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O especial "Duplo Clique - O Natal das Televisões", que conta com três edições, passa em revista as emissões especiais de Natal levadas a cabo pelos três canais generalistas ao longo das últimas duas semanas. RTP, SIC e TVI ofereceram aos espectadores três longas emissões, recheadas de música e histórias emotivas, sob o signo da solidariedade – ou não fosse o mês de dezembro a época festiva por excelência, a inspirar sorrisos e calor humano.
“Equipa que ganha não se mexe”. Poderá ser este o lema que ecoa nos pensamentos de Luís Cunha Velho, diretor-geral da TVI, perante a constatação de que “o canal preferido dos portugueses” já é líder de audiências há 100 meses. Quem o diz são os profissionais que fazem a “sua televisão” todos os dias, e a GFK corrobora. A liderança é mais uma prenda no sapatinho deixado à porta de Queluz de Baixo, que vai nivelando por cima os resultados audiométricos do final deste ano e abrindo de par em par as perspetivas de um começo de 2015… na liderança.
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E porque se diz que “o Natal é quando o Homem quiser”, a TVI decidiu festejá-lo no dia 17 de dezembro, cedendo a grelha de programação ao já conhecido formato “Especial de Natal – Missão Sorriso”. Há 12 anos, a estação associou-se ao projeto de solidariedade mais sólido e que os portugueses mais apoiaram, crescendo com ele e fazendo crescer, também, toda a indústria solidária da SONAE, sob a chancela da marca Continente e da figura infantil da Leopoldina. A “Missão Sorriso” começou por sorrir com CDs de canções de Natal e hoje já tem um jogo interativo para telemóveis e tablets. A “Missão Sorriso” gatinhou, levantou-se e hoje percorre com habilidade o trajeto do seu sucesso de receitas – qualquer coisa como 4 milhões de produtos vendidos e 10 milhões de euros angariados, materializados em 2100 equipamentos hospitalares, doados a 210 instituições. Difundindo as suas áreas de atuação, apresenta-se hoje como um projeto de apoio à saúde infantil, ao envelhecimento ativo e na luta contra a fome, em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa.
Desde 2003 que a festa se repete a pretexto da nobre missão, motivo mais do que suficiente para justificar uma maratona televisiva de puro entretenimento. No seu propósito, o especial de Natal da TVI difere, em grande medida, do especial da SIC, e aproxima-se evidentemente do da RTP. As suas caraterísticas mais institucionais tornam, porventura, mais toleráveis as horas intermináveis passadas ao som da música popular portuguesa. É o programa cujo conteúdo sério é transmitido de maneira atrativa, e cuja forma é, do ponto de vista televisivo, difícil de inovar.
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Iva Domingues, Mónica Jardim, Marta Cardoso, Nuno Eiró, Isabel Silva, Mariza Cruz, Leonor Poeiras e Gustavo Santos revezaram-se durante o dia, conduzindo o programa sem atropelos, de forma profissional e, sobretudo, conservando o carisma e empatia com o público, qualidade que, de uma forma geral, lhes é caraterística. Gustavo Santos não deixou de ser, porém, uma agradável surpresa. O apresentador largou as trinchas de tinta do programa de remodelações e foi “posto à prova” num registo diferente (uma experiência da TVI para rentabilizar o seu reduzido leque de apresentadores masculinos), daí resultando uma prestação assinalável e prometedora de presenças mais assíduas. O apresentador não disfarçou algum nervosismo, amparando-se no contacto visual persistente com as suas colegas, mas soube canalizar o à-vontade acumulado com as histórias dramáticas do “Querido” para os momentos de entrevistas, evitando uma postura pouco participativa.
Num dia em que o financiamento da causa da “Missão Sorriso” se sobrepôs ética e moralmente à conquista cega das audiências, o “Especial de Natal” registou uma média superior a 470 mil espectadores durante a manhã e deixou a mínimos os formatos concorrentes no mesmo horário, à tarde. À noite foi a vez de as “estrelas” subirem ao palco, na gala de Natal da TVI, e o convite já estava feito.
Duplo Clique - 30ª Edição
Uma crónica de André Rosa