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"TOGI"é uma web-série original, da autoria de Ricardo Reis, que conta a história de Tobias, Otávia, Guilherme, Ivã e Ivo, seis estudantes de uma universidade lisboeta. Todos eles são bem diferentes, mas têm algo em comum: as suas escolhas irão mudar para sempre as suas vidas.
[AINDA NÃO LESTE O CAPÍTULO 15? CLICA AQUI]
CAPÍTULO 16
LILIA
Lilia tentava dormir mas não conseguia. Virava-se de um lado para o outro a tentar dormir mas as memórias do passado continuavam a persegui-la.
Quando Lilia abriu os olhos não sabia onde estava, só passados alguns segundos é que teve a percepção de que se encontrava no quarto do seu namorado Ivã. Não sabia como tinha ido lá parar apenas se lembrava de estar na serra de Sintra com Guilherme e Gustavo.
Estava sozinha no quarto. Não havia sinal de Ivã. Então tentou chamá-lo, mas a sua voz não funcionou o que a deixou num estado de grande aflição. A nuca doía-lhe e sentia-se fraca mas tentou levantar-se. Quando Ivã chegou ao quarto Lilia estava prestes a cair porque as suas pernas não aguentavam o peso do corpo.
- Não te podes levantar! Estás fraca. – disse Ivã agarrando-a e levando-a de volta para a cama.
Fez uns gestos com a boca para tentar falar mas não saia nada para além de ar, o que fez com que Ivã ficasse também assustado com aquela situação. Foi então que Ivã ligou para um dos seus melhores amigos que estava a acabar o curso de medicina com uma das melhores médias da faculdade. Lilia ouviu a conversa entre o seu namorado e o amigo. Ouviu que ele tinha recebido uma mensagem do telemóvel dela para ir ter com ela perto de uma casa abandonada na serra de Sintra, mas Lilia não se lembrava de ter enviado mensagem alguma. Lembrava-se apenas do terrível segredo que Guilherme partilhara com ela e com o seu amigo Gustavo. Guilherme não era o rapaz pacato que aparentava ser mas sim um psicopata que matou o seu tio por vingança. Matou-o por ter sofrido maus tratos em criança. Não o recriminava, as marcas que ficaram no seu corpo eram um fardo, mas não entendia porque ele chegou ao ponto de o matar. A violência não levava a lado nenhum.
Foram precisos cerca de dois meses para que Lilia escrevesse no seu bloco de notas o que realmente se tinha passado naquela noite de dezassete de Setembro na Serra de Sintra. Como seria de esperar Ivã ficara chocado com aquilo que Lilia escreveu e tentou convencê-la a apresentar queixa à polícia. Estava desaparecida desde então, os seus pais estavam desesperados por não saber onde ela estava e Ivã sentia-se impotente ao não puder fazer nada para a ajudar. Ivã arranjou a pequena arrecadação da sua casa e transformou-a num pequeno quarto onde Lilia ficava o tempo todo. Como não tinha janelas era impossível que alguém soubesse que ela estava lá.
Estava uma noite chuvosa quando saíram de casa. Era madrugada. Ivã achou que era a melhor altura para ela sair de casa sem que fosse vista por ninguém. Entraram no carro e pararam na casa de Gustavo. Quando o viu as lágrimas correram-lhe pelo rosto ao ver como se encontrava. Pegou no seu bloco de notas e escreveu Como aquele psicopata te deixou. Ela ao menos tinha como se comunicar já o seu melhor amigo não tinha essa possibilidade o que a deixou com um grande aperto no coração.
Depois do seu encontro com Gustavo Lilia ficou isolada no seu quarto na arrecadação de Ivã. Estava cada vez mais deprimida e Ivã não sabia o que fazer. Até que chegou a uma solução que podia ajudar. Pediu umas férias no trabalho e durante a noite, quando não havia ninguém na rua, os dois rumaram até ao norte do país. Lilia precisava espairecer, estar em casa durante todo o dia sem puder sair com receio de ser vista e despoletar problemas para ambos.
Antes de seguirem para o norte Lilia pediu um favor, passar ao pé da casa dos pais. Sabia que não os podia ver mas passar pelo prédio deles iria fazê-la sentir-se melhor. Ao longo dos meses que se passaram Ivã ia a casa dos pais dela para os tentar reconfortar, mas era complicado reconfortar a perda de um filho sem uma razão aparente para isso acontecer. Ao olhar para o prédio onde vivera a vida toda sentiu um misto de emoções. Queria sair do carro de Ivã e correr para a sua casa para abraçar os seus pais, escrever o que lhe acontecera no seu bloco de notas, explicar que não podia falar devido ao choque, explicar que Guilherme era um psicopata que matara o seu tio, a deixara inconsciente e cortara as mãos e a língua a Gustavo para que ele não fosse capaz de revelar nada do que ele lhe fizera naquela noite. Mas não podia fazer isso, não os podia por em risco também, já bastava Ivã e o seu amigo que o ajudou na noite em que ele a salvara.
Olhou para o espelho que tinha no carro e viu a cicatriz que Ivã lhe pintara na face. O seu desaparecimento correu por todos os média e por isso podia ser facilmente reconhecida então o seu namorado arranjou essa solução para tentar salvaguarda-la. Lembrava-lhe a cicatriz de um pequeno feiticeiro que andava pelo cinema naquela altura e levava legiões de fãs às salas quando estreava cada filme sobre ele. Por essa razão Lilia soltou um sorriso ao vê-la na sua bochecha.
Chegaram a Vila Nova de Gaia a tempo de ver o nascer do sol. Ficaram os dois de mãos dadas ao pé da Ponte de D. Luís, olhando para um barco rabelo que por ali passava. Os barcos rabelos eram barcos típicos da região do Douro por isso Lilia nunca tinha andado num. Só tinha ido uma vez ao Porto e já não se lembrava de praticamente nada pois era ainda uma criança. Então decidiram andar num durante aquela manhã nublada e fria de Janeiro.
Quando chegou a hora de almoço pararam num restaurante e comeram a típica francesinha à moda do Porto, mas quando acabaram de comer Lilia sentiu um enjoou e teve de ir a correr para a casa de banho. Quando voltou para a mesa Ivã perguntou-lhe se tinha ido vomitar, pergunta à qual Lilia respondeu afirmativamente acenando com a cabeça.
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A noite rapidamente chegou, e com ela chegou também a chuva. Lilia e Ivã corriam para o carro enquanto a chuva caia em cima das suas cabeças. Estavam felizes. De repente Lilia agarrou a mão do seu namorado e parou no meio da chuva.
- Porque paraste? Estás a gostar deste fim-de-semana? – Perguntou-lhe Ivã.
Lilia acenou afirmativamente com a cabeça e esboçou um sorriso no rosto. Estava tão divertida como molhada naquela chuva torrencial. Olhava para Ivã com ternura e agarrava as suas mãos com força.
- É tão bom estar aqui contigo Lilia, só nós os dois! – Declarou Ivã beijando-a.
Lilia acenou negativamente com a cabeça.
- Não? Ainda agora disseste que estavas a gostar do fim-de-semana? Porque não estás a gostar de sermos só nós os dois.
Lilia levantou o braço e mostrou-lhe três dedos e tocou na sua barriga.
Ivã ficou surpreendido com os gestos de Lilia, não estava a acreditar.
- Tens mesmo a certeza disso?
Lilia encolheu os ombros e voltou a tocar na barriga voltando a acenar com a cabeça afirmativamente. Mesmo sem ainda estar confirmado Ivã pegou-a ao colo e os dois rodopiaram no meio da chuva. Para saberem se ela estava ou não realmente os dois rumaram à farmácia de serviço mais próxima dali.
Quando Lilia fez o teste de gravidez confirmou-se que trazia um rebento dentro dela, o que os deixou num misto de emoções. Por um lado estavam radiantes por irem ser pais, mas por outro, havia um problema. Se Lilia vivia escondida com medo do que Guilherme lhe podia fazer se soubesse que ela estava viva como poderia cuidar deste bebé. E ainda existia outro problema. A sua gravidez não podia ser de todo uma gravidez normal. Se ela se deslocasse a um hospital ela seria reconhecida. Foi então que entraram num grande dilema. Dilema esse que teve apenas uma solução que passava novamente pelo seu amigo médico, que o ajudara na noite em que Lilia sofrera o ataque de Guilherme. Ele aprontou-se a ajudar e esteve sempre presente em todos os momentos da gravidez para ver se estava tudo bem.
Sete meses se passaram e o filho de Lilia e Ivã estava prestes a nascer. Foi numa noite de verão que a jovem rapariga loira de olhos azuis começou a sentir as contracções e lhe rebentaram as águas. E o amigo de Ivã lá estava para realizar o parto.
O menino nasceu saudável e quando se recompôs Lilia escreveu no seu bloco o nome que lhe queria dar: Rodrigo. Mas com o nascimento foram criados novos problemas. O menino não podia ficar preso em casa tal como a mãe, não merecia ter uma vida em cativeiro tal como ela estava a ter, foi então que Ivã teve a ideia de o meter à porta de casa dos pais dela. Uma criança para recompensar a perda da filha que nunca mais aparecera. E assim o fizeram. Numa noite quente de verão Ivã pegou na alcofa de Rodrigo e entrou no prédio onde os pais de Lilia residiam. Tocou à campainha e fugiu deixando lá a alcofa, deixando o seu filho para trás, visitando-o sempre que podia.
Lilia era cada vez mais uma pessoa solitária, pouco comia, estava bastante magra e não tinha razões para sorrir. E Ivã sentia-se impotente, sem saber o que podia fazer para a puder ajudar. Até que pensou numa ideia, fazer com que Guilherme ficasse tão fragilizado que não conseguisse fazer nada contra ela e então aí já seria mais fácil fazer queixa contra ele à polícia. Lilia não gostou muito desta ideia de Ivã mas ele parecia tão determinado que nada nem ninguém o iria deter, ele ia mesmo fazer aquilo.
E agora ali estava ela. Sorria um pouco embora ainda sentisse medo do que poderia acontecer, mas agora também ela estava determinada. Ela só queria ter o seu filho nos braços e a sua família reunida, e como brinde, conseguir voltar a falar.
Não perca o 17º episódio, na próxima terça-feira, para ler aqui no Fantastic e na página oficial do projeto, em www.facebook.com/pages/TOGI/277175702491216
CAPÍTULO 16
LILIA
Lilia tentava dormir mas não conseguia. Virava-se de um lado para o outro a tentar dormir mas as memórias do passado continuavam a persegui-la.
DEZASSETE DE SETEMBRO DE DOIS MIL E SEIS
Quando Lilia abriu os olhos não sabia onde estava, só passados alguns segundos é que teve a percepção de que se encontrava no quarto do seu namorado Ivã. Não sabia como tinha ido lá parar apenas se lembrava de estar na serra de Sintra com Guilherme e Gustavo.
Estava sozinha no quarto. Não havia sinal de Ivã. Então tentou chamá-lo, mas a sua voz não funcionou o que a deixou num estado de grande aflição. A nuca doía-lhe e sentia-se fraca mas tentou levantar-se. Quando Ivã chegou ao quarto Lilia estava prestes a cair porque as suas pernas não aguentavam o peso do corpo.
- Não te podes levantar! Estás fraca. – disse Ivã agarrando-a e levando-a de volta para a cama.
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Fez uns gestos com a boca para tentar falar mas não saia nada para além de ar, o que fez com que Ivã ficasse também assustado com aquela situação. Foi então que Ivã ligou para um dos seus melhores amigos que estava a acabar o curso de medicina com uma das melhores médias da faculdade. Lilia ouviu a conversa entre o seu namorado e o amigo. Ouviu que ele tinha recebido uma mensagem do telemóvel dela para ir ter com ela perto de uma casa abandonada na serra de Sintra, mas Lilia não se lembrava de ter enviado mensagem alguma. Lembrava-se apenas do terrível segredo que Guilherme partilhara com ela e com o seu amigo Gustavo. Guilherme não era o rapaz pacato que aparentava ser mas sim um psicopata que matou o seu tio por vingança. Matou-o por ter sofrido maus tratos em criança. Não o recriminava, as marcas que ficaram no seu corpo eram um fardo, mas não entendia porque ele chegou ao ponto de o matar. A violência não levava a lado nenhum.
ALGURES NO FIM DO ANO DOIS MIL E SEIS
Foram precisos cerca de dois meses para que Lilia escrevesse no seu bloco de notas o que realmente se tinha passado naquela noite de dezassete de Setembro na Serra de Sintra. Como seria de esperar Ivã ficara chocado com aquilo que Lilia escreveu e tentou convencê-la a apresentar queixa à polícia. Estava desaparecida desde então, os seus pais estavam desesperados por não saber onde ela estava e Ivã sentia-se impotente ao não puder fazer nada para a ajudar. Ivã arranjou a pequena arrecadação da sua casa e transformou-a num pequeno quarto onde Lilia ficava o tempo todo. Como não tinha janelas era impossível que alguém soubesse que ela estava lá.
Foi então que um dia no meio do mês de Dezembro que Lilia pedira a Ivã uma coisa que era bastante arriscada para os dois, encontrar-se com Gustavo. Queria ver como é que ele estava. Sentia saudades daquele que lhe salvara a vida. Então depois de planearem tudo Lilia mandou uma mensagem do telemóvel de Ivã para que não existisse qualquer problema. O seu telemóvel fora desligado na noite da tragédia e ela nunca mais o ligara desde então.
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Estava uma noite chuvosa quando saíram de casa. Era madrugada. Ivã achou que era a melhor altura para ela sair de casa sem que fosse vista por ninguém. Entraram no carro e pararam na casa de Gustavo. Quando o viu as lágrimas correram-lhe pelo rosto ao ver como se encontrava. Pegou no seu bloco de notas e escreveu Como aquele psicopata te deixou. Ela ao menos tinha como se comunicar já o seu melhor amigo não tinha essa possibilidade o que a deixou com um grande aperto no coração.
ALGUNS MESES DEPOIS
Depois do seu encontro com Gustavo Lilia ficou isolada no seu quarto na arrecadação de Ivã. Estava cada vez mais deprimida e Ivã não sabia o que fazer. Até que chegou a uma solução que podia ajudar. Pediu umas férias no trabalho e durante a noite, quando não havia ninguém na rua, os dois rumaram até ao norte do país. Lilia precisava espairecer, estar em casa durante todo o dia sem puder sair com receio de ser vista e despoletar problemas para ambos.
Antes de seguirem para o norte Lilia pediu um favor, passar ao pé da casa dos pais. Sabia que não os podia ver mas passar pelo prédio deles iria fazê-la sentir-se melhor. Ao longo dos meses que se passaram Ivã ia a casa dos pais dela para os tentar reconfortar, mas era complicado reconfortar a perda de um filho sem uma razão aparente para isso acontecer. Ao olhar para o prédio onde vivera a vida toda sentiu um misto de emoções. Queria sair do carro de Ivã e correr para a sua casa para abraçar os seus pais, escrever o que lhe acontecera no seu bloco de notas, explicar que não podia falar devido ao choque, explicar que Guilherme era um psicopata que matara o seu tio, a deixara inconsciente e cortara as mãos e a língua a Gustavo para que ele não fosse capaz de revelar nada do que ele lhe fizera naquela noite. Mas não podia fazer isso, não os podia por em risco também, já bastava Ivã e o seu amigo que o ajudou na noite em que ele a salvara.
Olhou para o espelho que tinha no carro e viu a cicatriz que Ivã lhe pintara na face. O seu desaparecimento correu por todos os média e por isso podia ser facilmente reconhecida então o seu namorado arranjou essa solução para tentar salvaguarda-la. Lembrava-lhe a cicatriz de um pequeno feiticeiro que andava pelo cinema naquela altura e levava legiões de fãs às salas quando estreava cada filme sobre ele. Por essa razão Lilia soltou um sorriso ao vê-la na sua bochecha.
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Chegaram a Vila Nova de Gaia a tempo de ver o nascer do sol. Ficaram os dois de mãos dadas ao pé da Ponte de D. Luís, olhando para um barco rabelo que por ali passava. Os barcos rabelos eram barcos típicos da região do Douro por isso Lilia nunca tinha andado num. Só tinha ido uma vez ao Porto e já não se lembrava de praticamente nada pois era ainda uma criança. Então decidiram andar num durante aquela manhã nublada e fria de Janeiro.
Quando chegou a hora de almoço pararam num restaurante e comeram a típica francesinha à moda do Porto, mas quando acabaram de comer Lilia sentiu um enjoou e teve de ir a correr para a casa de banho. Quando voltou para a mesa Ivã perguntou-lhe se tinha ido vomitar, pergunta à qual Lilia respondeu afirmativamente acenando com a cabeça.
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- Porque paraste? Estás a gostar deste fim-de-semana? – Perguntou-lhe Ivã.
Lilia acenou afirmativamente com a cabeça e esboçou um sorriso no rosto. Estava tão divertida como molhada naquela chuva torrencial. Olhava para Ivã com ternura e agarrava as suas mãos com força.
- É tão bom estar aqui contigo Lilia, só nós os dois! – Declarou Ivã beijando-a.
Lilia acenou negativamente com a cabeça.
- Não? Ainda agora disseste que estavas a gostar do fim-de-semana? Porque não estás a gostar de sermos só nós os dois.
Lilia levantou o braço e mostrou-lhe três dedos e tocou na sua barriga.
Ivã ficou surpreendido com os gestos de Lilia, não estava a acreditar.
- Tens mesmo a certeza disso?
Lilia encolheu os ombros e voltou a tocar na barriga voltando a acenar com a cabeça afirmativamente. Mesmo sem ainda estar confirmado Ivã pegou-a ao colo e os dois rodopiaram no meio da chuva. Para saberem se ela estava ou não realmente os dois rumaram à farmácia de serviço mais próxima dali.
Quando Lilia fez o teste de gravidez confirmou-se que trazia um rebento dentro dela, o que os deixou num misto de emoções. Por um lado estavam radiantes por irem ser pais, mas por outro, havia um problema. Se Lilia vivia escondida com medo do que Guilherme lhe podia fazer se soubesse que ela estava viva como poderia cuidar deste bebé. E ainda existia outro problema. A sua gravidez não podia ser de todo uma gravidez normal. Se ela se deslocasse a um hospital ela seria reconhecida. Foi então que entraram num grande dilema. Dilema esse que teve apenas uma solução que passava novamente pelo seu amigo médico, que o ajudara na noite em que Lilia sofrera o ataque de Guilherme. Ele aprontou-se a ajudar e esteve sempre presente em todos os momentos da gravidez para ver se estava tudo bem.
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Sete meses se passaram e o filho de Lilia e Ivã estava prestes a nascer. Foi numa noite de verão que a jovem rapariga loira de olhos azuis começou a sentir as contracções e lhe rebentaram as águas. E o amigo de Ivã lá estava para realizar o parto.
O menino nasceu saudável e quando se recompôs Lilia escreveu no seu bloco o nome que lhe queria dar: Rodrigo. Mas com o nascimento foram criados novos problemas. O menino não podia ficar preso em casa tal como a mãe, não merecia ter uma vida em cativeiro tal como ela estava a ter, foi então que Ivã teve a ideia de o meter à porta de casa dos pais dela. Uma criança para recompensar a perda da filha que nunca mais aparecera. E assim o fizeram. Numa noite quente de verão Ivã pegou na alcofa de Rodrigo e entrou no prédio onde os pais de Lilia residiam. Tocou à campainha e fugiu deixando lá a alcofa, deixando o seu filho para trás, visitando-o sempre que podia.
ANO DOIS MIL E TREZE
Lilia era cada vez mais uma pessoa solitária, pouco comia, estava bastante magra e não tinha razões para sorrir. E Ivã sentia-se impotente, sem saber o que podia fazer para a puder ajudar. Até que pensou numa ideia, fazer com que Guilherme ficasse tão fragilizado que não conseguisse fazer nada contra ela e então aí já seria mais fácil fazer queixa contra ele à polícia. Lilia não gostou muito desta ideia de Ivã mas ele parecia tão determinado que nada nem ninguém o iria deter, ele ia mesmo fazer aquilo.
ATUALIDADE
E agora ali estava ela. Sorria um pouco embora ainda sentisse medo do que poderia acontecer, mas agora também ela estava determinada. Ela só queria ter o seu filho nos braços e a sua família reunida, e como brinde, conseguir voltar a falar.
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