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Rui Neto é o segundo convidado da 6ª temporada do "Fantastic Entrevista". Nesta que é a 53ª edição da rubrica do Fantastic, iremos estar à conversa com o ator de "Sol de Inverno", que atualmente podemos ver de segunda a sexta, na novela da SIC.
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1 - Rui Neto nasce cinco anos depois da Revolução dos Cravos, numa época onde a Liberdade era uma das palavras de ordem. Que sonhos tinha quando era criança?
Não senti o 25 de abril, nem tenho noção do rescaldo da revolução. Quando era pequeno queria brincar à apanhada para sempre, e achava que quando fosse grande iria poder brincar o dia todo, e teria 7 cães, e muitos filhos.
2 - Em televisão, Saber Amar foi a sua primeira telenovela, mas foi em O Último Beijo que teve o seu primeio grande papel. Como recorda esta estreia?
Não senti o 25 de abril, nem tenho noção do rescaldo da revolução. Quando era pequeno queria brincar à apanhada para sempre, e achava que quando fosse grande iria poder brincar o dia todo, e teria 7 cães, e muitos filhos.
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2 - Em televisão, Saber Amar foi a sua primeira telenovela, mas foi em O Último Beijo que teve o seu primeio grande papel. Como recorda esta estreia?
"O Último Beijo" foi o primeiro trabalho. "Saber Amar" foi depois. Achei que estava preparado, mas não estava. Lembro-me da primeira cena que gravei em exteriores em Setubal com a Joana Solnado. Repetimos imensas vezes. Muitos nervos e muita atrapalhação, só ultrapassados pelo lado genuíno com que tudo acontecia. De resto lembro me de tudo ser novidade e fascinação pelo trabalho dos colegas.
3 - A novela esteve recentemente em reposição nas madrugadas da TVI. Assistiu a alguns episódios? Que balanço faz da sua evolução enquanto ator, passados 10 anos?
Felizmente que noto grandes diferenças. No entanto gosto de ver o lado genuíno com que fiz esse trabalho, não me envergonho. Hoje obviamente que faria diferente. Faz parte da vida errar e aprender com os nossos erros, são eles que nos vão formando também.
4 - Escreveu e realizou A Curiosidade Matou o Gato. Fale-nos um pouco desta curta-metragem e como surgiu a oportunidade de passar "para trás" das câmaras.
Não quero falar muito desse trabalho porque nunca o consegui terminar. Está na gaveta e não sei de algum dia o poderei de lá tirar. Esse projecto surgiu como todos os outros que criei, pela oportunidade e necessidade de fazer as minhas coisas. Nesse tempo tinha acabado de fazer a novela último beijo, achava que tinha ficado a perceber como se filma, e juntei uns colegas para fazermos essa curta. Obviamente que os resultados foram noites mal dormidas, um grande stress, e um conjunto de cenas que não podem ser editadas, a não ser num contexto familiar e entre amigos!
5 - Já colaborou em diversas peças de teatro e recentemente fez parte da peça O Aldrabão. O que é para si fazer teatro? De que forma vê esta arte, atualmente, em Portugal?
O teatro é a minha parte mais inteira de actor. É onde comunico, seja pelos projectos e peças de outros, seja pelas minhas criações. É o espaço onde me encontro e descubro o mundo e as pessoas. O teatro em Portugal passa pela força daqueles que dedicam as suas vidas a esta arte, e pela capacidade que teremos de tocar as gerações futuras. Passa muito pela educação de um povo, educação emocional e cultura - e identidade de um povo, que muitas vezes os portugueses esquecem, a não ser quando joga a selecção!
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6 - Atualmente, na novela Sol de Inverno, interpreta o Nuno. Tem sido um grande desafio para si? Como é que se preparou para a personagem?
Sol de Inverno foi uma grande oportunidade dada pela SIC/SP, para mostrar o meu trabalho e estar num projecto com mais visibilidade. Preparei me com ensaios com o Ângelo Rodrigues no arranque da produção, com orientação da Ana Nave e da Patricia Sequeira. E tentei estar por dentro da matéria jurídica sobre adopção e Co-adopção, e acompanhei um casal homossexual com uma criança adoptada. Fui ao ginásio mais do que me era normal, e fiz um mini estágio numa florista para aprender a executar os arranjos de flores ;)
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7 - O Nuno é homossexual, numa altura em que cada vez mais o preconceito se estáa afastar. Os portugueses já estão preparados para ver a homossexualidade nas novelas? Acha que ainda há um "longo caminho" para precorrer a este nível?
O preconceito existe, e irá continuar. As Mentalidades só mudam com o tempo, quando as sociedades obrigarem todos a mudar, quando os que agora são novos, forem velhos, pois eles é que trazem a mudança. Por enquanto, as pessoas vão-se habituando a estas modernices de ser 'gay' , umas fingem que não percebem, outras mudam de canal e outras acharão normal. Em termos de ficção acho que, qualquer tema que não seja enquadrado numa boa história, perde o sentido. Seja homossexualidade ou outra coisa qualquer. Pessoalmente não tenho interesse em ver a homossexualidade retratada em novelas como tema central, mas acharia muito interessante que funcionasse como detalhe desta ou daquela personagem. A perspectiva de como se fala de um determinado tema é o mais importante. Em Sol de Inverno fala-se de família. Cumpre muitíssimo bem a sua função social, a meu ver.
8 - Também o tema da co-adopção por casais homossexuais tem sido um dos temas retratados. Qual é a sua opinião sobre isso?
A partir do momento em que um estado determina que duas pessoas do mesmo sexo podem casar, não vejo qualquer impedimento de realizarem tudo o mais como qualquer outro casal. Claro que tudo deveria ser natural e com as devidas etapas como se faz em quqalquer adopção. Quanto a Co-adopção, nem sequer se punha caso a adopção por casais homossexuais fosse permitida. Para mim, adoptar é para heróis. É um acto de amor e coragem e não devia ser negado em prol de preconceitos.
9 - Sol de Inverno está a ter sucesso junto dos portugueses. Qual é que acha que é o segredo para o este resultado audimétrico da novela?
Uma boa equipa de trabalho, um tempo de pre produção ligeiramente maior do que o normal, e uma dedicação de todos!
10 - Já participou em diversos projectos tanto de teatro, cinema e televisão. O que lhe falta fazer?
Falta-me tudo. Falta-me passar por determinadas peças e autores, falta-me passar por encenadores como Miguel Seabra ou Jorge Silva Melo, falta-me fazer cinema, falta-me fazer projectos independentes com a nova geração de actores e criadores. Falta quase tudo na verdade.
EM POUCAS PALAVRAS...
Um livro: Os Maias, Retrato de Dorian gray ou Salto Mortal
Uma peça: Titus Andronicus, de Shakespeare
Um filme: Ligações Perigosas
Uma música: Não tenho
Um ídolo: O meu avô
Um sonho: Saber cantar seriamente bem
O Rui Neto é: sonhador, criativo e teimoso
3 - A novela esteve recentemente em reposição nas madrugadas da TVI. Assistiu a alguns episódios? Que balanço faz da sua evolução enquanto ator, passados 10 anos?
Felizmente que noto grandes diferenças. No entanto gosto de ver o lado genuíno com que fiz esse trabalho, não me envergonho. Hoje obviamente que faria diferente. Faz parte da vida errar e aprender com os nossos erros, são eles que nos vão formando também.
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Não quero falar muito desse trabalho porque nunca o consegui terminar. Está na gaveta e não sei de algum dia o poderei de lá tirar. Esse projecto surgiu como todos os outros que criei, pela oportunidade e necessidade de fazer as minhas coisas. Nesse tempo tinha acabado de fazer a novela último beijo, achava que tinha ficado a perceber como se filma, e juntei uns colegas para fazermos essa curta. Obviamente que os resultados foram noites mal dormidas, um grande stress, e um conjunto de cenas que não podem ser editadas, a não ser num contexto familiar e entre amigos!
5 - Já colaborou em diversas peças de teatro e recentemente fez parte da peça O Aldrabão. O que é para si fazer teatro? De que forma vê esta arte, atualmente, em Portugal?
O teatro é a minha parte mais inteira de actor. É onde comunico, seja pelos projectos e peças de outros, seja pelas minhas criações. É o espaço onde me encontro e descubro o mundo e as pessoas. O teatro em Portugal passa pela força daqueles que dedicam as suas vidas a esta arte, e pela capacidade que teremos de tocar as gerações futuras. Passa muito pela educação de um povo, educação emocional e cultura - e identidade de um povo, que muitas vezes os portugueses esquecem, a não ser quando joga a selecção!
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Sol de Inverno foi uma grande oportunidade dada pela SIC/SP, para mostrar o meu trabalho e estar num projecto com mais visibilidade. Preparei me com ensaios com o Ângelo Rodrigues no arranque da produção, com orientação da Ana Nave e da Patricia Sequeira. E tentei estar por dentro da matéria jurídica sobre adopção e Co-adopção, e acompanhei um casal homossexual com uma criança adoptada. Fui ao ginásio mais do que me era normal, e fiz um mini estágio numa florista para aprender a executar os arranjos de flores ;)
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7 - O Nuno é homossexual, numa altura em que cada vez mais o preconceito se estáa afastar. Os portugueses já estão preparados para ver a homossexualidade nas novelas? Acha que ainda há um "longo caminho" para precorrer a este nível?
O preconceito existe, e irá continuar. As Mentalidades só mudam com o tempo, quando as sociedades obrigarem todos a mudar, quando os que agora são novos, forem velhos, pois eles é que trazem a mudança. Por enquanto, as pessoas vão-se habituando a estas modernices de ser 'gay' , umas fingem que não percebem, outras mudam de canal e outras acharão normal. Em termos de ficção acho que, qualquer tema que não seja enquadrado numa boa história, perde o sentido. Seja homossexualidade ou outra coisa qualquer. Pessoalmente não tenho interesse em ver a homossexualidade retratada em novelas como tema central, mas acharia muito interessante que funcionasse como detalhe desta ou daquela personagem. A perspectiva de como se fala de um determinado tema é o mais importante. Em Sol de Inverno fala-se de família. Cumpre muitíssimo bem a sua função social, a meu ver.
8 - Também o tema da co-adopção por casais homossexuais tem sido um dos temas retratados. Qual é a sua opinião sobre isso?
A partir do momento em que um estado determina que duas pessoas do mesmo sexo podem casar, não vejo qualquer impedimento de realizarem tudo o mais como qualquer outro casal. Claro que tudo deveria ser natural e com as devidas etapas como se faz em quqalquer adopção. Quanto a Co-adopção, nem sequer se punha caso a adopção por casais homossexuais fosse permitida. Para mim, adoptar é para heróis. É um acto de amor e coragem e não devia ser negado em prol de preconceitos.
9 - Sol de Inverno está a ter sucesso junto dos portugueses. Qual é que acha que é o segredo para o este resultado audimétrico da novela?
Uma boa equipa de trabalho, um tempo de pre produção ligeiramente maior do que o normal, e uma dedicação de todos!
10 - Já participou em diversos projectos tanto de teatro, cinema e televisão. O que lhe falta fazer?
Falta-me tudo. Falta-me passar por determinadas peças e autores, falta-me passar por encenadores como Miguel Seabra ou Jorge Silva Melo, falta-me fazer cinema, falta-me fazer projectos independentes com a nova geração de actores e criadores. Falta quase tudo na verdade.
EM POUCAS PALAVRAS...
Um livro: Os Maias, Retrato de Dorian gray ou Salto Mortal
Uma peça: Titus Andronicus, de Shakespeare
Um filme: Ligações Perigosas
Uma música: Não tenho
Um ídolo: O meu avô
Um sonho: Saber cantar seriamente bem
O Rui Neto é: sonhador, criativo e teimoso