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Administradora da TVI faz análise de 2012 e projecta 2013

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Numa entrevista dada ao Correio da Manhã, a administradora delegada da Media Capital na TVI, acredita que a empresa onde está desde Agosto de 2011, vai «sair reforçadas da crise”. Rosa Cullell diz não está arrependida: "Não cheguei no momento mais fácil, mas isso também é um desafio". A responsável fez uma análise de 2012 e projectou o futuro, falando dos cortes orçamentais, a aposta nos mercados internacionais, a nova liderança da TVI e os novos canais de cabo.

Questionada sobre a saida de José Fragoso da direcção da TVI, a administradora diz que foi uma «decisão pessoal, que respeito, decidiu mudar de vida…». sem querer confirmar a saida devido a problemas de saúde, disse apenas que «razões dele são pessoais e profissionais, e quando ele quiser tem de responder a isso…»

Quanto ao novo diretor, Luís Cunha e Velho, «é uma pessoa da casa, o Luís Cunha Velho, e está a fazer um trabalho fantástico.»

Relativamente aos cortes orçamentais, a redução de salários dos cargos diretivos em 5% é para manter em 2013, não estando previstos, para já novos cortes, para além daqueles que foram feitos em 2012. «A parte boa da restruturação de custos em 2012 é que agora estamos mais leves, e mais bem preparados para enfrentar os desafios que ainda temos, porque a economia do País é a que é, a economia da Europa é a que é.»
Quanto à redução de funcionários, Rosa Cullell  diz «Cortámos em colaborações, não renovações, no número de diretores, na redução de 5% nos salários. Em diferentes coisas. Temos uma redução da massa salarial de uns 20%. Tentámos fazer cortes não só em um lado, mas em muitos, porque no fim é menos grave para as pessoas…» ainda assim acredita que «a Media Capital e a TVI vão sair reforçadas da crise.»

Também os custos de grelha em 2012 foram reduzidos em 15%. E este ano? «Não estamos a cortar mais. Vamos manter os custos controlados para ver o que acontece.

2012 foi ano de lucros para a empresa «Vamos manter os lucros, mas sobretudo pelo esforço do controlo de custos, com reduções de grelha, que tem riscos; mas no fim, acabamos por chegar com a liderança. É um equilíbrio que não é fácil, mas que tem de se fazer.» E em 2013, o que espera a responsável? «Temos um orçamento de controlo de custos, vamos fazer um esforço maior para reforçar a grelha e reduzir todos os custos que não são prioritários. A grelha é a prioridade máxima.»

O futebol é dos conteúdos estratégicos para 2013 e segundo a responsável tem sido «Muito bom. A decisão foi deixar a Liga portuguesa, não porque não gostemos dela, mas o custo, nestes tempos, é difícil para um canal generalista. Decidimos ir para a Liga dos Campeões…» que segundo a administradora tem retorno: «São quatro milhões por época e tem retorno. Com a Champions conseguimos, com a Liga…» «Era preciso muito patrocínio…» e quanto à Taça da Liga «tem outros números… é ótimo…» referindo-se ao jogos desta competição, que segundo foi avançado pela imprensa, o preço pago por jogo desta época foi 3 vezes menos que nos anos anteriores.


Relativamente à aposta no Cabo - com TVI Ficção no MEO e o +TVI estreia dia 25 na ZON, a administradora delegada diz que as receitas ainda são muitas, mas «há pessoas que se podem pôr a trabalhar ali.» rentabilizado assim os recursos. «Temos muitos ativos, tanto em pessoas como em conteúdos. E precisamos de ter marca e caras dentro do Cabo. A TVI precisava de estar no Cabo, estávamos muito pouco se comparado com a SIC e a RTP.» Já quando ao objectivo de audiências para os canais «Gostava de ter os três no top 10. Se conseguir ter os três no top 20, já fico contente.»

A expansão dos seus canais no estrangeiro é outra das prioridades. «Isso é o grande desafio. A TVI internacional está em sete países [Angola, Moçambique, Cabo Verde, França, Suíça, Luxemburgo e Andorra], estamos a entrar em Espanha, e a negociar outros na América Latina e Europa. Gostava de levar a +TVI para Angola, onde já está a TVI 24. E ter também produtos em colaboração com produtoras angolanas, em coproduções.»

Questionada sobre o valor que o Cabo e a TVI Internacional representam nas contas da empresa diz ser «Muito pouco. Gostaria que fosse 10%, mas ainda está à volta dos 4%…» Quanto à produtora Plural: «Em 2012 esteve muito forte a EMAV, a nossa empresa de meios técnicos, que fez a Liga dos Campeões para diversos países. Está a trabalhar muito em Espanha, vamos fazer as touradas do Canal Plus… Na parte dos cenários, a Plural também fez muito para outras televisões, em França, Espanha.» concluiu.

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