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"TOGI"é a nova web-série original, da autoria de Ricardo Reis, que conta a história de Tobias, Otávia, Guilherme, Ivã e Ivo, seis estudantes de uma universidade lisboeta. Todos eles são bem diferentes, mas têm algo em comum: as suas escolhas irão mudar para sempre as suas vidas.
GUILHERME
- Ei caloiro! – gritou. - Entra na casa de banho já!
Tobias parou e encarou-o. Guilherme reparou que ele não era um puto acabado de sair da escola, já era mais velho, já tinha mais de vinte anos, pelo menos.
- Sabes quem eu sou? E o que represento nesta faculdade? – vociferou, agarrando Tobias pelo ombro e obrigando-o a ir à casa de banho. – Eu sou o presidente da comissão de praxes e não sou como os outros que pensam que as praxes podem ser facultativas, para mim deveriam ser obrigatórias. Tu não te safas delas e vais começar agora.
- Para com isso! – balbuciou Tobias antes de começar a espernear e a esbracejar tentando sair dali.
Ao sentir os movimentos de Tobias a mente de Guilherme trouxe-lhe à memória gritos. Gritos de uma pequena criança. Quanto mais Tobias esbracejava e gritava, mais esses gritos ecoavam na sua cabeça e Guilherme esboçava um sorriso no rosto.
O sorriso desvaneceu com um empurrão que o fez libertar Tobias.
- Mas o que pensas que estás a fazer? – gritou Otávia.
- Estás enganada na casa de banho! Esta é a dos homens. A das meninas fica um bocado mais à frente. Eu sei que és loira, mas começo a ficar farto de dar descontos a pessoas pela cor da gadelha - gracejou.
- Achas que é uma boa altura para fazer piadas Guilherme? É que eu acho que não! Muito menos depois de ver o que vi! Isto é uma universidade, não é uma escola secundária onde os frustrados descarregam nos mais fracos.
- Cala-te Otávia! Não vês que isto é Praxe?
- A que tu praticas! E a que o conselho de Praxes actualmente condena.
- Ainda sou eu o presidente desse conselho! Sou eu quem diz aqui o que está certo ou errado, quem dá a ultima palavra em relação ao que deve ou não ser feito!
- Não por muito tempo Guilherme, o conselho reuniu-se e acha que as tuas visões de Praxe são um pouco distorcidas. Aliás, facto que pôde ser constatado por mim neste exacto momento. A Praxe deve ter como principal objectivo a integração dos novos alunos, não um bullyng camuflado que os "Velhos do Restelo" que seguem o teu idela de Praxe fazem questão de praticar!
- Ah Otavia, que clichés que estamos hoje! Ah... Esquece! olhando para ti vê-se que és o cliché em pessoa, uma betinha com pais ricos que quer fazer o bem, salvar o aluno que, coitadinho, chegou agora e está a ficar com uma má primeira impressão da universidade enquanto lhe lavam a cara nos lavatórios do WC. – Guilherme preparou-se para sair da casa de banho dos rapazes. – Escolham um novo presidente para a comissão Praxes, mas com as ideias de merda que tu e o pessoal do segundo ano vão tendo, ainda acabam num jardim florido a colher florezinhas e a darem-nas uns aos outros para interagirem melhor. A florzinha do segundo ano vai adorar, até acredito que seja ele quem vocês vão eleger para presidente do vosso clube do bichedo… perdão, do vosso conselho de Praxe.
- O Ivo não é para aqui chamado! E não, não será ele o presidente da comissão de Praxes, será outra pessoa. O novo presidente da comissão de praxes será o Afonso. O Ivo será o seu braço direito.
- O alucinado que tem ideias boas para escrever num papel e usá-lo quando se vai à casa de banho. – Guilherme bateu palmas. – Muito bem vamos ter uma grande comissão de Praxes. Amanhã lá estarei na primeira fila para ver como vai ser o primeiro rally tascas deste ano. Desta vez não precisarão de INEM já que os suminhos que vão beber não irão causar de maneira alguma um coma alcoólico. Oh Deus, estão a tornar as praxes desta faculdade numa total seca!
- Então está na hora de deixares esta faculdade! Já se passaram 9 anos e tu aqui! És o aluno com mais matriculas e ainda não deve ser este ano que vais embora. Vê se estudas, aproveita o tempo que andas a praticar este tipo de … “praxe”.
Esta ultima declaração de Otavia deixou Guilherme tão furioso que bateu com a porta da casa de banho com tanta força que chamou a atenção dos outros colegas que agora se encontravam perto dos lavabos.
Já na rua, Guilherme pegou no seu telemóvel e digitou a letra “F” na sua lista de contactos. Fez chamada para o contacto denominado de Fernando.
- Hey meu tudo bem? (…) Népia, estou uma beca passado com uma coisa que aconteceu aqui na faculdade, preciso de aliviar o stress. Não tens nenhuma das tuas colaboradoras disponíveis? (…) Quem, a Brasuca? (…) Ah, é nova aquisição tua?! Tudo bem, diz-lhe pra ir ter ao sítio do costume (…) Vá, abraço! – Desligou logo depois.
Em menos de 15 minutos chegou ao metropolitano e deslocou-se para uma estação do centro de Lisboa. Em seguida entrou numa pensão enfiada numa rua pouco movimentada da capital e pediu a chave de um quarto assim que viu que a rapariga por quem esperava tinha chegado. Não era difícil saber que era ela, todas as colaboradoras de Fernando traziam a mesma vestimenta, uma espécie de farda. Uma camisa verde com um grande decote que mostrava o peito a quem queria ver. Até um cego era capaz de lhes ver as mamas, pensava Guilherme ao ver a rapariga deslocar-se até si. Além da camisa verde, todas as colaboradoras de Fernando traziam umas calças que junto ao tornozelo traziam o símbolo xXx,. Embora fosse pequeno, quem estivesse ao corrente do significado daquele traje sabia quem realmente eram aquelas raparigas.
Quando subiram para o quarto a rapariga despiu toda a sua roupa, enquanto Guilherme apenas se despiu da cintura para baixo.
- Eu paguei-te para f****, não para veres o meu corpo! O Fernando arranja cada… menina. – disparou Guilherme secamente e com um grande desprezo pela rapariga.
- Não precisa faltar ao respeito, querido! Mas está tanto calor neste quarto e você com uma camisola de manga comprida querido! – disse a brasileira que não aparentava ter mais de 25 anos.
- Está bem … querida! Já que insistes em que tire a parte de cima... – disse Guilherme, puxando a camisola para cima.
A rapariga ficou chocada com o que viu. As costas, os braços, a barriga… todo o tronco de Guilherme apresentava marcas de chicotada, algumas pareciam mostrar a carne viva do seu corpo.
- Querias tanto que tirasse a merda da camisola e agora parece que viste um fantasma?
- Você foi queimado? – perguntou a rapariga com a voz a tremer.
- Eu? Não! Mas espero que quem me presenteou com este corpo esteja a esta hora a arder no inferno.
Guilherme penetrava a rapariga com tanta força que os seus gemidos de dor deviam ser audíveis por toda a pensão, mas na sua mente os gritos que ouvia eram os de uma criança e de um jovem adolescente enquanto um homem mais velho pegava num chicote e o atirava ao seu corpo até o deixar a sangrar.
Até o segurança se tinha evaporado do corredor principal quando Guilherme seguia Tobias. Estava a fumar à porta da entrada do pavilhão como pode constatar. Não havia ninguém, só ele e Tobias!
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- Ei caloiro! – gritou. - Entra na casa de banho já!
Tobias parou e encarou-o. Guilherme reparou que ele não era um puto acabado de sair da escola, já era mais velho, já tinha mais de vinte anos, pelo menos.
- Sabes quem eu sou? E o que represento nesta faculdade? – vociferou, agarrando Tobias pelo ombro e obrigando-o a ir à casa de banho. – Eu sou o presidente da comissão de praxes e não sou como os outros que pensam que as praxes podem ser facultativas, para mim deveriam ser obrigatórias. Tu não te safas delas e vais começar agora.
Guilherme abriu a torneira e agarrou nos cabelos curtos de Tobias metendo-lhe a cara dentro do lavatório cheio de água fria.
- Para com isso! – balbuciou Tobias antes de começar a espernear e a esbracejar tentando sair dali.
Ao sentir os movimentos de Tobias a mente de Guilherme trouxe-lhe à memória gritos. Gritos de uma pequena criança. Quanto mais Tobias esbracejava e gritava, mais esses gritos ecoavam na sua cabeça e Guilherme esboçava um sorriso no rosto.
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O sorriso desvaneceu com um empurrão que o fez libertar Tobias.
- Mas o que pensas que estás a fazer? – gritou Otávia.
- Estás enganada na casa de banho! Esta é a dos homens. A das meninas fica um bocado mais à frente. Eu sei que és loira, mas começo a ficar farto de dar descontos a pessoas pela cor da gadelha - gracejou.
- Achas que é uma boa altura para fazer piadas Guilherme? É que eu acho que não! Muito menos depois de ver o que vi! Isto é uma universidade, não é uma escola secundária onde os frustrados descarregam nos mais fracos.
- Cala-te Otávia! Não vês que isto é Praxe?
- A que tu praticas! E a que o conselho de Praxes actualmente condena.
- Ainda sou eu o presidente desse conselho! Sou eu quem diz aqui o que está certo ou errado, quem dá a ultima palavra em relação ao que deve ou não ser feito!
- Não por muito tempo Guilherme, o conselho reuniu-se e acha que as tuas visões de Praxe são um pouco distorcidas. Aliás, facto que pôde ser constatado por mim neste exacto momento. A Praxe deve ter como principal objectivo a integração dos novos alunos, não um bullyng camuflado que os "Velhos do Restelo" que seguem o teu idela de Praxe fazem questão de praticar!
- Ah Otavia, que clichés que estamos hoje! Ah... Esquece! olhando para ti vê-se que és o cliché em pessoa, uma betinha com pais ricos que quer fazer o bem, salvar o aluno que, coitadinho, chegou agora e está a ficar com uma má primeira impressão da universidade enquanto lhe lavam a cara nos lavatórios do WC. – Guilherme preparou-se para sair da casa de banho dos rapazes. – Escolham um novo presidente para a comissão Praxes, mas com as ideias de merda que tu e o pessoal do segundo ano vão tendo, ainda acabam num jardim florido a colher florezinhas e a darem-nas uns aos outros para interagirem melhor. A florzinha do segundo ano vai adorar, até acredito que seja ele quem vocês vão eleger para presidente do vosso clube do bichedo… perdão, do vosso conselho de Praxe.
- O Ivo não é para aqui chamado! E não, não será ele o presidente da comissão de Praxes, será outra pessoa. O novo presidente da comissão de praxes será o Afonso. O Ivo será o seu braço direito.
- O alucinado que tem ideias boas para escrever num papel e usá-lo quando se vai à casa de banho. – Guilherme bateu palmas. – Muito bem vamos ter uma grande comissão de Praxes. Amanhã lá estarei na primeira fila para ver como vai ser o primeiro rally tascas deste ano. Desta vez não precisarão de INEM já que os suminhos que vão beber não irão causar de maneira alguma um coma alcoólico. Oh Deus, estão a tornar as praxes desta faculdade numa total seca!
- Então está na hora de deixares esta faculdade! Já se passaram 9 anos e tu aqui! És o aluno com mais matriculas e ainda não deve ser este ano que vais embora. Vê se estudas, aproveita o tempo que andas a praticar este tipo de … “praxe”.
Esta ultima declaração de Otavia deixou Guilherme tão furioso que bateu com a porta da casa de banho com tanta força que chamou a atenção dos outros colegas que agora se encontravam perto dos lavabos.
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Já na rua, Guilherme pegou no seu telemóvel e digitou a letra “F” na sua lista de contactos. Fez chamada para o contacto denominado de Fernando.
- Hey meu tudo bem? (…) Népia, estou uma beca passado com uma coisa que aconteceu aqui na faculdade, preciso de aliviar o stress. Não tens nenhuma das tuas colaboradoras disponíveis? (…) Quem, a Brasuca? (…) Ah, é nova aquisição tua?! Tudo bem, diz-lhe pra ir ter ao sítio do costume (…) Vá, abraço! – Desligou logo depois.
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Em menos de 15 minutos chegou ao metropolitano e deslocou-se para uma estação do centro de Lisboa. Em seguida entrou numa pensão enfiada numa rua pouco movimentada da capital e pediu a chave de um quarto assim que viu que a rapariga por quem esperava tinha chegado. Não era difícil saber que era ela, todas as colaboradoras de Fernando traziam a mesma vestimenta, uma espécie de farda. Uma camisa verde com um grande decote que mostrava o peito a quem queria ver. Até um cego era capaz de lhes ver as mamas, pensava Guilherme ao ver a rapariga deslocar-se até si. Além da camisa verde, todas as colaboradoras de Fernando traziam umas calças que junto ao tornozelo traziam o símbolo xXx,. Embora fosse pequeno, quem estivesse ao corrente do significado daquele traje sabia quem realmente eram aquelas raparigas.
Quando subiram para o quarto a rapariga despiu toda a sua roupa, enquanto Guilherme apenas se despiu da cintura para baixo.
- Querido, porque não tira toda a sua roupa? Gosto de ver o homem que me dá prazer todo nu. – disse a rapariga num português abrasileirado.
- Eu paguei-te para f****, não para veres o meu corpo! O Fernando arranja cada… menina. – disparou Guilherme secamente e com um grande desprezo pela rapariga.
- Não precisa faltar ao respeito, querido! Mas está tanto calor neste quarto e você com uma camisola de manga comprida querido! – disse a brasileira que não aparentava ter mais de 25 anos.
- Está bem … querida! Já que insistes em que tire a parte de cima... – disse Guilherme, puxando a camisola para cima.
A rapariga ficou chocada com o que viu. As costas, os braços, a barriga… todo o tronco de Guilherme apresentava marcas de chicotada, algumas pareciam mostrar a carne viva do seu corpo.
- Querias tanto que tirasse a merda da camisola e agora parece que viste um fantasma?
- Você foi queimado? – perguntou a rapariga com a voz a tremer.
- Eu? Não! Mas espero que quem me presenteou com este corpo esteja a esta hora a arder no inferno.
Deve estar lá desde que morreu! Mas chega de falar daquilo que não interessa para aqui! Eu paguei-te para te comer não para ter uma sessão de terapia. Se fosse esse o meu objectivo teria marcado uma consulta num psicólogo. Mas não fiques triste…querida, agora que tirei a camisola não a vou voltar a colocar, por isso vais poder ver o homem que te vai dar prazer da maneira que veio ao mundo. E como bónus ele ainda tem umas “tatuagens” todas fixes.
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Guilherme penetrava a rapariga com tanta força que os seus gemidos de dor deviam ser audíveis por toda a pensão, mas na sua mente os gritos que ouvia eram os de uma criança e de um jovem adolescente enquanto um homem mais velho pegava num chicote e o atirava ao seu corpo até o deixar a sangrar.
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Não perca o 3º episódio, na próxima segunda-feira, para ler aqui no Fantastic e na página oficial do projeto, em www.facebook.com/pages/TOGI/277175702491216
Publicação de TOGI.
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