque o teatro é uma chatice.”

E achas que esta ideia errada do teatro vem desde a infância?

Os miúdos são levados a ver espetáculos, o teatro infantil, onde são estupidificados. O palhacinho faz X, se está chuva aparece uma nuvem a chover. Não; os miúdos têm de ser estimulados, os miúdos são inteligentes. As crianças têm de ser forçadas a puxar pela cabeça de modo a criar. O que fazemos é incutir às crianças que o teatro é uma chatice. Mesmo quando vão ver peças com as escolas, as crianças já estão com pouca disposição para ver aquilo. Devia existir uma disciplina de teatro na escola permanente, durante todo o ciclo. O teatro ajuda a autoestima, o desenvolvimento mental das crianças, a nível de criar empatias em grupos... tudo isto é uma grande carência.


Então achas que o teatro devia estar mais presente nas escolas, por exemplo?
Quando falo do teatro, falo também de artes performativas no geral. Enquanto nós não percebermos que isto tem de ser modificado, as coisas não vão andar para a frente. Posso dar-te o exemplo de um dos meus alunos que era muito introvertido. O miúdo que tinha vergonha de dizer o nome dele e a idade dele numa apresentação, está agora a fazer o papel principal num espetáculo. Nós temos de dar a volta a isto e nós só podemos fazê-lo se as pessoas não se sentarem à espera que as coisas aconteçam e se houver um envolvimento maior da comunidade e das outras organizações para que o teatro de Revista não seja o único a que as pessoas têm possibilidade de ir. Eu acho que os preços em Portugal são bastante acessíveis mas talvez não vão ao encontro das possibilidades das pessoas. Eu sei que existem bilhetes para desempregados, para estudantes, entre outros, mas se as pessoas não os aproveitam para que é que serve? Tem de ser criada uma nova dinâmica em que as coisas têm de mexer de outra maneira.

Talvez porque não sabem que as coisas existem...
Não sabem porque não existe uma disciplina na escola. Isto devia começar de pequeninos. Tem a ver com a educação. A base de tudo é a educação. Se tu não tens educação e formação tu não vais poder evoluir, tu vais manter-te igual. E isto não há aqui nada contra o teatro de Revista, é valorizar os outros também. Eu sei que nós temos o teatro clássico mas quer dizer, estamos claramente num país que prefere ir ver um espetáculo de Revista e rir do que ver um espetáculo em que sente e em que vai para casa a pensar. A cabeça das pessoas neste momento está tão formatada que as pessoas não querem pensar. Eu quando digo nós, tenho de falar de mim, de ti, das pessoas que estão à minha volta. Existe uma grande falta de respeito: eu nunca vi ninguém no teatro checo pegar num telemóvel no meio de um espetáculo. Isto é a maior falta de respeito para com um profissional. Eu digo isto no teatro, digo na escola... Nós não temos limites; os limites já foram todos ultrapassados. 

Mas porque é que achas que isto acontece em Portugal?
As pessoas têm uma grande lacuna no que se trata de falar de liberdade de expressão. Liberdade de expressão não é fazeres tudo o que tu queres; é tu saberes falar, saberes argumentar, poderes e saberes dar a tua opinião mas tens de respeitar o outro. Costuma dizer-se que a minha liberdade termina quando começa a tua. Eu tive em espetáculos de teatro checo – penso que posso chamar-lhes espetáculos – que foram censurados. Aquilo era ilegal, aquilo estava a acontecer em caves e em casas particulares. Nós chegávamos e havia brinquedos de miúdos no chão. Havia um bengaleiro e púnhamos o casaco e havia ali umas cadeiras na sala e a senhora estava a tirar o berço. Nem nesses próprios espetáculos que eram censurados existia este tipo de comportamento. Este comportamento é o de um povo que está sem limites. Houve uma coisa que aconteceu há algum tempo que foi o Diogo Infante que pediu a uma pessoa para desligar o telemóvel a meio de um espetáculo. Deviam existir mais pessoas como o Diogo Infante, com este tipo de comportamento, porque não há nada pior do que eu estar em cena e perceber que há uma luzinha ali: isso desconcentra-me. 

Isso faz-me sentir que o meu trabalho não está a ser valorizado. Se não queres assistir ao meu trabalho, sai. Porque eu acho que o público participa no espetáculo – por isso é que há uns espetáculos que correm muito bem e outros muito mal. O próprio público é a energia que está ali. Não é possível fazer um espetáculo se não houver respeito. Aliás, os intervenientes da cultura têm um problema. Se eu pintar um quadro, o meu amigo pede para eu lhe pintar o quadro e não espera que peça nada em troca. Mas se ele estiver doente, vai à farmácia comprar os medicamentos. Ou seja, o meu trabalho é oferecido, o meu trabalho é decorativo. Mas o do farmacêutico, de estar ali a vender-te os medicamentos, é um trabalho a sério. Existe este problema e ainda não estamos a chegar lá, mas acredito que cheguemos lá num futuro próximo.


Recentemente trabalhaste no guarda-roupa do Elton John e da Ariana Grande. Como é que surgiram e foram estas experiências?
A primeira experiência que eu tive foi com o guarda-roupa do Elton John e da banda. Isto aconteceu no MEO Marés Vivas, no Porto, eu fui chamada pela uma empresa de nomeTapada Crew. Eu tenho uma colega e amiga da António Arroio, a Joana Veloso, que acabou por dar o meu nome. No caso do Elton John, é um trabalho muito minucioso porque é um trabalho muito exigente. É um trabalho em que as coisas acontecem ao pontinho. Será uma coisa que irá ser verificada por outra pessoa – neste caso um chefe de equipa de produção, de cenografia. 

Nós tratámos da roupa, vimos se a roupa estava em condições, estivemos a reparar a roupa porque há coisas que se estragam, houve coisas que estivemos a terminar: por exemplo, envernizar sapatos – lá está adereços, figurinos, guarda-roupa, está tudo ligado. Nós tivemos de tratar dos óculos dele. Eu posso dizer-te que ele tinha 40 pares de óculos em degradé iguais com o mesmo formato e ele pediu-me para o ajudar a escolher. Depois de ter colocado os óculos todos em degradé e ter demorado 40 minutos, ele tirou uns do bolso e meteu-os na cara. No final já não queria aqueles.

A preparação para um concerto de um artista como o Elton John é muito demorada?
Existe uma preparação para um concerto muito diferente do que nós, público, vemos cá fora. O concerto que irá acontecer às 21h00, começa a ser preparado às 9 da manhã. Tudo aquilo acontece num dia e é uma correria louca em que quase não tens tempo para te mexer ou para respirares e levas muito tempo a ver pormenores. Mesmo aqueles pormenores que achas que ninguém vai reparar: há uma câmara que vai apanhá-los. Existe também a parte de caracterização que não foi feita por mim – unhas, cabelos - na qual a equipa está a trabalhar o dia inteiro e o artista chega às 7/7 e meia, faz o soundcheck e vai descansar. Já o resto da equipa está o tempo ali a trabalhar neste ritmo. Mas eu gosto muito deste stress em equipa, não me estou a queixar. Eu gosto muito daquilo. No caso do Elton John foi um pouco menos trabalhoso para mim.

E como foi com a Ariana Grande?
No caso da Ariana Grande, por exemplo, eu tive de fazer uma bralette – uns soutiens que agora se usam sem aros, que é só um tecido. Ela usou também umas botas brancas, então eu tive a pintar as botas de branco, eu tive a tingir-lhe os atacadores das botas de branco. Eu estive a montar-lhe os brincos. Havia um desenho de brincos e havia as peças para construí-los e eu construí os brincos através de uns desenhos que tinham sido feitos à mão pelo designer de moda que acompanha a equipa. Portanto, eu estive ali mais como mão-de-obra do que como criadora. Mas mesmo assim é um trabalho que dá muito gozo. Dá muito gozo estar a ver o concerto e é muito giro estar a ver vídeos no Youtube com coisas que fui eu que fiz. Enche um bocadinho o ego e sabe muito bem. "Fui eu que fiz aquilo!"

No caso da Ariana Grande, ela é a única que canta. Nós tratámos também do guarda-roupa do baterista, do pianista, dos bailarinos. Todo aquele trabalho que eu tive o dia inteiro, numa hora e meia acabou. Porque eles tiram e vestem e despem e aquilo funciona assim. Eu acabei também por estar a fazer também apoio de palco. Apoio de palco é estar de lado do palco a dar aos bailarinos “tu vestes aquilo, tu vestes aquilo, tu tira, tu põe”, porque aquilo está tudo numerado. Existe uma ideia de que eles chegam ali, saltam e dançam e as coisas são feitas. Não, não. Aquilo ali tem uma organização ao milímetro! Eles sabem que, quando começar a música 3, têm de calçar os sapatos que estão do lado esquerdo; quando começar a música 7, são os sapatos que estão atrás da cadeira. E depois tudo isto é para uma tour e por isso tem uma imagem de marca. Eles não são só bailarinos, eles têm ali uma ordem, um método de trabalho que é super importante. E nós participamos nisso. Por exemplo, tive também a construir um capuz para o figurino do espetáculo que ela tinha. Ela começa a cantar com aquilo e depois tira. Parece que é um trabalho que demora 10 horas a fazer e 5 minutos depois já acabou.


Quais são as tuas principais referências para o teu trabalho?
Tenho de referir um artista que me inspira a trabalhar, o Jean Michel-Basquiat. Gosto também muito de Andy Warhol. Gosto muito de trabalhar com artistas urbanos. Gosto muito de pegar em texturas, em cores, em formatos e transformá-los em figurinos e em cenografia. Tudo gira um bocadinho à volta da escultura, é com isso que eu trabalho. Eu neste momento tenho estado a seguir Milan David, que é um cenógrafo, também do António Lagarto, que era professor na ESTC e também de uma companhia que é a Lanterna Mágica.

Com 24 anos já tens um vasto currículo. Que experiência te marcou mais e porquê?
Primeiro gosto muito de fazer estes concertos porque gosto de saber como estas coisas funcionam. Mas a que mais me marcou, posso dizer que foi o meu trabalho na área da cenografia quando estive a pintar para um espectáculo do Filipe La Féria.

Que tipo de trabalho desenvolveste com o Filipe La Féria?
Foi um espetáculo que me ajudou muito. Eu não estive exatamente a fazer cenografia, mas sim pintura de telões (8 metros de altura por 10 metros de largura) e foi um espetáculo que me deu muito trabalho e muito gozo. Isto, porque eu nunca tinha trabalhado com uma instituição que tivesse um orçamento tão elevado, com tanta gente e com tantos bailarinos. Nós estivemos a trabalhar com toda a gente ao mesmo tempo - os bailarinos apareciam ao final do dia – e foi muito bom para reforçar trabalho de equipa. 

Eu sou canhota, e um canhoto pinta da direita para a esquerda e eu estou muito habituada a fazer trabalho individual. E para mim ao início foi muito complicado trabalhar com destros porque estamos a chocar uns com os outros. E também porque eu tenho uma particularidade – é por isso que estou a referir este como trabalho mais marcante - eu pinto em espelho, eu desenho em espelho. 

E como é que percebeste que tinhas esta forma de desenhar?
Eu nunca me tinha apercebido que tinha esta particularidade. E acho que a Madalena Guerreiro (coordenadora do projeto do Filipe La Féria), achava que eu não sabia fazer as coisas porque eu as fazia ao contrário. Até que ela me disse “Sofia, desenha isto que está aqui”. Quando eu finalmente fiz à frente dela, ela disse “Não posso acreditar nisto. Eu nunca vi ninguém que fizesse isto”. Depois daquilo, senti-me um bocadinho estranha, um animal no zoo, porque toda a gente queria que eu desenhasse coisas ao contrário. Eu acho que comecei a fazer isto nas aulas de desenho na António Arroio: passou a ser mais fácil para mim desenhar ao contrário do que da forma que estou a ver.


No fundo, tu estás a desconstruir... 
Exato. Em desenho, eu desconstruo. E eu nunca tinha percebido que faço isto com tudo. Todos os meus trabalhos – para os quais, no final, tu olhas vês que estão uma folha completamente normal – são começados ao contrário. Isto marcou-me muito, porque uma coisa que, ao início, era estranha, depois acabou por me valorizar a nível profissional. É uma particularidade. Não quer dizer que o meu trabalho seja melhor que o dos outros ou ao mesmo nível. Até pode ser bem pior. O que acontece é que tendo este meu método de trabalho, eu tenho a certeza do que eu estou a fazer. Eu estou a prestar atenção a todos os pormenores. 

Se te pedisse para nomear um livro, um filme e uma música que aches que toda a gente precise de ler, ver e ouvir quais seriam? E porque é que os escolherias? 
O livro seria “O Inominável” do Samuel Beckett, porque eu acho que ele retrata muito aquilo que se passa nas nossas cabeças hoje em dia. Quanto à música... eu gosto muito de músicas dos anos 80, portanto “Boys Don’t Cry” dos The Cure vai ao encontro do meu gosto musical. Isto, porque os anos 80 é uma época onde eu gostaria de ter estado. Se eu pudesse viver naquele momento, penso que seria bastante participativa. Mesmo a nível de concertos e de trabalho, eu adoraria fazer um concerto dos The Cure – e espero ainda ter oportunidade. Em relação ao filme, eu gosto muito do Rei Leão, porque esses filmes da Disney tratam coisas demasiado fortes para ser entendidas por miúdos. Eu gastei três cassetes a ver o Rei Leão, ou seja, eu tive quatro cassetes do filme. Eu via-o ao pequeno-almoço, ao almoço, ao lanche e ao jantar e até me foi arranjada uma televisão só para ver isso porque eu não queria ver mais filme nenhum! E vou dizer também o Eduardo Mãos de Tesoura, de onde também retiramos uma lição a nível grande de civismo e de tudo aquilo que tivemos a falar até agora. Também se relaciona com livro que falei do Samuel Beckett.

Gostaria até de destacar este excerto do Beckett:
Este que eu sou, este que aqui está, que não pode falar, não pode pensar, e que tem de falar, e portanto pensar talvez um pouco, não pode falar ou pensar apenas em relação a mim que estou aqui, e ao aqui onde estou, mas pode falar e pensar um pouco, o suficiente, não sei como, não é isso que importa, em relação a mim que estive noutro lugar qualquer, que estarei noutro lugar qualquer, e a esses lugares onde estive, onde estarei. Mas eu nunca estive noutro lugar qualquer, por mais incerto que o futuro seja. E o mais simples é dizer que o que digo, o que direi, se puder, se refere ao lugar onde estou, a mim, que estou nesse lugar, apesar de me ser impossível pensar nisso, falar disso, por causa da necessidade que sinto de falar disso, portanto de pensar talvez um pouco nisso. Outra coisa: o que eu digo, o que talvez venha a dizer, a este respeito, a meu respeito, a respeito da minha morada, já está dito, porque, estando aqui desde sempre, ainda aqui estou. Até que enfim, um raciocínio que me agrada, digno da minha situação. Portanto, não tenho de me preocupar. Mas estou preocupado.


Em que projectos é que estás a trabalhar actualmente? 
Estive a dar uma formação na Escola Superior de Educação de Setúbal a nível de figurinos. Estou também a trabalhar numa coisa que adoro, que é trabalhar com crianças e com a comunidade, com a Companhia Cepa Torta, em Lisboa, na zona de Marvila. Uma companhia que esteve parada mas que se está a expandir e que está a recrutar novas pessoas, a dar oportunidade a jovens com formação. 

A companhia está a fazer espetáculos para crianças. Agora estou a preparar um espetáculo itinerante, chamado Pudim. Estamos a trabalhar no sentido de explicar a crianças aquilo que a roda dos alimentos não explica. Aquilo que não conseguem compreender através de uma leitura de uma roda, porque a roda está sempre em transformação. Eu acho que vai ser muito giro. E vou também continuar a dar aulas.

O que é que almejas para a tua carreira?
O que eu gostava muito de fazer seria trabalhar com dança. Eu nunca trabalhei com dança. O processo seguinte vai ser trabalhar com grupos grandes de bailarinos a nível de figurinos. E também gostava muito de dar aulas de teatro – quando falo de teatro seria pegar na técnica que estou a trazer para Portugal, uma técnica pioneira, “interacting with the inner partner”. Um dos meus maiores objetivos é instalá-la no IPO e utilizá-la como alternativa para tratamento de doentes oncológicos. Gostaria também de implementá-la na ala da pediatria. Com crianças, porque eu acho que as crianças são a melhor coisa do mundo. Nós às vezes não temos a disponibilidade suficiente para os ouvir e devíamos fazê-lo. “São miúdos e estão a dizer asneiras” – não estão a dizer asneiras. A maior asneira é não as ouvir.

Convidada: Sofia Rodrigues 
Entrevista: Rita Pereira
Edição: André Pereira
Novembro de 2017


" As Cinquenta Sombras Mais Negras" estreia no TV Cine 1

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Sem regras. Sem castigos. E sem mais segredos. Estas são as condições de Anastasia para voltar para Christian. Mas quando os dois pareciam estar a entender-se, as sombras do passado de Grey regressam, entre a sua antiga dominadora, Elena Lincoln e uma antiga submissa, Leila. 

Anastasia (Dakota Johnson) e Christian (Jamie Dornan) seguiram caminhos opostos no final de As Cinquenta Sombras de Grey, mas agora Grey regressa para reconquistar Anastasia. Ela impõe-lhe algumas condições: não há regras, não há castigos e acima de tudo, não há segredos. 

Mas os segredos do passado regressam sempre, sob a forma de sombras ainda mais negras. Depois de se entender com Christian, Anastasia conhece Elena Lincoln (Kim Basinger) numa festa, que revela qual a sua verdadeira relação com Grey. Foi ela que o iniciou nas práticas BDSM e quer voltar a tomar posse do que já foi seu. 

Por outro lado, Leila (Bella Heathcote), uma jovem fisicamente muito parecida com Anastasia, começa a aparecer nas situações mais inusitadas. Leila acaba por explicar que também ela já esteve com Christian e que há pessoas que não podem ser salvas. As sombras conseguem ficar ainda mais negras mas conseguirá Anastasia encontrar um caminho para a redenção? 

As Cinquenta Sombras Mais Negras estreia a 24 de novembro, sexta-feira, às 21h30, no TV Cine 1.

"Viver na Noite" estreia no TV Cine 1

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Viver na Noite, de Ben Affleck, leva-nos até aos Estados Unidos das décadas de 1920 e 1930, quando foi imposta a Lei Seca. 

O filme acompanha a vida de Joe Coughlin (Ben Affleck), que depois de ter lutado na I Guerra Mundial voltou um homem diferente, mais descrente na vida e com vontade de não seguir as regras. 
O filho de um destacado chefe da polícia de Boston torna-se assim um dos muitos que se dedicam ao contrabando de bebidas alcoólicas, depois da imposição da Lei Seca nos Estados Unidos, das décadas de 1920 e 1930. 

Joe Coughlin mete-se em negócios ainda mais escuros e envolve-se com pessoas de índole mais que duvidosa, acabando por refugiar-se em Cuba. Mas a vida de um gangster continua, onde quer que esteja, e pior inimigo do perigo é o excesso de confiança. 

Viver na Noite estreia a 26 de novembro, domingo, às 21h30, no TV Cine 1.

"Uma História Americana" estreia no TV Cine 1

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‘Swede’ tinha tudo para ter uma vida perfeita. Antigo atleta de topo no desporto universitário, bonito, casou com uma rainha da beleza local, herdou uma fábrica de sucesso do pai e tinha uma bela casa. Até que nasceu a sua filha e tudo mudou. 

Seymour ‘Swede’ Levov (Ewan McGregor) era a imagem do sucesso: antigo campeão universitário, bonito, casado com a namorada do liceu, a lindíssima Dawn Dwyer (Jennifer Connelly), que venceu concursos locais de beleza, herdeiro de um negócio rentável, tudo lhe corria bem. Até ao nascimento da filha, Merry (Dakota Fanning). Loirinha, de olhos claros, a menina parecia um anjo. Merry cresceu com um problema de gaguez, mas nada a impediu de ter uma infância feliz. 

Já adolescente, com pano de fundo a Guerra do Vietname, Merry começa a ganhar consciência política e a opor-se à presença americana no conflito. Mas a filha do respeitado Seymour Levov vai além dos protestos pacíficos e, depois da explosão de uma bomba de combustível, torna-se a principal suspeita, desaparecendo de circulação. Desesperados, os pais iniciam um processo de procura, que vai acabar por ter impacto no seu casamento e nas suas próprias vidas enquanto indivíduos. 

Uma História Americana estreia a 25 de novembro, sábado, às 21h30, no TV Cine 1.

"The Great British Bake Off" estreia na SIC Mulher

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The Great British Bake Off é uma das competições culinárias mais aclamada pelo público em todo o mundo e estreia no próximo domingo, dia 19 de novembro, em Portugal, na SIC Mulher. 

Numa série de três desafios por episódio, pasteleiros amadores competem entre si e lutam por desenvolver as melhores criações, exibindo técnicas e competências individuais. 

A apreciação está a cargo dos carismáticos jurados Paul Hollywood e Mary Berry que, na verdade, são muito mais do que avaliadores, pois assumem regularmente o papel de mentores. 



The Great British Bake Off promete inspirar e recuperar muito do património esquecido nesta arte da verdadeira Pastelaria.  A primeira emissão tem início às 19h00 e o programa vai para o ar, aos sábados e domingos, no mesmo horário.




Segunda Opinião | Os 'segredos' são a alma do 'negócio'?

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Depois de seis edições, o Secret Story está de regresso à estação de Queluz de Baixo, numa altura em que Biggest Deal se revelou um negócio falhado.

A aposta da TVI na sétima edição do programa surge depois do fracasso do formato solidário, que saiu de cena no dia 11 de novembro, com pouco mais de 570 mil espectadores, tornando-se num dos reality-shows menos vistos de sempre na televisão portuguesa.

Nos últimos anos, todas as edições de concursos do género, como Secret Story, A Quinta, Love on Top e, agor, Biggest Deal, foram mostrando algum desgaste em relação às audiências, perdendo até para a concorrência. Mesmo assim, o género continua a ser alvo de aposta pelo canal, mas qual será a razão?

A verdade é que estes programas são alvo de grande receita, uma vez que a estação privada tem ainda 24 horas por dia o canal TVI Reality, que dá acesso exclusivo aos conteúdos. Quando o jogo tem um desfecho polémico, as audiências disparam e, consequentemente, aumenta a popularidade do formato, que é dos mais comentados pela imprensa e pelo público.

Teresa Guilherme volta assim a entrar em cena depois das declarações que mostravam o seu desgaste em relação aos reality shows e vontade de entrar em outros projetos. A "Rainha" revelou realmente cansaço no Biggest Deal, mas promete entrar em força na nova edição da Casa dos Segredos. Contudo, é inevitável afirmar que a apresentadora entrou em monotonia e não se conseguiu renovar ao longo dos anos.

Com o regresso da "casa mais vigiada do país"é certo que a equipa habitual regressa: Flávio Furtado, Isabel Silva, Marta Cardoso e, agora, Helena Isabel, deverão formar a equipa de peso no programa. A estreia está marcada para o início de 2018, altura em que o canal comemora os 25 anos. 

Até lá, os portugueses irão render-se aos pequenos chefs de cozinha no Masterchef Junior. Será que o novo Secret Story trará a receita de sucesso habitual ou o segredo deste tipo de formatos já não é o que era?

Voltaremos assim às noites de domingo com choques, triângulos amorosos e trocadilhos pouco perceptíveis de uma Teresa Guilherme a precisar descansar a imagem? Ou será que a TVI vai surpreender e trazer um Secret Story completamente renovado? 

Segunda Opinião - 104ª Edição 
Uma rubrica em parceria com o
http://diario-da-tv.blogspot.pt/

Jorge Jesus é o próximo convidado do 'Alta Definição'

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O treinador do Sporting marca presença, este sábado, num entrevista conduzida por Daniel Oliveira, assinalando a 400ª emissão.


Jorge Jesus é o próximo convidado do ‘Alta Definição’, neste sábado, data em que o programa de conduzido por Daniel Oliveira assinala a 400ª emissão.

Segunda a nota de imprensa, o treinador do Sporting concedeu uma entrevista de vida exclusiva, na qual passou em revista os seus 63 anos de vida num registo muito pessoal e invulgar.

“O Jorge Jesus é uma personalidade incontornável e relevante da vida pública portuguesa, há muito que era nosso desejo tê-lo no ‘Alta Definição’. Este momento acontecer numa data tão importante, em que chegamos às 400 emissões, reveste-o de um cariz mais do que especial. A somar a isso, o testemunho que nos deu é absolutamente notável, por ser tão intimista e revelador do homem que está para além do futebol”, afirma Daniel Oliveira.

Recorde-se que o programa ‘Alta Definição’ começou as suas emissões em setembro de 2009 e é líder destacado de mercado desde essa altura.

TVI encomenda 2ª temporada de "A Herdeira"

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A telenovela da TVI recuperou a liderança absoluta na primeira faixa do horário nobre. Face aos bons resultados, a estação decidiu encomendar mais episódios, que irão compor a segunda temporada.

"Perante as audiências, era impensável não se pedirem mais episódios", explicou uma fonte da produção, citada pelo site Zapping TV. "A TVI encomendou mais capítulos e vamos apostar numa mecânica de segunda temporada", adiantou a mesma fonte.

Tal como aconteceu com outras produções da TVI - A Única Mulher e A Impostora - a telenovela contará com uma divisão em temporadas. Esta estratégia permitirá à TVI introduzir novas personagens e chegar a um maior número de episódios, trazendo novidades à história.

Kelly Bailey, Lourenço Ortigão, Rita Pereira e Jessica Athayde continuarão a fazer parte do elenco principal. A estes juntam-se outros nomes, como é o caso dos reforços já confirmados: Rita Cruz, Marta Melro, Tiago Felizardo, Daniel Melchior e Ângelo Torres.



Concerto de Shakira em Lisboa cancelado

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Os médicos aconselharam a artista a cancelar todos os espetáculos agendados até ao final deste ano.

Depois de alguns concertos da cantora Shakira estarem cancelados devido ao estado de saúde da artista, hoje chegou uma atualização desta informação e que dá conta de que todos os espetáculos para este ano foram cancelados, incluindo o de Lisboa, no próximo dia 22 deste mês.

“Lamentamos informar que, segundo as indicações dos médicos de Shakira, as datas europeias da digressão El Dorado World Tour foram adiadas para 2018”, explicou a assessoria da cantora em comunicado citado pelo jornal El Mundo.

Na mesma nota é explicado que na origem do cancelamento dos concertos para este ano está uma “hemorragia nas cordas vocais” da artista que deve assim descansar para“sarar adequadamente antes de começar a sua digressão mundial e evitar qualquer dano adicional”.

Ainda que esteja muito dececionada (…) Shakira está a trabalhar para se recuperar”, acrescenta a mesma nota.

A assessoria de imprensa da cantora aconselha todos os fãs a guardarem os bilhetes que compraram porque serão anunciadas novas datas para os concertos que foram agora adiados.


Série de "O Senhor dos Anéis" confirmada pela Amazon

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Fonte: AP Photo/New Line Cinema

Depois dos rumores que davam como possível uma série inspirada na trilogia O Senhor dos Anéis, surge agora a confirmação de que a saga vai ter uma versão de série de televisão.

Dividida em várias temporadas, a produção será da responsabilidade da Amazon, que anunciou ter adquirido os direitos televisivos da obra de J.R.R. Tolkien.

A adaptação televisiva contará com as histórias já conhecidas da trilogia de filmes, mas também com novas narrativas ocorridas antes de A Irmandade do Anel. De acordo com a TSF, a série contará com momentos passados antes do livro que forneceu as bases para a primeira parte da trilogia cinematográfica realizada por Peter Jackson.

"Sentimo-nos honrados por trabalhar com a Tolkien Estate and Trust, a Harper Collins e a New Line, nesta excitante colaboração para televisão, e estamos entusiasmados por levar os fãs de 'O Senhor dos Anéis' numa nova viagem épica na Terra Média", afirmou uma das responsáveis da Amazon, Sharon Tal Yguado, citada por vários meios de comunicação internacionais.

A adaptação cinematográfica chegou às salas de cinema entre 2001 e 2003 e foi um enorme sucesso de bilheteira, tendo conseguido arrecadar ainda vários prémios, nomeadamente dezassete Óscares, entre eles o de melhor filme (pelo O Regresso do Rei) e melhor realizador. A data de estreia da série televisiva ainda não é conhecida.


"Odisseia de Risco". TVI aposta em série diária na faixa da meia-noite

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O Biggest Deal - Fora de Horas chegou ao fim na TVI no dia 10 de novembro. O horário das 23h50 passa agora a ser ocupado por uma nova produção. Estreada na terça-feira, dia 14, a série diária Odisseia de Risco é a nova aposta da estação.

Estreada em 2015 nos EUA, esta série segue as vidas de três famílias, que ficam viradas do avesso quando uma militar, um advogado empresarial e um ativista político são apanhados no meio de uma chocante conspiração militar internacional.

Criada por Adam Armus, Nora Kay Foster e Peter Horton, a série é protagonizada por nomes como Anna Friel, Peter Facinellie Jake Robinson. Odisseia de Risco é composta por uma única temporada de 13 episódios e vai para o ar de segunda a sexta, pelas 23h50, na TVI.

Crítica | England is Mine - Descobrir Morrissey

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England is Mine – Descobrir Morrisseyé a primeira longa-metragem de Mark Gill, o realizador que já tinha sido nomeado para um Óscar em 2011 com a curta-metragem The Voorman Problem. O filme é um biopic de Steven Patrick Morrissey, o vocalista dos Smiths. 

A história desenrola-se entre 1976 e 1982, o ano em que os Smiths foram criados. E este é um dos trunfos de England is Mine – Descobrir Morrissey: o filme ganha pelo que é contado e, mais ainda, por aquilo que fica por contar.

A narrativa centra-se num período conturbado da vida de Morrissey, a sua melancólica adolescência. Tudo avança no ritmo certo, no filme de Gill. Temos tempo para conhecer o protagonista – brilhantemente interpretado por Jack Lowden – e perceber os motivos para a sua postura egocêntrica. Talentoso, envergonhado, assertivo e deprimido. As características estão lá e surgem de uma forma natural, muitas vezes sem serem mencionadas.

Destaque menos positivo para as cenas na repartição das finanças, que em certo momentos poderão aproximar-se de uma caricatura exagerada daquele local e de uma imagem demasiado cómica das pessoas que lá trabalham.

Foto: Divulgação
Neste filme, o talento para a música e a importância da máquina de escrever na vida de Morrissey são claros. E estes momentos de introspeção criativa ou abstração da realidade pura e dura acabam por dominar a história.

O ritmo com que tudo se desenrola, faz com que o primeiro concerto em público de Morrissey seja um dos pontos altos, sem grandes artifícios visuais ou sonoros. Assim como o impacto de cenas como as das chamadas que vai recebendo – primeiro de Billy (Adam Lawrence) e depois de Linder (Brown Findlay) – e que muito devem à prestação de Jack Lowden. Juntando a isto, a banda sonora – que assenta em nomes como Roxy Music, New York Dolls, The Cookies, Sparks ou Sex Pistols – completa a essência do filme.

Tecnicamente, England is Mine cumpre – e bem – com o que é pedido. Uma fotografia bem conseguida e uma realização que se adequa à emoção de cada momento. O final do filme vai ao encontro de tudo aquilo que nos foi dado ao longo de uma hora e meia – vai acontecer algo, os Smiths vão ser formados, mas nós não chegamos a ver isso. 

Tudo parece certo, num filme biográfico que não foi autorizado pelo vocalista dos Smiths mas que, ainda assim, o retrata de uma forma digna. Poderá não ser o grande filme sobre a vida de Morrissey, mas é sobretudo o filme sobre aquele rapaz antes de se tornar na estrela da música internacional, idolatrada por milhões de pessoas em todo mundo.

"Conversas ao Sul" recebe Maria das Neves esta quinta-feira

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Esta quinta-feira, dia 16 de novembro, o Conversas ao Sul regressa à RTP África, a partir das 21h00. David Dias estará em direto e contará com Maria das Neves como convidada central.


Maria das Neves é a antiga primeira-ministra de São Tomé e Príncipe e estará à conversa com o apresentador do Conversas ao Sul.

No palcoestará Valdemiro José, de Moçambique, com a estreia do novo tema "Sim". Já Filomena Maricoa, de Moçambique, irá também interpretar dois temas, incluindo o sucesso "Nhanhado" nesta sua estreia no programa Conversas aoa Sul.

Conversas ao Sul tem como premissa estabelecer um olhar pelo mundo de quem nasceu ou vive abaixo do equador. De passagem por Lisboa, personalidades de diversas áreas, oriundas de países falantes de língua portuguesa, emitem as suas opiniões sobre cultura e  política internacional com atuações ao vivo. 

RTP1 divulga as primeiras imagens de "Excursões AirLino"

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A nova série de comédia da RTP1 está quase a chegar e as gravações continuam a decorrer. Excursões AirLino é protagonizada por Rui Unas.

Esta é uma comédia sobre o mundo das excursões de baixo custo aos pontos de interesse turístico mais populares de Portugal, antigos e novos, das caves do vinho do Porto às ruínas de Conímbriga.

Para além de Rui Unas, o elenco conta ainda com nomes como Dânia Neto, Orlando Costa, Cândido Ferreira, Alfredo Brito, Vera Mónica, Ângela Pinto, Natália Sousa e José Eduardo.

Veja as primeiras imagens da série:

"Excursões AirLino" - Imprensa

"Saco Azul - A Ruína" esta quinta-feira na SIC

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O quarto episódio da série de reportagens Saco Azul vai para o ar esta noite na SIC. A Ruína é o nome da grande reportagem de Pedro Coelho e José Silva, que é transmitida no Jornal da Noite.

Um empresário do Porto que investiu no BES da Suíça perdeu 1,7 milhões de euros. O dinheiro desapareceu-lhe da conta - pura e simplesmente. A questão colocada nesta reportagem é: "Onde andará esse dinheiro?" 

Esta história revela igualmente a participação direta do BESI, de José Maria Ricciardi, em todos os esquemas de venda de divida das empresas do Grupo Espírito Santo aos balcões do BES e aos clientes do retalho.

Um trabalho que conta com edição de imagem de Ricardo Tenreiro, grafismo de Carla Gonçalves, produção de Diana Matias e Ricardo Pereira, coordenação de Cândida Pinto e direção de Ricardo Costa.


2ª temporada de "Gomorra" estreia dia 17 na RTP2

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Estreia dia 17 de novembro, às 22h12, na RTP2, a segunda temporada de Gomorra.  Este é o regresso de uma série baseada no best seller de Roberto Saviano, que retrata de forma crua e apaixonante a vida de uma família da camorra napolitana e onde o crime organizado faz parte do quotidiano de todos.

Na segunda temporada, a era dos Savastano, um dos mais poderosos clãs que sem oposição impunham a lei em Nápoles, parece ter chegado ao fim. Para conseguir escapar da prisão, o temido padrinho Don Pietro Savastano simula ter enlouquecido, o que origina o maior vazio de poder da história da Camorra. Muitos vão agora disputar o seu território.

Ciro Di Marzio e Gennaro "Genny" Savastano formam uma aliança que não olha a meios para impor a sua vontade. Mas Don Pietro regressa de maneira inesperada, disposto a recuperar o seu império.

A série conta com um elenco composto por nomes como Marco d´Amore, Fortunato Cerlino, Maria Pia Calzone, Salvatore Esposito, Marco Palvetti, Domenico Balsamo e Antonio Zavatteri. Gomorra é realizada por Stefano Sollima, Francesca Comencini, Claudio Cupellini.

Júlio Resende e Júlio Machado Vaz levam "Poesia Homónima" a Matosinhos este sábado

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Um pianista, dois poetas e uma voz. São estes os ingredientes principais do espetáculo Poesia Homónima por Júlio Resende e Júlio Machado Vaz, que decorre este sábado, dia 18 de novembro, às 21h30, no Teatro Municipal Constantino Nery, de Matosinhos.

Este espetáculo junta a música de Júlio Resende, a poesia de Eugénio de Andrade e de Gonçalo M. Tavares, e a voz do psiquiatra, escritor e comunicador Júlio Machado Vaz. "Poesia Homónima” é uma espécie de (des)concerto que explora o olhar distinto dos dois Júlios sobre a poesia.

O espetáculo nasceu de um desafio: Júlio Machado Vaz disse a Júlio Resende que ele devia compor alguma música para os poemas do seu amor literário, Eugénio de Andrade. O pianista respondeu que só o faria se fosse o psiquiatra a dizer os poemas. O sexólogo, não temendo tabus, aceitou. Os ensaios e desconcertos deram origem a um disco, do qual se fez um concerto que tem percorrido diversas salas do país.

Emotivo, emocionado e construído a partir dos afetos literários de Júlio Resende e Júlio Machado Vaz, Poesia Homónima por Júlio Resende e Júlio Machado Vaz junta um psiquiatra/sexólogo enamorado pelas palavras, autor de mais de uma dezena de livros, e um dos mais importantes músicos e compositores portugueses da nova geração, colaborador regular de nomes como Maria João, Ana Moura, Ana Bacalhau, Salvador Sobral ou Perico Sambeat, entre outros.

O preço dos bilhetes é de 7,50€. Para crianças até aos 14 anos, estudantes e maiores de 65 anos, o ingresso tem um custo de 5€. Existe ainda um desconto de 20% para compras superiores a 10 bilhetes.


Fora de Casa | 16 a 22 de Novembro

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Todas as semanas, o Fantastic apresenta-lhe algumas sugestões culturais, com concertos, peças de teatro, espetáculos ou outros eventos que poderá visitar. Nesta edição do Fora de Casa, conheça algumas das propostas para a semana de 16 a 22 de Novembro.



Foto de Miscaros_Festival do Cogumelo.
(imagem Míscaros Festival do Cogumelo)

MÍSCAROS - FESTIVAL DO COGUMELO 2017 | ALCAIDE (FUNDÃO)

Entre os dias 17 e 19 de novembro, na aldeia do Alcaide, Fundão, realiza-se mais uma edição do Míscaros – Festival do Cogumelo, um evento que visa explorar o forte património fúngico do país com mais de 300 espécies, entre as quais se destacam os míscaros.
Os visitantes poderão aproveitar os passeios micológicos, maravilhar-se com a natureza envolvente da encosta da Gardunha, e degustar diferentes formas da confeção de cogumelos e outras especialidades da região nas tasquinhas típicas especialmente preparadas na aldeia.
Para acompanhar estes sabores e aromas de outono, será apresentado um conjunto de ações compostas por exposições, workshops, mostras de cogumelos e animação.




Lisboa Games Week
(imagem Lisboa Games Week)

LISBOA GAMES WEEK | LISBOA

O maior evento nacional de videojogos está de volta, e realiza mais uma edição, de 16 a 19 de novembro, na FIL, em Lisboa.
Para melhor receber os mais de 50.000 visitantes, esperados na presente edição, o Lisboa Games Week aumentou a sua área para 2 pavilhões, grande Auditório e área exterior, oferecendo assim mais postos de jogos e experimentação, atividades e experiências.
Este evento marca a agenda dos lançamentos e novidades da indústria dos videojogos em Portugal.




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(imagem festivalsonsemtransito)

FESTIVAL SONS EM TRÂNSITO | AVEIRO

Em 2017, o Festival Sons em Trânsito - VIII Festival de Músicas do Mundo, de Aveiro, decorre de 20 a 25 de novembro, no Teatro Aveirense. 
Entre sessões de contos e atuações musicais, com o cartaz mais cosmopolita do outono português, o festival cresce de quatro para cinco dias e acrescenta uma novidade à tradicional oferta: a tertúlia.
Serão quatro noites de música, pautadas pela diversidade, tolerância e abertura à diferença, antecedidas por uma noite de tertúlia com o mote “Pode uma canção fazer uma revolução?”, que contará com os testemunhos e reflexões de Luaty Beirão e Pedro Abrunhosa.
A tradição dos contadores de histórias volta a marcar presença no Festival SET ‘17 com a contribuição de Quico Cadaval. Também Ivo Prata conduzirá uma sessão de contos infantis para toda a família.
Mais informações em www.festival.sonsemtransito.com.pt.




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(imagem Bol)

TITO PARIS | LISBOA

No próximo dia 18 de novembro, pelas 21.30 horas, o Coliseu de Lisboa vai ser palco de um dos mais bonitos concertos do ano. 
Tito Paris, a grande voz da música cabo-verdiana, vai apresentar o tão aguardado álbum de originais “Mim ê Bô”, editado no passado dia 23 de junho. 
“Mim ê Bô” oferece aquilo a que Tito Paris sempre nos habitou: um disco composto por mornas, coladeiras, mas também uma fusão de ritmos quentes que, se por momentos fecharmos os olhos, nos sentimos parte deste seu universo. 




A BIRRA DO MORTO
(imagem Viral Agenda)

"A BIRRA DO MORTO" | MAIA

No dia 17 de novembro, pelas 21.30 horas, estará em cena, no Auditório da Escola Dramática Musical de Milheirós Maia, na Maia, a comédia "A Birra do Morto", com texto de Vicente Sanches e encenação de Sandra Ribeiro, que retrata um pouco o que vai ocorrendo na nossa sociedade: o cinismo de uns, o interesse de outros e a grande falsidade da maioria.

"Toda a gente embirra ...Até os mortos. A Birra do Morto é uma comédia e tem muito de real, pois retrata os medos e receios do ser humano perante a morte.  Mostra um pouco da nossa sociedade, com o cinismo de uns, o interesse de outros e a falsidade da maioria. O certo é que mesmo contra a sua vontade, as outras personagens insistem em fazer o ritual fúnebre. Qual a maior birra? A do morto que se recusa a ser sepultado, ou a dos outros que querem que ele seja? Não devemos esquecer que o morto além de sofrer de claustrofobia também tem medo de fantasmas..."




Fábrica de Sonhos (cartaz)
(imagem Fórum Luisa Todi)

"FÁBRICA DOS SONHOS" | SETÚBAL

A “Fábrica dos Sonhos” é um espetáculo de teatro musicado para toda a família, que fala dos sonhos de uma criança que vê o mundo de forma diferente, mas que é atormentado por pesadelos que são sonhos para outros.
Uma história com muita luz, cor e música, que pretende passar uma mensagem de esperança, aceitação e respeito pela diferença, com interpretações de Flávio Fernandes, Mário Pais, Guilherme Rodrigues, Dulce Marcos, Maria Cordeiro, Susana Jordão, Paula Cruz, Miká Nunes e Sofia Becker (elenco rotativo).
A não perder, dia 19 de novembro, pelas 17.30 horas, na Sala Principal do Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.




Foto de Reencontro com o Amor.
(imagem Reencontro com o Amor)

LANÇAMENTO "DOÇURA NO TEU OLHAR" | ODIVELAS

Não perca, no sábado, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal D. Dinis, em Odivelas, o lançamento do livro "Doçura no teu Olhar", da autora Luisa da Silva Diniz.
Este será o volume 2 da Série "O Amor está na moda", que teve início com o romance "Reencontro com o Amor".
O lançamento contará com Paulo Nogueira, como orador convidado.




Foto de Body Revolution Movement.
(imagem Body Revolution Movement)

APRESENTAÇÃO DO CALENDÁRIO BR 2018 | LISBOA

Amanhã, às 18.30 horas, na Fnac do centro comercial Vasco da Gama, em Lisboa, assista à apresentação do Calendário Body Revolution-2018.
Para além da mentora do movimento, Marta Romero, estarão ainda presentes algumas das participantes que aderiram ao movimento e posaram para o calendário e que esperam, através deste evento, explicar em que consiste este movimento e partilhar a sua experiência.
Poderá também adquirir um exemplar único do calendário, autografado pelas participantes. 




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(imagem Portal das Crianças)

A BELA E O MONSTRO NO GELO | ALFRAGIDE

De 17 de novembro a 7 de janeiro, não perca o espetáculo "A Bela e o Mostro no Gelo", no centro comercial Alegro, em Alfragide.
Para o efeito, foi montada uma tenda exterior, com capacidade para 700 espetadores, que queiram ver ao vivo esta produção da Am Live, inspirada no conto original de Alan Menken, que conta com Carla Andrino, José Carlos Pereira e Ricardo de Sá no seu elenco, acompanhados por mais de 14 atores, cantores, bailarinos e patinadores.
Será, certamente, um espetáculo para toda a família, que trará muita magia neste final de ano.


Fora de Casa - Edição 49
Por Marta Segão

"Óscares 2018". Estes são os filmes mais fortes na corrida à estatueta

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A cerimónia dos Óscares honorários decorreu no passado dia 11 de novembro e contou com a presença de muitos atores de filmes que esperam ser nomeados em janeiro para os Óscares. São vários as películas que estão na corrida, com destaque para o grande favorito, Dunkirk.

O filme de Christopher Nolan foi um sucesso de bilheteira e parece ter sido uma aposta certeira do realizador, também favorito ao Óscar de Melhor Realização. A Hora Mais Negra, de Joe Wright, passa-se na mesma época histórica de Dunkirk, mas centra-se no primeiro-ministro britânico Winston Churchill, papel a cargo de Gary Noland, favorito ao Óscar.

Entre os que tentam contrariar o favoritismo de Dunkirk estão também Call Me by Your Name, cuja história e interpretações de Timothée Chalamet, Armie Hammer e Michael Stuhlbarg têm vindo a comover, desde a sua estreia, no Festival Sundance, em janeiro. 

The Post tem também todos os ingredientes para ser um forte candidato: Steven Spielberg, como realizador, Meryl Streep e Tom Hanks, como protagonistas e uma história baseada em factos verídicos, sobre a batalha entre um jornal e o governo americano nos anos 70, debatendo questões que se mantêm atuais, como a liberdade de imprensa

Todo o Dinheiro do Mundo, de Ridley Scott era visto como um forte candidato. No entanto, após o escândalo que envolveu Kevin Spacey, fica agora a dúvida. The Shape of Water, de Guillermo del Toro, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, tem em Sally Hawkins uma boa hipótese para o Óscar. A história gira em torno de seres fantásticos.

Três Cartazes à Beira da Estrada, de Martin McDonagh, tem sido muito elogiado nos festivais, e acredita-se que possa voltar a colocar Frances McDormand na corrida aos Óscares, com a ajuda de Woody Harrelson e Sam Rockwell.

Linha Fantasma, de Paul Thomas Anderson, O Grande Showman, de Michael Gracey, Get Out - Foge, de Jordan Peele, Amor de Improviso, de Michael Showalt, The Florida Project, de Sean Baker, Lady Bird, de Greta Gerwig, Mudbound, de Dee Rees, e Planeta dos Macacos: A Guerra, de Matt Reeves, completam a lista dos favoritos.

Se alguns destes filmes já chegaram ao nosso país, outros irão estrear em Portugal em janeiro de 2018 e alguns não têm ainda data de estreia prevista nas salas nacionais. Recorde-se que a cerimónia dos Óscares decorre a 4 de março de 2018 e contará com Jimmy Kimmel com apresentador.

"Como Ser Solteira" estreia este sábado na SIC

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Nova Iorque está cheia de corações solitários à procura do par ideal e o que Alice, Robin, Lucy, Meg, Tom e David têm em comum é a necessidade de aprenderem a ser solteiros. Este é o mote de Como Ser Solteira, o filme que estreia este sábado, às 17h55, na SIC.

Depois de ser abandonada pelo namorado, a pobre Alice sente-se incapaz de enfrentar o mundo sem a sua “outra metade”. É então que Robin, uma das suas melhores amigas, decide ensiná-la a “ser solteira” e a sobreviver a uma saída nocturna em alguns dos mais badalados bares e discotecas de Nova Iorque. 

A cidade é um desafio para todo o tipo de pessoas, estejam elas em busca de amor, sexo ou simples diversão. Para a ajudar nesta nova fase da sua vida, Alice contará também com alguns dos corações mais solitários de todo o território norte-americana. 

Uma comédia realizada por Christian Ditter que se inspira no romance com o mesmo nome, escrito em 2008, por Liz Tuccillo. Dakota Johnson, Rebel Wilson, Alison Brie e Leslie Mann são as protagonistas do filme.
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