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"Glória": Já estreou a primeira série portuguesa da Netflix

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Foto: Direitos Reservados

Escrita por Pedro Lopes e com realização de Tiago Guedes, já estreou a série que coloca Portugal na lista de países com conteúdos originais da Netflix. Glória retrata uma viagem histórica ao passado do nosso país com um thriller de espionagem que coloca Portugal como cenário improvável da Guerra Fria e já está disponível na plataforma de streaming.

Glória conta a história de João Vidal, interpretado por Miguel Nunes, um jovem engenheiro que tem no seu passado ligações ao regime fascista do Estado Novo, é recrutado pela KGB, a principal organização dos Serviços Secretos da União Soviética nos anos sessenta, para executar missões de alto risco que podem colocar Portugal numa posição delicada e, até, tem consequências à escala mundial. Em pano de fundo estão eventos reais que constroem a história da participação portuguesa na Guerra Fria, e que podes conhecer aqui no Fantastic.

O elenco deste enredo reúne alguns dos maiores nomes da ficção nacional, numa lista que inclui mais de setenta artistas. Miguel Nunes, Carolina Amaral, Maria João Pinho, João Arrais, Marcello Urgeghe, Gonçalo Waddington, Carloto Cotta, Albano Jerónimo, Sandra Faleiro e Afonso Pimentel são alguns dos atores, mas podes conhecer o leque completo de intérpretes de Glória no nosso artigo especial, onde te apresentamos alguns dos anteriores projetos de cada um dos membros do casting levado a cabo por Maria José Monteiro.


Dia Mundial do Cinema: 10 cenas icónicas que marcaram a Sétima Arte

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Foto: Direitos Reservados

Hoje, dia 5 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Cinema e neste ano de 2021 celebram-se também os 126 anos da primeira sessão pública do cinematógrafo dos irmão Lumière. Em 1895, os dois irmãos utilizaram o aparelho para reproduzir imagens em movimento num grande ecrã, para cerca de 30 espectadores, em Paris. 

A sessão aconteceu na cave do Grand Café, em Paris. Foi projetada uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada (os primeiros rolos de película tinham apenas quinze metros de comprimento), entre eles os famosos "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do Comboio à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem o seu conteúdo.

A partir de então, o cinema expandiu-se por França, por toda a Europa e nos Estados Unidos, por intermédio de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière para captar imagens pelo mundo afora. 

Para assinalar esta data, o Fantastic escolheu 10 cenas icónicas de filmes que marcaram várias gerações ao longo de mais de um século de Historia do Cinema. 


A Viagem à Lua, de Georges Meliès (1902) 
 
Lançado em setembro de 1902, A Viagem à Lua, de Georges Méliès, é um dos filmes mais importantes da História do Cinema. Há mais de um século, o realizador apresentou ao público uma narrativa e efeitos especiais muito inovadores para a época, sendo este o primeiro filme de ficção científica da história, transformando-se num sucesso a nível mundial. A cena em que a cápsula, lançada por um canhão gigante, chega à lua para que o território seja explorado, tornou-se numa das imagens mais clássicas do cinema. O filme conta a história de Barbenfouillis (Georges Méliès), um professor que convence os seus colegas a participarem numa viagem de exploração à Lua, partundo numa nave espacial que aterra no olho direito do satélite natural da Terra.

Clica aqui para veres o filme completo
 

Singin' in the Rain, de Gene Kelly e Stanley Donen (1952) 

Um homem apaixonado despede-se do seu grande amor com um beijo e fica tão feliz que não se importa com a chuva. Encharcado, canta “I´m Singin’ in the Rain", transformando esta cena musical numa das mais emblemáticas do cinema. O filme foi ganhando ao longo dos anos uma maior importância, sendo considerado uma homenagem à Sétima Arte e à conturbada fase de transição do mudo para o sonoro no final da década de 20.
 
Clica aqui para veres a cena do filme
 
 

A Dama e o Vagabundo, de Wilfred Jackson, Hamilton Luske e Clyde Geronimi (1955) 

É uma das cenas mais recordadas por todos e inicialmente não era para integrar a versão final de A Dama e o Vagabundo. O momento em que os dois cães protagonistas partilham esparguete, num jantar romântico, começou por ser considerada pouco romântica pela Disney. O animador Frank Thomas discordou e decidiu ir em frente. Quando Walt Disney viu o resultado, ficou impressionado e decidiu mantê-la na versão final. O filme conta a história de um cão rafeiro de coração de ouro, apaixona-se por uma cadelinha cocker spaniel aristocrata.

 

Psico, de Alfred Hitchcock (1960) 

A famosa cena do chuveiro, pensada por um dos maiores mestres do cinema de terror de todos os tempos, mudaria para sempre o conceito de thriller, horror e mistério no grande ecrã. Em Psico, a protagonista é atacada por uma personagem misteriosa, enquanto toma banho, gritando desesperadamente, em vão. Depois de ver a cena algumas vezes, Hitchcock mostrou-se desiludido, mas durante a montagem final, já com a banda sonora, acabou por mantê-la.

 

Taxi Driver, de Martin Scorsese (1976) 

"Are you talking to me?", perguntava Travis, a si mesmo, ao espelho. A cena de Taxi Driver que toda a gente conhece acabou por resultar da impressionante e disruptiva performance de Robert de Niro. A frase ficou e 10º lugar na “Lista das melhores 100 frases de filmes de todos os tempos”, segundo o American Film Institute. Taxi Driver tornou-se um clássico e é apontado como um dos grandes filmes de Scorsese, sobressaindo pela forma crua e violenta como retrata a solidão e a ansiedade no meio de uma movimentada cidade.

Clica aqui para veres o filme completo
 
 
 
Star Wars - Episode V, de Irvin Kershner (1980) 
 
Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back foi responsável por uma das falas mais inesquecíveis da história do Cinema. "I'm your father" desfaz o mistério e surpreende todos os fãs da saga, quando a personagem Luke Skywalker descobre que o seu maior inimigo é também o seu pai. Este foi o segundo filme da saga Star Wars a ser lançado e faz parte da trilogia inicial. Anos depois, começam a ser lançados os restantes filmes e Star Wars viria a tornar-se um conjunto de nove filmes, o último dos quais estreado em dezembro de 2019.
 
 
 
 
Shining, de Stanley Kubrick (1980) 
 
O filme de Kubrick permite a Jack Nicholson protagonizar aquela que será, possivelmente, a cena mais impactante da sua carreira. A adaptação cinematográfica do livro de Stephen King mostra-nos como é que Jack Torrance (interpretado por Nicholson) perde a cabeça e ataca a própria mulher com um machado - "Here's Johnny!".

Clica aqui para veres a cena do filme
 
 

Pulp Fiction, de Quentin Tarantino (1994) 

Se Cães Danados já tinha dado a conhecer o génio criativo de Tarantino, Pulp Fiction veio apenas confirmar aquilo que já todos sabiam. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes 1994, este thriller que se destaca pela modernidade e pela violência visual, está repleto de momentos icónicos. Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Harvey Keitel, Maria de Medeiros, Uma Thurman e John Travolta são alguns dos protagonistas. Os dois últimos foram, inclusivamente, responsáveis por uma das cenas mais iensquecíveis da História do cinema. Quem nunca dançou ao som de "You Never Can Tell" enquanto via o filme?

 
 
 
O Rei Leão, de Rob Minkoff e Roger Allers (1994) 
 
O momento em que Rafiki apresenta Simba a todo o reino, enquanto se ouve o tema "Ciclo sem Fim" fez de O Rei Leão um dos filmes mais recordados por miúdos e graúdos nos últimos 25 anos. Num filme de animação particularmente rico em cenas emocionantes, este é o momento mais emblemático da história. O filme acompanha o jovem leão Simba, que se sente culpado pela morte do seu pai, o rei Mufasa, e foge do seu Reino, sem saber que a morte foi planeada pelo seu tio Scar para tomar o poder. O sucesso deste clássico da Disney fez com que a história ganhasse um remake em 2019.
 
 
 

Titanic, de James Cameron (1997) 

A história de ficção inspirada no naufrágio real do RMS Titanic revelou-se um dos maiores sucessos de sempre da história do Cinema. Protagonizado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, o filme foi nomeado para 14 Óscares, tendo vencido 11 estatuetas, incluindo as de Melhor Filme e Melhor Realizador. Ao longo de aproximadamentr 180 minutos, os espectadores são levados numa viagem dramática e cheia de paixão. A cena em que Jack e Rose, agarrados, contemplam a vista a partir de uma das proas do navio, é possivelmente a mais icónica do filme - dominada ainda pela música "My Heart Will Go On".
 
Imagens: Direitos Reservados / Divulgação

“The Nothingness Club - Não Sou Nada” é o próximo filme de Edgar Pêra

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Foto: Direitos Reservados

É embebido numa realidade distópica em torno da mente de Fernando Pessoa que The Nothingness Club - Não Sou Nada chegará ao grande ecrã. A nova película de Edgar Pêra sucede a Caminhos Magnétykos, um dos maiores sucessos de crítica em 2018, num argumento assinado em parceria entre o realizador e Luísa Costa Gomes.

Fernando Pessoa continua a ser uma das maiores fontes de inspiração nacionais. Aquele que é considerado um dos maiores autores da cultura nacional, já teve várias obras adaptadas para cinema e televisão, através do olhar criativo de vários cineastas a partir dos seus poemas, mas já foi protagonista de outros tantos títulos que continuam a viajar pela personalidade complexa do vulto do modernismo português. 

 

O filme promete visitar a vida boémia de Fernando Pessoa no Orpheu, junto com os seus comparsas do mundo das Artes, ao mesmo tempo que nos apresenta um cenário dentro da cabeça do autor de A Mensagem, em que os seus heterónimos são seres de carne e osso e vivem subjugados às decisões do poeta numa fábrica dos anos 30. 

 

Pelo meio de tudo isto há espaço para um serial killer entrar em ação. “Para mim é uma super-produção de luxo, porque consegui meios financeiros que nunca tive, o que me permitiu um ano de preparação para o filme, com ensaios, preparação do cenário, testes”, revelou o cineasta em entrevista ao jornal Expresso onde adianta que este é o seu projeto mais ambicioso de sempre.


Miguel Borges empresta corpo ao poeta como um dos protagonistas desta produção que foi gravada em julho de 2020. Vitória Guerra assume a pele de Ophélia, a paixão platónica do autor de O Infante, enquanto Vítor Correia assume a identidade do epicurista Ricardo Reis. Miguel Nunes será o “mestre do ingénuo” Alberto Caeiro, e Albano Jerónimo é o fervoroso Álvaro de Campos. 

 

A produção é da responsabilidade de Rodrigo Areias, com a produtora Bando à Parte, num elenco que inclui ainda nomes como Paulo Pires, Marina Albuquerque, Paulo Calatré, António Durães, Miguel Moreira, Marco Paiva e David Almeida. O currículo vasto de Edgar Pêra inclui títulos como O Barão, de 2011 com Nuno Melo e Marina Albuquerque, e Virados do Avesso, comédia romântica lançada em 2015 com Diogo Morgado e Jorge Corrula como protagonistas.

The Nothingness Club - Não Sou Nada chegará em breve às salas de cinema mas não tem, para já, uma data de estreia oficial.

Rawson Marshall Thurber leva "Aviso Vermelho" aos cinemas e à Netflix

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Foto: Direitos Reservados

Aviso Vermelhoé o mais recente filme de Rawson Marshall Thurber e chegou às salas de cinema portuguesas no dia 4 de novembro. Protagonizado por Dwayne Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds, a longa-metragem que mistura ação e comédia vai também ficar disponível na Netflix a partir de sexta-feira, 12 de novembro. Trata-se do filme mais caro da história da plataforma de streaming, no entanto, Aviso Vermelho vai ficar com o record de maior orçamento por pouco tempo, uma vez que vai ser ultrapassado pela produção The Gray Man, a estrear no próximo ano. O Fantastic já assistiu ao filme e conta-te tudo neste artigo especial escrito por Miguel Frazão.

Quem diria que um ovo poderia fazer tanta gente feliz? Esta será uma das coisas que Aviso Vermelho vai levar o espectador a constatar. Na sinopse pode ler-se que "Quando a Interpol emite um Aviso Vermelho - o mandato mais sério que se pode emitir para caçar e capturar os mais procurados do mundo - John Hartley (Dwayne Johnson), o melhor analista do FBI, envolve-se no caso". A verdade é que a personagem interpretada por The Rock vai ter de se aliar a Nolan Booth ( Ryan Reynolds), o maior ladrão de arte, para procurar o "Bispo"(Gal Gadot), a ladra de arte mais procurada do mundo. Ao longo dos 115 minutos de filme vamos poder acompanhar a aventura que envolve os três protagonistas, onde pancadaria é a palavra de ordem.

Foto: Direitos Reservados
 
Com realização e argumento de Rawson Marshall Thurber, a longa metragem não só vai chegar aos cinemas a 4 de novembro, como irá ficar disponível na Netflix a partir de sexta-feira da semana seguinte. As gravações arrancaram em janeiro de 2020, contudo, a pandemia obrigou a uma pausa, pelo que a fase de rodagem só terminou em novembro do ano passado. Aviso Vermelho chega à plataforma de streaming com o record de produção com maior orçamento de sempre da distribuidora ao alcançar o valor de 200 milhões de dólares, o equivalente a 172 milhões de euros. Ainda assim, este record está a poucos meses de ser batido pela película The Gray Man, com previsão de estreia para 2022. 
 
Para além do trio de protagonistas, Ritu Arya, Max Calder, Melissa Kennmore e Tom Choi assumem um papel de destaque na longa-metragem. Um facto curioso prende-se com algumas coincidências que se verificam entre a personagem e o ator que a interpreta no filme. A figura de Dwayne Johnson, por exemplo, está bastante associada a películas de ação e crime, o que condiz com alguns  elementos que caracterizam a sua vida no mundo real. Apesar de trabalhar como ator, a sua formação é na área das ciências da criminologia e fisiologia. Contudo, segundo afirmou em entrevista ao The Sun, também já esteve do outro lado na medida em que a sua adolescência ficou marcada pelo envolvimento em crimes de roubo de pequenas joias, roupa e dinheiro.
 
Foto: Direitos Reservados
 
Se em Aviso Vermelho o "Bispo" (Gal Gadot) demonstra frequentemente a capacidade de se defender de tiros e de vários ataques com armas brancas, também no mundo real a atriz aprendeu várias técnicas de defesa pessoal depois de dois anos a cumprir o serviço obrigatório nas forças armadas israelitas. A carreira no cinema começou apenas em 2008, com a sua participação em Velocidade Furiosa 4. Apenas não começou mais cedo porque não foi selecionada no casting que fez para a personagem Camille Montes, do filme 007: Quantum of Solace. O papel acabou por ficar a cargo da ucraniana Olga Kurylenko. 
 
Por fim, Ryan Reynolds desempenha o papel do ladrão de arte mais procurado do mundo, ainda assim, na sua vida fora da ficção, é irmão de dois polícias. Para além dos sucessos que conseguiu em Deadpool e Free Guy, o ator assumiu que o seu maior fracasso foi o filme Lanterna Verde. Destaque ainda para o facto de ter sido nas gravações desse filme que conheceu a sua atual esposa - Blake Lively - com quem já teve três filhos.

Podes ver aqui o trailler de Aviso Vermelho, uma produção que promete muitas reviravoltas e onde a ação se cruza com a comédia.



“A Série” é a nova aposta da ficção da RTP2

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Três amigos e muito humor e a vida entre amigos com situações típicas de uma geração onde tudo é atípico. Três talentos que procuram o seu lugar num mercado bastante saturado são o mote de uma das novas apostas de ficção da grelha de programação da RTP2. A Série é o resultado do argumento da autoria de João Maria, Francisco Vistas e Jaime Baeta, três dos responsáveis pelo sucesso do YouTube, O Último Andar, de 2015. A estreia no canal acontece brevemente.

Ao Fantastic, Bruno Pinhal, um dos realizadores do projeto, revela um pouco mais sobre o argumento. A Série, acompanha a vida de três jovens amigos de vinte e poucos anos. João Maria, Chico e Jaime, que sonham com uma carreira de actores. Ao verem-se sem grandes perspectivas ou alternativas decidem tomar a iniciativa, de escrever e produzir a sua própria série de ficção”, explica Bruno Pinhal, da produtora que tem a chancela de produção da trama da RTP2.


Conquistar um lugar na representação na época em que Youtubers e Influencers assumem parte ativa no mercado, a utilização das tecnologias, e o vasto mundo das redes sociais são algumas das situações pelas quais os protagonistas da história vão passar e apesar do tom de comédia, nem sempre será fácil ultrapassar as dificuldades para se vingar no meio artístico. Vivem numa magnifica moradia em Cascais junto ao mar, propriedade dos pais de Chico, e procuram aproveitar a vida no máximo que a vida tem para dar. Vão Tropeçando e aprendendo, mas pelo caminho divertem-se muito. Partilham experiências e vivem os dramas da idade. No limiar entre a juventude e a vida adulta, os três têm que amadurecer, tomar decisões, e lidar com as consequências dos seus actos”, refere o produtor ao nosso site.


A comédia será fruto dos imprevistos que acontecem na vida de Francisco, Jaime e João Maria, enquanto formam os seu carácter e ultrapassam os mais variados obstáculos. O tom de humor e os alívios cómicos decorrem naturalmente dos acidentes encontrados neste percurso. Nesta fase da vida em que dispomos de muita energia, muita curiosidade, e muita vontade de viver tudo com grande intensidade. Todo este cocktail, acabará obviamente por provocar momentos que vistos de fora, são cómicos”, esclarece Bruno Pinhal em conversa com o Fantastic.


Nesta narrativa bem disposta, os três protagonistas vão tentar responder a uma série de questões, que em algum momento já passaram pela mente da maioria dos jovens do nosso país. Mostra-nos sobretudo uma juventude que luta por alcançar novas conquistas. Uma juventude inspirada e inspiradora que não se importa de correr riscos, para poder agarrar os seus sonhos. Agora que eles começam a conquistar um novo espaço, o que farão com essa liberdade, e com tão poucas certezas? Com tanto entusiasmo e com tão pouca experiência?”, tudo isto enquanto são arrancados da zona de conforto enquanto espelha o que há de dramático e enriquecedor na luta por um lugar na área, passando por tropeções que qualquer adulto em formação sente no início de carreira.


A produção dos 13 episódios de A Série conta com a chancela da MOJO em parceria com a Trevelling Filmes. Mafalda Rodrigues é a única mulher no núcleo de protagonistas deste elenco que conta com várias participações especiais, entre os nomes anunciados para esta primeira temporada estão Nuno Lopes, Beatriz Batarda, Afonso Lopes, Lúcia Moniz, Rui Unas, Dillaz, José Carlos Pereira, Miguel Cristovinho, Joana Cotrim, Vera Kolodzig, Inês Lopes Gonçalves, Ivo Canelas, Dalila Carmo, Bambino, António Raminhos, Sofia Nicholson, Catarina Furtado, Diogo Leite, João Pedro Mamede, Sandra José, Diva O’Branco, Carolina Torres, Beatriz Brás, FF, Ruben Madureira, Sissi Martins, Ruth Marlene, Sandra Santos, Lourenço Surya, Miguel Melo, Salvador Martinha e Elsa Valentim.

O projeto deverá ocupar o late night da RTP2 e conta com a realização de Nuno Dias, Bruno Pinhal, e Sérgio Henriques, de quem surgiu a ideia original do projeto e que assume, também, a produção de A Série. Fernando Santos é o responsável pela Direção de Fotografia do projeto de ficção do canal estatal.

COMING UP | Squid Game

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Squid Game é o mais recente fenómeno mundial, e com muito mérito. Além de um texto extraordinariamente bem escrito que dá dez a zero às mecânicas ocidentais traz uma abordagem sociológica que merece a nossa atenção. Não é um simples jogo, é uma metáfora do quanto somos movidos pela influência, pelo dinheiro, tudo isto com personagens bem desenvolvidos e uma ação imprópria para cardíacos que nos deixa constantemente de coração nas mãos. Vamos falar disto e de muito mais na edição desta semana do Coming Up, onde embarcamos na onda e te mostramos como é bom surfar no mais recente sucesso da Netflix. 

Logo de início temos que louvar o contributo que a Netflix tem trazido ao mundo audiovisual. Não, esta não é uma publicidade gratuita, é mesmo um aplauso pela coragem de arriscarem em projetos de várias partes do mundo e contribuírem cada vez mais para uma descentralização do consumo americano cheio de vícios e fórmulas que muitas das vezes se repetem. 

Aqui em Squid Game temos a prova de que quando a história é forte e bem desenvolvida o público vai atrás, o melhor marketing é a criatividade, e tal como aconteceu com La Casa de PapelCidade Invisível ou Alice in Borderland, Squid Gameé mais um exemplo de uma narrativa que nos agarra sem cair nos lugares comuns e que brinca com as nossas emoções de uma forma que não estamos habituados. 

É um transpor dos mangás mais negros e adultos, sem cair numa linguagem infantil, aliás bem pelo contrário, com personagens que não têm pena de sacrificar se isso significar que a trama vai sair beneficiada e enriquecida. 

E já que falamos de Alice in Borderland, podemos dizer que esta trama asiática é um dos percalços que Squid Game pode encontrar. Apesar da maioria do público estar a ter um primeiro contacto com Squid Game e só depois com Alice in Borderland, quem faz o percurso inverso já não parte numa total surpresa quando entra na história de Squid Game


As duas comungam de vários pontos comuns, sendo um deles a ousadia de em caso de necessidade matarem um personagem que é, supostamente, protagonista para manter o enredo vivo e nos dar a sensação que tudo pode acontecer. Esse treino prévio que o argumento de Alice in Borderland nos dá já não nos deixa com aquela sensação de surpresa total quando os primeiros jogos de Squid Game acabam com a vida de metade dos seus playersOu seja, à partida já não vamos ficar presos ao ecrã com a ideia de que Squid Game é um rasgo único de inspiração sem precedentes. 


Mas calma, porque apesar de esse ponto comum entre as duas séries, em Squid Game há uma mensagem sociológica muito mais vincada que acaba por a tornar mais adulta e para uma grande maioria do público até consegue ser melhor porque abre porta a discussões e teorias maiores. 


As primeiras questões que se levantam são: Até onde estaríamos dispostos a ir por dinheiro? A vida tem um preço? Serão aquelas pessoas tão danificadas ao ponto de não medirem as consequências dos seus atos? Depois passamos para uma segunda fase em que começamos a desconstruir as regras do jogo na esperança de encontrarmos soluções para que mais pessoas vivam, quase que num jogo de detetives. Mas, tal como em todas as boas séries, as respostas são, na sua larga maioria ao lado, o que diz muito sobre a criatividade dos autores e a ousadia que estão dispostos a colocar no seu argumento.



Enquanto nos debatemos com os problemas morais em torno dos players, a série dá-nos um banho de realidade e mostra-nos como a vida é crua, e como essa moralidade é colocada em cheque diariamente por uma humanidade onde companheirismo não é propriamente a melhor definição. 


Numa jogada um tanto ou quanto surpreendente, a trama retira os jogadores da ilha e envia-os de volta ao mundo normal. A partir daqui começa o inferno, tal como o nome do episódio indica, mas é, também, a melhor forma de tirarmos ilações. Aplica-se o velho ditado de “perdido por cem, perdido por mil”, entre não fazerem nada e continuarem a penar por reconquistarem uma posição na sociedade ou entrarem num jogo que pode realmente dar-lhes algo, a escolha para estes protagonistas é óbvia. Não que seja totalmente justificável, mas acaba por ser uma imposição da sociedade, que os força a libertarem os seus piores instintos. 


É claro que aqui as consequências dessa pressão social são drásticas, mas há aqui um paralelismo interessante que mostra que o sermos tóxicos uns com outros pode desencadear uma série de eventos dramáticos, em menor escala, é certo, mas igualmente graves. No fundo, Squid Game é uma história que no meio de uma ação grotesca nos tenta ensinar que o respeito é um principio básico para conseguirmos vencer, e para nos melhorarmos e superarmos dia após dia. 


Mas, regressando ao universo do jogo. O comeback liberta-os de dúvidas, e deixa de parte a perspetiva de que eles não são culpados por estarem naquela posição. Por mais que tenham, em alguns casos, motivos válidos para se arriscarem, o certo é que cada um deles se colocou naquela posição e por isso, apesar de até este ponto os protagonistas já terem um banho de humanidade e camadas que nos fazem importar-nos com o que lhes possa acontecer, não há espaço para sentirmos pena. Estão lá porque escolheram estar, sabiam ao que iam. É óbvio que ninguém que assista à série consegue manter esse pensamento frio, e que mesmo sabendo o quão errado é tudo o que se está a passar continuamos a torcer pelo sucesso de alguns. 


Contudo, voltando à parte inicial do nosso Coming Up, neste ponto da história temos a certeza de que em algum momento vamos assistir a uma versão do Jogo do Lobo de Alice In Borderland, e que metade ou perto disso, dos personagens que nos são “queridos” vão tornar-se casualidades desta história. E é precisamente isso que acontece com o jogo do berlinde. Não foi uma total surpresa, mas continuou a deixar-nos de coração nas mãos, enquanto obrigou todos a entenderem que estão num jogo e da mesma forma que encararam todos os outros que estavam à sua volta como oportunidades de ganharem dinheiro, as suas pessoas mais próximas são igualmente dinheiro em carne. 


Ou seja, por mais cru e dramático que seja, é o final poético de um ciclo que faz os personagens evoluírem e despirem-se da pouca humanidade que lhes resta até este ponto. A partir dali sim, tudo é, de facto possível. É a lei da sobrevivência, matar ou morrer. 



O facto de termos figuras tão diferentes como players é crucial para a leitura sociológica que a série nos quer apresentar. É como se dentro daquela situação limite se criasse uma sociedade de sobreviventes, onde todos têm o seu papel, a sua função. Mas como em qualquer sociedade, onde há a possibilidade de conquistarem ganhos, surgem cartas de influencia, corrupção, grupos organizados que tentam engolir os mais fracos, pessoas que coagem quem não os encara com o poder autoproclamado. 


E essa leitura é extraordinariamente interessante, por ser um espelho em menor escala daquilo a que assistimos diariamente nos noticiários e que é transversal a qualquer parte do mundo, a diferença aqui é que existem consequências imediatas, enquanto no mundo real, tudo demora algum tempo até revelar os seus efeitos. 


O arco que aborda a corrupção do sistema é, talvez, aquele que tem maior enredo novelístico, mas apesar disso, faz total sentido na abordagem filosófica que Squid Game nos traz. Ao mesmo tempo que nos dá a certeza de que toda aquela fortaleza é falível, e que há pontos que bem explorados podem deitar tudo a baixo como um castelo de cartas. Talvez nas entrelinhas existissem mais opções do que a morte, e talvez as próprias regras estejam a dizer isso aos seus jogadores. Afinal de contas, e tal como o final explica bem, tudo isto é sobre tornar a sociedade mais próxima. 


Há uma equação que não foi resolvida a tempo, como se os instintos tivessem falado mais alto que a lógica, mas que abrem caminho para se saber muito mais sobre a organização. Até porque não podemos esquecer, que tivemos uma série de convidados VIPs a aparecerem perto nos últimos capítulos, que são o gancho perfeito para uma segunda temporada.


Tal como acontece em produções como Hunger Games ou Death Race, por mais justos que pareçam os jogos, há sempre um grupo de influentes por detrás de tudo. Como se dentro de cada microcosmos existisse uma força quase Iluminati que se tornam regentes de qualquer sociedade. Aqui existe isso, como uma justificação para a quantidade de dinheiro envolvido, mas também para revelar que nem tudo limpo quanto querem fazer-nos acreditar. 


É um caminho para dar uma continuação que, quase de certeza, acabará por ser confirmada, mas que nos deixa com bastante medo. Se há algo de bom em projetos como Squid Game é o facto de não existir nenhum compromisso para produzir o que quer que seja em massa. O que dá um maior sentido e verdade ao que vemos. 


Se soubessem de antemão que a série ia ter todo este sucesso, certamente algumas das vitimas desta primeira temporada não teriam um fim tão precoce. E podemos até correr o risco de enfrentar a velha solução hollywoodiana de ressuscitar personagem que estão mortos e que já tiveram o seu auge dentro da trama apenas para servirem um propósito comercial e agradarem ao público mainstream


Medos à parte, a possibilidade de ver algo mais do universo que constrói aqueles jogos e de entender melhor cada detalhe daquela organização é algo que nos cativa e nos deixa empolgados. 


Enquanto nos debatemos com o medo de que estraguem algo que é muito bom, aproveitemos o embalo e vamos aventurar-nos em conteúdos diferentes, em ouvir vozes diferentes, e aproveitar para nos deixarmos surpreender por projetos sem nomes sonantes mas onde a criatividade às vezes é tão gigante quanto o número de seguidores dos atores famosos nas redes sociais. No final, o bom da história é precisamente isso, a história. 

"Joyeux Anniversaire" estará em cena na Casa do Capitão de 9 a 20 de novembro

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Foto: Tuna - Teatro Meia Volta

Joyeux Anniversaireé a nova peça do Teatro Meia Volta, que assinala o aniversário da estrutura e marca a estreia de André Tecedeiro no texto para teatro. O espetáculo estará em cena na Casa do Capitão entre 9 e 20 de novembro, com apresentações diárias sempre pelas 19h30. O texto da peça será publicado em livro e lançado no dia 9 de novembro, pelas 21h00.

"O público é convidado para esta festa, mas talvez se sinta por vezes um intruso naqueles universos tão íntimos, naquela proximidade com os atores. Ou talvez possa sentir que é aquela melancolia, são aqueles fantasmas que o invadem e fazem uma festa dentro de si", é assim que André Tecedeiro descreve este novo projeto.

No ano em que o Teatro Meia Volta celebra 15 anos, esta é a nova aposta da estrutura e desenvolve-se ao longo de cinco monólogos, um por cada artista associado da estrutura, ocupando diferentes salas do espaço localizado no Hub Criativo do Beato. São cinco salas, cinco cores, cinco universos emocionais e cinco textos. É desta base que parte Joyeux Anniversaire, espetáculo-celebração fruto de uma encomenda especial ao escritor e artista plástico.
 
"O texto parte de encontros e conversas individuais onde o poeta pretendeu explorar os desejos, medos, gostos, preocupações, urgências e limites de cada um dos atores. Nele, cinco personagens refletem sobre os seus percursos de vida, em discursos profundamente íntimos e melancólicos, nos quais se fala sobre a passagem do tempo, as ausências, as solidões, mas também sobre conquistas e decisões para o futuro", explica o Teatro Meia Volta.

"Partindo das histórias específicas de cada um dos intervenientes, Joyeux Anniversaire aponta à universalidade na procura dos lugares comuns que surgem nos momentos de introspecção e auto-análise tão umbilicais a qualquer aniversário", adianta ainda a estrutura.
 
Foto: Tuna - Teatro Meia Volta
Com criação e interpretação de Alfredo Martins, Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas, Luís Godinho e Sara Duarte, o texto é de André Tecedeiro, a cenografia de Carla Martinez, a assistência de cenografia de Isabelle Ivone Dekien, os figurinos de Ainhoa Vidal e a iluminação é da responsabilidade de Daniel Worm D’Assumpção, com assistência de iluminação de Pedro Nabais.

Pedro Gonçalvez é responsável pelo som, a frente de casa e direção de cena cabe a Maria Corrêa, com o design de publicação entregue a Luís Cepa. Esta produção do Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser conta com o apoio do Governo de Portugal – Ministério da Cultura e da Direcção-Geral das Artes, com o Programa Garantir Cultura
 
Os bilhetes têm um custo de 7€ e devem ser reservados através do número 961 632 366.

RTP já divulgou os compositores do "Festival da Canção 2022"

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Foto: Direitos Reservados
A RTP divulgou, na passada quinta-feira, dia 4 de novembro, os nomes dos compositores das canções que irão estar em competição no certame da seletiva nacional portuguesa a acontecer no primeiro trimestre de 2022. Dos 20 autores que concorrem ao Festival da Canção 2022, dezasseis foram convidados pela RTP enquanto os restantes quatro foram escolhidos por livre submissão aberta ao público.

Pelo canal televisivo foram convidados Áurea, Agir, Blacci ,Cubita, DJ Marfox, Fábia Rebordão, Fado Bicha, FF, Joana Espadinha, Kumpania Algazarra, Maro, Norton, Os Azeitonas, PZ , Syro e Valas. Já Pedro Marques, Pepperoni Passion, The Mister Driver e Tiago Nogueira (Os quatro e meia) foram os 4 eleitos no concurso de de livre submissão do público, no qual foram recebidas mais de 600 canções.

Os intérpretes para as 20 canções ainda não são conhecidos, mas posteriormente serão distribuídos por 2 semifinais, cujas datas serão anunciadas em breve pela RTP. De cada semifinal serão apurados 5 temas que irão atuar numa Grande Final. Como habitualmente, a decisão da canção vencedora será tomada através da metodologia de votação 50/50, com metade da responsabilidade a pertencer ao júri nacional e a outra ao público.

O vencedor do certame irá levantar as cores da bandeira nacional na competição internacional a realizar-se na cidade italiana de Turim, em maio próximo, com a RTP a prometer "divulgar mais detalhes da próxima edição do Festival da Canção brevemente".

Lúcia Moniz vence prémio de Melhor Atriz no Raindance Film Festival

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Foto: Direitos Reservados

A atriz portuguesa foi distinguida no Raindance Film Festival, em Londres, pelo seu papel em Listen, o muito premiado filme de Ana Rocha de Sousa que arrecada, assim, mais uma distinção a nível internacional. Segundo a organização, Lúcia Moniz venceu o prémio devido ao seu "poderoso retrato" de uma mãe que enfrenta os serviços sociais britânicos pela tutela dos filhos.

O festival de cinema independente revelou os premiados da sua 29.ª edição na passada sexta-feira, dia 5 de novembro. Para além de Lúcia Moniz, também a portuguesa Ana Moreira estava em competição na categoria de "Melhor Performance", pelo seu papel em Sombra, de Bruno Gascon. O terceiro nomeado na categoria era Michael Caine, o veterano ator que já recebeu dois Óscares e que nesta premiação concorria por Bestsellers, de Lina Roessler.

Listen estava também nomeado na categoria de Melhor Filme Britânico (uma categoria ganha por The Drowning of Arthur Braxton) e tem vindo a acumular vários prémios desde que venceu em várias categorias no Festival de Cinema de Veneza, entre as quais o Leão do Futuro, para uma primeira obra, e o prémio especial do júri da competição "Horizontes". Em setembro, Listen conquistou também cinco prémios Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema.

Esta é a primeira longa-metragem de ficção de Ana Rocha de Sousa, sendo um drama familiar inspirado em factos reais, sobre uma família de emigrantes portugueses em Londres a quem é retirada a guarda dos filhos por suspeitas de maus-tratos. 

A narrativa acompanha os esforços da família em provar que as suspeitas são infundadas, perante o sistema social e judicial britânicos. Com coprodução luso-britânica, o filme foi rodado nos arredores de Londres com elenco português e inglês, encabeçado por Lúcia Moniz, Ruben Garcia e Sophia Myles.




 

"Blood on the Streets": Mariana Monteiro e Joana Metrass juntas em filme internacional

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Foto: Direitos Reservados

As atrizes Mariana Monteiro e Joana Metrass são dois dos nomes confirmados no filme Blood on the Streets, um thriller policial romântico sobre um detetive misterioso, uma bela mulher e uma família criminosa que vive no Porto, em Portugal. A película é escrita e realizada por Joseph D. Peters, natural de Montebello na California.

Segundo a página oficial do realizador, Blood on the Streets acompanha a história de um misterioso detetive chamado Curtis Raven que se apaixona por Sylvia Buñuel, uma bela mulher com um passado secreto. Sylvia está à procura do seu irmão desaparecido, David. 

É então que decide contratar Curtis para encontrá-lo, mas acabam por se deparar com uma família de criminosos implacável. Franco Scala é o chefe da família e destruirá qualquer um que se cruzar com ele. Franco foge da prisão, mas comete o erro fatal de se envolver num triângulo amoroso que rapidamente dá origem a uma teia de confusões e assassinatos. 

Franco é forçado a esconder-se num armazém abandonado com um refém a reboque. Cinco anos antes, o homem havia deixado Curtis para morrer num beco escuro, mas o plano não resultou. Agora, Curtis volta para se vingar, numa luta até a morte.

Para além das duas atrizes portuguesas - Joana Metrass será Maria Scala e Mariana Monteiro interpreta Lola Montera - o elenco conta ainda com Mario Casas (no papel de Curtis Raven), Alejandra Meco (Sylvia Buñuel), Rodrigo Aragon (Franco Scala), Ray Liotta (Lou Cordova), Jorge Boothe (Leon Rosco), Danny Pardo (Nanny Penzoli) e Ray A. Torres (David Buñuel).

"A Consoada": TVI prepara telefilme de Natal

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Foto: Direitos Reservados
A par da estreia de Para Sempre, marcada para esta segunda-feira, dia 8 de novembro, e da produção da próxima novela, Quero É Viver, o Fantastic sabe que a TVI está ainda a preparar um telefilme de Natal, A Consoada, cujas gravações já estão a decorrer. A produção natalícia chegará aos ecrãs do canal no final de dezembro.

Da autoria de Francisco Antunez, a história de A Consoada tem início quando um avião, com destino a Portugal, é desviado para um aeroporto mais pequeno devido a um grande nevão. Tendo em conta estas circunstâncias, os passageiros do avião ver-se-ão obrigados a passar a noite de consoada nesse local.

Segundo o que o Fantastic conseguiu apurar, Teresa Tavares, Kelly Bailey, Rodrigo Tomás, Mikaela Lupu, Fernando Pires, Luís Gaspar, Rafael Pinto, Rodrigo Costa e Duda Costa são os atores que compõem o elenco desta aposta do canal.

A personagem de Teresa Tavares será mãe de três crianças, interpretadas por Rodrigo Costa, Duda Costa e Rafael Pinto. Mikaela Lupu e Fernando Pires formarão um par romântico, enquanto Kelly Bailey irá interpretar uma influencer que vai fazendo a cobertura de tudo o que se está a passar e que irá demonstrar algum interesse pela personagem de Rodrigo Tomás. Luís Gaspar irá vestir a pele de um segurança do aeroporto. 
 

Fantastic Entrevista - Ana Bustorff: "É nos palcos que nos preparamos para representar em qualquer registo"

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Foto: Elite Lisbon

Ana Bustorff é uma das mais consagradas atrizes da nossa praça, contando com uma longa e sólida carreia no cinema, no teatro e na televisão, tendo integrado o elenco de inúmeras produções que marcaram o público e que, ainda hoje, são recordadas. Premiada com um Prémio Sophia e dois Globos de Ouro, a atriz considera os palcos do teatro a verdadeira escola para se conseguir chegar a qualquer outro registo na área da representação. Numa altura em que regressa à televisão em Para Sempre e em que a podemos ver no grande ecrã em Sombra, o Fantastic esteve à conversa com Ana Bustorff sobre o seu percurso.

Conhecemos a Ana enquanto profissional mas, para começar esta entrevista, gostaríamos de saber como se define enquanto pessoa. Quem é a Ana, que sonhos tem e o que gosta de fazer?
Eu sou a Ana que já cá anda há muito tempo nestas andanças. Os meus sonhos passam por continuar a conseguir trabalhar nos projetos de que gosto, com as pessoas de que também, gosto. Para além disso, tenho outros sonhos, mais simples, como conseguir ter uma casinha no campo com uma "hortazinha".

Foto: Direitos Reservados

Estamos habituados a vê-la no pequeno ecrã, como por exemplo em A Minha Família é Uma Animação, que estreou há precisamente 20 anos em Portugal. Tendo tido um enorme sucesso junto do público jovem, como recorda este projeto tão diferente daquilo que se costumava fazer em Portugal?
Realmente A Minha Família é Uma Animação foi uma série que teve um impacto enorme em Portugal. Tratou-se de um projeto fantástico para nós, como atores, mas é caso para dizer que estávamos mesmo a representar "para o boneco". Foi uma série bem moderna, sobretudo na altura! Teve imenso sucesso e a equipa do projeto foi incrível. 

A Minha Sogra é Uma Bruxa ou Um Lugar Para Viver são outras duas séries marcantes na sua carreira, neste caso num registo de comédia - a primeira, uma sitcom repleta de situações non sense e a segunda uma comédia familiar com muito humor negro à mistura. A comédia é um registo que lhe agrada em particular? Acha que fazem falta mais formatos do género na televisão portuguesa atualmente?
São duas séries marcantes num registo de comédia, que eu adorei fazer. Agora, quando me perguntam se devia haver mais formatos do género… Bem, eu acho que sim, mas apesar de tudo, vão-se tentando fazer séries de comédia muito interessantes na televisão portuguesa. Devagarinho vamos lá!

O ano passado integrou o elenco de Golpe de Sorte, na SIC. Deu vida à Madre Rosário. Como foi encarar este desafio, numa série diária que marcou, também, a diferença a nível técnico e narrativo?
Foi uma madre absolutamente fora dos cânones religiosos e que me marcou imenso, mais que não seja pelo facto de ter sido um desafio diferente. Foi uma série diária que também teve imenso êxito e compreende-se o motivo desse mesmo sucesso. Em primeiro lugar, porque tinha atores absolutamente incríveis e depois porque a história era realmente muito forte. Portanto, foi um prazer e uma honra.

Foto: Direitos Reservados

O seu último projeto em televisão foi a novela Quer O Destino, na TVI, onde deu vida à governanta dos Santa Cruz. Como foi o processo de construção da "Elvira de Jesus"?
O processo de construção da minha Elvira de Jesus foi muito prazeroso, porque tivemos vários ensaios, todos em conjunto, nos quais estava o elenco todo reunido com os diretores de atores e o realizador. Por isso mesmo, ficou tudo muito bem estruturado logo à partida. Foi possível definir muito bem o que se pretendia e o objetivo de cada personagem na novela. A minha Elvira foi um presente, foi especialmente interessante por permitir jogar com os dois registos (tinha várias facetas). Quanto à preparação, faz-se trabalhando e falando sobre as coisas. No fundo, descobrindo novas características no dia a dia. Tive ainda a oportunidade de contracenar com pessoas que não conhecia e com outras com quem já me haveria cruzado. Foi ótimo.

Para além de ter tido um percurso ascendente nas audiências, a novela foi muito acarinhada pelo público e foi também um projeto especial para o elenco, percebendo-se o bom ambiente que viveram nas gravações. O que é que retira de melhor, a nível pessoal, de Quer o Destino? 
Em termos das audiências sei que a novela Quer o Destino foi realmente muito especial. Em termos pessoais também, porque eu acredito que o entendimento, a diversão, a boa companhia e o acreditar num projeto é meio caminho andado para que as coisas corram muito bem.

Um dos grandes desafios deste projeto foi o facto de interromperem as gravações e retomarem com todas as medidas de segurança devido à COVID-19. Como foi trabalhar desta forma inédita?
Sim, realmente foi um desafio, pois estivemos parados cerca de um mês, o que de qualquer forma nos fez sentir com muitas saudades uns dos outros. Possivelmente deu para nos percebermos melhor, para perceber o que é que se estava a passar à nossa volta. E depois o regresso ao trabalho foi muito prazeroso, com todas as medidas de segurança, claro.

No cinema, conta com uma longa carreira, com quase 40 filmes no currículo. Como vê a evolução do meio cinematográfico no nosso país? Acha que o público tem vindo a valorizar o que se faz em Portugal?
Eu acho que, apesar de tudo, se tem vindo a produzir cada vez  mais e melhor cinema português. Acho também que o público começa a valorizar mais os filmes portugueses…. Além de que eu considero que temos cinema de excelente qualidade no nosso país, com atores incríveis e realizadores fantásticos.

Foto: Luís Sustelo

Depois de Surdina, A Herdade e Ordem Moral, em 2021, regressou em outubro ao grande ecrã, no filme Sombra, de Bruno Gascon. O que é que esta produção tem de especial?
É um filme muito forte, apesar de ser uma história que já faz parte da vida de muitas mães: o desaparecimento e a procura constante desses mesmos filhos. Considero que este filme tem esta ação social também muito importante, para além de ter interpretações absolutamente deslumbrantes, na minha opinião. E não me refiro à minha, como é óbvio.

A Ana conta com vários prémios e nomeações na sua carreira, nomeadamente dois Globos de Ouro como Melhor Atriz em Cinema, uma nomeação para Melhor Atriz de Teatro e o Prémio Sophia de Melhor Atriz Secundária pelo papel no filme Ruth. Para si, em que medida estas distinções são importantes?
Eu sei que é um lugar comum dizer isto, mas considero que os prémios e as nomeações dão-nos um alento realmente muito grande. A mim não me faz sentir que sou especial em relação aos outros mas, apesar de tudo, sinto que o meu trabalho tocou alguém e que fui premiada, por isso é óbvio que isso me ajuda a continuar e a dar força para para que se continue. Apesar de esta profissão ser difícil para todos.

Fotografia: Daniel Pina

Em 2020 protagonizou  Gostava de Estar Viva para Vê-los Sofrer, uma peça de teatro que levou a cena já depois do início da pandemia. Quão desafiante foi preparar e apresentar este espetáculo?
Essa peça de teatro que foi levada a cena depois da pandemia foi um desafio muito grande, até porque é um monólogo. Foi importantíssimo o trabalho do encenador Inácio Garcia e restante equipa para a construção desta minha personagem.

Considera que o palco é o local privilegiado na formação e carreira de um ator?
Para mim é sempre muito importante voltar aos palcos, porque é aí que se aprende tudo e é aí que nos preparamos para conseguir alcançar e representar em qualquer outro registo. Eu acho que o palco é muito importante, não só para termos ideia do que é um corpo que se move, mas também para nos mantermos frescos e disponíveis…

Quais é que são as suas maiores influências?
Não sei, eu tenho muitas influências, não gosto de citar ninguém... Mas digamos que as minhas maiores influências foram as pessoas que me trouxeram coisas únicas e com as quais eu aprendi imenso. Consegui isso estando muito atenta para poder crescer nesta minha profissão.

Foto: Direitos Reservados

Recentemente, foi capa da Revista Cristina, juntamente com a atriz Inês Herédia, onde pousou nua com o objetivo de quebrar preconceitos e de mostrar como a nudez pode significar arte e beleza e não apenas erotismo. Considera que esta foi produção importante para lançar a discussão sobre este tema? Porque é que decidiu aceitar este convite?
Ora bem, para mim fazer a Revista Cristina surgiu como um desafio natural em que o objetivo era mostrar não existir problema em exibir a nudez e em mostrar que eu, enquanto uma atriz que trabalha com o corpo, posso perfeitamente posar nua. Até porque uma atriz deve utilizar o corpo e a nudez sempre que necessário, e sempre que eu achei que fazia sentido ela foi usada. Pareceu-me também importante este convite de uma forma simples, natural e sem preconceitos… Foi possível mostrarmo-nos exatamente como somos, independentemente da idade ou da nossa forma física.

Enquanto atriz, o que é que ainda gostava de fazer?
Enquanto atriz, o que eu gostaria de continuar a fazer era trabalhar cada vez mais com desafios que me tragam imenso alento. Não terá que ser necessariamente uma grande personagem, até porque as grandes personagens se podem fazer em contextos que à partida não parecem ser muito interessantes…. Somos nós - em conjunto com outras pessoas, como um encenador, um realizador ou um diretor de atores - que vamos construindo os personagens em si e, nesse sentido, falta-me fazer muita coisa, querendo eu estar disponível para isso.

Fantastic Entrevista - Ana Bustorff
Por José Miguel Costa
novembro de 2021


“O Som Que Desce Na Terra” estreia a 11 de novembro nos cinemas

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Foto: Direitos Reservados

O Som Que Desce Na Terraé o filme que traz de volta Sérgio Graciano aos cinemas portugueses. Depois de ter sido adiado mais de um ano, devido à pandemia, a mais recente história do realizador ganha agora uma nova data de estreia oficial. Será a 11 de novembro de 2021 que os portugueses poderão assistir à película, cuja narrativa se passa entreAngola e Portugal, nos anos de 1970.
 
Gabriela Barros dá vida a Maria da Luz, a figura central de O Som Que Desce Na Terra, uma mulher que aguarda notícias do marido, enquanto este defende a bandeira portuguesa na guerra do Ultramar. Depois de muito tempo sem novidades, e no meio da solidão e angústia por não saber em que condições se encontra o seu amor, Maria da Luz toma uma decisão que promete mudar a sua vida. 
 
No meio de uma Angola que está envolvida na guerra, esta mulher decide gravar mensagens de apoio de mães para filhos e esposas para maridos, servindo de conforto ao sofrimento provocado pelos danos colaterais da guerra.  Na história, que não será,  Maria da Luz avança nesta demanda com dois objetivos muito vincados. 
 
O primeiro será reencontrar o seu esposo, enquanto o segundo será a missão de acalmar a dor de todos aqueles a quem a guerra levou alguém. A jornada trará testemunhos que vão revolucionar a vida da mulher até que cumpre um dos seus objetivos: voltar a encontrar o seu marido. Porém, a realidade nem sempre é exatamente como esperamos e o ex-combatente não será a mesma pessoa de quem se despediu antes.

Com produção da Caos Calmo Filmes e distribuição da Coyote Vadio, o argumento conta com a assinatura de Filipa Poppe e Joana Andrade. Para além de Gabriela Barros, o elenco conta ainda com José Condessa, Joaquim Horta, Lourenço Conde, Margarida Marinho, Guilherme Oliveira, Rita Tristão, Samuel Alves, João Jesus, Vicente Wallenstein, Joana Seixas, José Raposo, Tiago Retré, Catarina Couto, Gonçalo Carvalho, Isaac Alfaiate, Rui Melo, João Vicente e Miguel Costa, entre outros.


"Maluda": Telefilme baseado na vida da pintora portuguesa estreia dia 15 de novembro na RTP2

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Foto: Assunção Castelo Branco

A RTP2 estreia no próximo dia 15 de novembro, às 22h00, um telefilme inspirado na vida da pintora portuguesa Maluda, no dia em que a artista celebraria 87 anos. Depois da aposta em O Ego de Egas no final de 2020, a estação pública volta a exibir num filme biográfico, desta vez protagonizado por Margarida Moreira. A realização fica a cargo de Jorge Paixão da Costa e a produção de Anica Chaves.

A nova aposta da estação pública vai retratar a vida da pintora portuguesa, de nome verdadeiro Maria de Lurdes Ribeiro e que nasceu a 15 de novembro de 1934, em Goa, tendo falecido a 10 de fevereiro em 1999, em Lisboa. Maluma viveu desde muito nova em Lourenço Marques (atual Maputo) e, em 1963, foi para Paris, onde trabalhou na Académie Grande Chaumiére com o pintor Jean Augame. 
 
Maluda chegou à cinzenta Lisboa e causou furor com a sua pintura geométrica e os seus retratos. O talento único chamou a atenção das principais famílias do país, que a colocou junto dos centros de decisão. Apaixonou-se por uma atriz 10 anos mais jovem, mas manteve a relação em segredo durante a ditadura, sob pena de perder certos privilégios e o acesso a certos meios. Porém, o 25 de Abril não lhe trouxe liberdade, condenando o amor à manutenção das aparências.
 
A rutura amorosa, profundamente dolorosa, levou-a ao Brasil onde encontrou alguns dos seus principais
clientes fugidos ao PREC. Como paliativo para o sofrimento amoroso, começou a trabalhar com empresas e a ganhar muito dinheiro. Foi neste contexto que aceitou o desafio dos CTT de criar alguns dos selos da coleção de filatelia da empresa. Ainda assim, a vida burguesa, os reposteiros e os móveis de antiquário com que engalanou a sua casa, não lhe permitem esquecer o amor preterido até ao final da vida. 

A ação do telefilme passa-se na década de 70 e nos finais dos anos 80, tendo a sua casa em Lisboa como ponto central. Maluda desenvolve-se em torno de uma entrevista concedida a uma jornalista, onde a pintora discorre sobre a sua vida e obra, levando-nos a conhecer várias situações passadas, ilustrando assim melhor a sua personalidade.  O pretexto para esta conversa são os selos que desenhou para os CTT e que acabariam por conquistar o Prémio Mundial para o Melhor Selo (1987 e 1989).

Para além de Margarida Moreira, no papel de Maluda, fazem ainda parte do elenco Ana Zanatti, Dinarte Branco, Valerie Braddell, Mariana Norton, Pedro Pernas, Filipa Louceiro, Filipe Crawford, Miguel Monteiro, Carlota Crespo e Eduardo Breda.

"Dexter: New Blood" estreia esta segunda-feira na HBO Portugal

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Foto: Direitos Reservados

Dexter, um dos serial killers mais famosos do mundo das séries, está de volta para uma temporada especial intitulada Dexter: New Blood. Nestes novos episódios,  Michael C. Hall volta a assumir o protagonismo, juntando-se a Jennifer Carpenter, que volta a interpretar Deb, a irmã de Dexter. Esta série especial composta por 10 episódios de uma hora estreia hoje, dia 8 de novembro na HBO Portugal, quinze anos depois da estreia da primeira temporada original.

Passados 10 anos depois de Dexter desaparecer no olho do furacão Laura, esta série especial mostra-o a viver com um nome falso, na pequena cidade fictícia de Iron Lake, em Nova Iorque. Dexter pode estar a abraçar a sua nova vida, mas na sequência de eventos inesperados nesta comunidade unida, o seu Passageiro das Trevas regressa inevitavelmente.

Harrison (Jack Alcott) é o filho adolescente de Dexter, que misteriosamente reaparece na vida do pai após 10 anos de separação. O elenco inclui ainda Julia Jones, Alano Miller, Johnny Sequoyah e Clancy Brown, numa temporada que conta ainda com o showrunner da série original, Clyde Phillips.

A série original de Dexter conta com oito temporadas, tendo estreado no outono de 2006 e foi protagonizada por Michael C. Hall como Dexter Morgan, um complicado e conflituoso especialista em salpicos de sangue do departamento de polícia de Miami que à noite era um serial killer. Esta tornou-se uma das séries mais aclamadas da televisão, ganhando vários Emmys de melhor série de drama de televisão, bem como um prestigioso prémio Peabody em 2008, e foi duas vezes eleita uma das 10 melhores séries de televisão do AFI - American Film Institute.

Produzida pela Showtime, Dexter: New Blood conta com produção executiva de Clyde Phillips, Michael C. Hall, Scott Reynolds, Marcos Siega, Bill Carraro, John Goldwyn e Sara Colleton. A série é distribuída internacionalmente pelo ViacomCBS Global Distribution Group.


“Nobody”: Filme de Marcela Jacobina é uma das próximas apostas da Promenade

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Foto: Direitos Reservados

A Promenade, produtora que fez nascer a longa-metragem Leviano ou a série A Casa do Cais, promete trazer várias novidades para o próximo ano. Na sua terceira produção audiovisual, Marcela Jacobina estreia-se na realização e acumula funções de argumentista e protagonista de Nobody, a curta-metragem que terá o mundo digital como foco principal da história.

O mistério sobre as figuras que se escondem por detrás de um teclado no vasto universo do onlineé a premissa principal de Nobody, onde uma jovem rapariga se apresenta como uma rapariga dócil e sexy nas suas redes sociais. 

O avatar colorido inspirado pelas famosas bonecas anime, que se trouxeram a técnica de animação japonesa para o imaginário de todos nós, serve de carapaça a uma jovem cheia de medos do mundo para lá dos ecrãs. Fechada em casa, no seu apartamento, a mulher que assume o username Nobody não tem nenhuma ligação de afeto no “mundo real” e procura viver experiências verdadeiras num universo onde nada é cem por cento real.

O elenco, apesar de curto, reúne vários nomes de destaque, com Marcela Jacobina a regressar ao papel de atriz depois da curta-metragem Moço. Nesta produção volta a cruzar caminho com Carloto Cotta, que também esteve envolvido em Moço, e que, por sua vez, reencontra neste casting Margarida Moreira, repetindo a dupla de sucesso do filme Diamantino. Lucas Elliot Eberl fecha o quarteto principal da narrativa e soma mais um projeto nacional ao seu currículo. O ator que integrou o elenco de Daredevil, da Netflix, foi ainda responsável pelos filmes You Above All e We Won’t Forget, em parceria com o português Edgar Morais.


"Hamlet", de William Shakespeare, estreia sábado à noite na RTP2

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Foto: © Ricardo Rodrigues

Escrito entre 1599 e 1601, Hamleté uma das mais célebres peças de William Shakespeare. Na tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen, com dramaturgia de Miguel Graça e encenação de Carlos Avilez, o Teatro Mirita Casimiro, no Estoril, recebeu neste ano de 2021 uma versão renovada, protagonizada por José Condessa, Maria João Pinho, Miguel Amorim, Bárbara Branco e Elmano Sancho, entre outros. A peça estreia agora em televisão, no próximo sábado, dia 13 de novembro, às 22h00, na RTP2.

"Hamlet é uma das mais icónicas personagens da literatura é, à primeira vista, uma tragédia de vingança que se inicia quando o Príncipe da Dinamarca descobre que o pai foi assassinado pelo tio, Cláudio, usurpador do trono e agora casado com Gertrudes, mãe de Hamlet", revela-nos a sinopse do espetáculo.

"Mas há algo de muito mais profundo neste texto que fala sobre a natureza humana e, sobretudo, sobre a vida e a morte, em duelos verbais que Hamlet mantém com as outras personagens ou em auto-reflexões sobre ele próprio, ou melhor, sobre nós, porque mesmo a mais de 400 anos de distância a alma humana, tal como a grandeza da peça, não se alterou", continua.

A peça estreou no Teatro Mirita Casimiro, no Estoril, em abril deste ano e, nessa altura, o Fantastic falou com alguns dos atores que compõem o elenco. É o caso de Teresa Côrte-Real, que tem trabalhado ao longo de vários anos com o encenador Carlos Avilez. Sobre Hamlet, a atriz que interpreta Cornélio mostrou-se entusiasmada com este novo projeto, onde assumiu ser  "um prazer imenso trabalhar um texto magnífico super atual - felizmente e infelizmente para todos nós na humanidade". 

"Este é um projeto inovador e acho que vai ser muito polémica a forma de o Carlos ver este novo Hamlet de 2021, em pandemia. Eu tive a sorte de ver a peça encenada por ele, no final dos anos 80, na ACARTE, com um elenco estrondoso que incluía o Carlos Daniel como Hamlet, mas também Canto e Castro, António Monteiro, António Marques, Fernanda Neves, entre muitos outros. Na altura foi um projeto muito inovador, foi um trabalho que me marcou nos anos 80", explicou.

Rodrigo Cachucho, que nesta encenação interpreta Marcelo, revelou em conversa com o Fantastic que "o público pode esperar uma versão muito sólida, bonita e impactante". O ator que dá vida a Marcelo acrescenta ainda que "há momentos absolutamente marcantes durante o espetáculo", que considera serem o resulta da "harmonia dos inputs criativos que a equipa deu para criar esta nova leitura de Hamlet".

Já o ator Miguel Loureiro explicou ao Fantastic que, o facto de se tratar de uma peça tão famosa de William Shakespeare, faz com que sinta uma maior responsabilidade. "O público vai com as suas expectativas, pois a obra é universal e pertence a nós todos, há já algum tempo, e depara-se com uma versão de outro, a do artista, e normalmente uma versão é uma versão. Mas por outro lado, infelizmente, em Portugal há muita gente a conhecer Hamlet de nome, mas sem nunca ter lido, classe teatral incluída", adiantou.

A versão televisiva de Hamlet conta com produção de Isabel Roma e realização de António Sabino. Um espetáculo que poderás ver no próximo sábado, dia 13, às 22h, na RTP2.

"Succession" renovada para uma 4ª temporada pela HBO

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Foto: Direitos Reservados

Succession, a série da HBO que já venceu vários Emmys, foi oficialmente renovada para uma quarta temporada. O drama criado por Jesse Armstrong explora temas de poder e dinâmica familiar através dos olhos do patriarca Logan Roy (Brian Cox) e dos seus quatro filhos adultos, Kendall (Jeremy Strong), Siobhan (Sarah Snook), Roman (Kieran Culkin) e Connor (Alan Ruck).

"A cada temporada de Succession, Jesse Armstrong continuou a superar as nossas maiores expectativas, levando-nos até ao santuário interno da família Roy com perspicácia, humanidade e precisão”, disse Francesca Orsi vice presidente da HBO Programming. “Esta temporada sem dúvida que não é exceção, e não poderíamos estar mais entusiasmados com tudo o que está reservado para a próxima temporada.", completa. 

Até lá, a terceira temporada de nove episódios chegou à HBO Portugal a 18 de outubro, com novos episódios a estrear todas segundas-feiras. Nestes novos episódios, Logan encontra-se numa posição perigosa, lutando para garantir alianças familiares, políticas e financeiras depois de ter sido emboscado pelo filho rebelde, Kendall. 

Depois da decisão impulsiva de Kendall de expor o crescente escândalo da empresa, a família é deixada a contemplar o seu futuro. As tensões aumentam à medida que uma dura batalha corporativa ameaça transformar-se numa guerra civil familiar, com a família Roy na dúvida sobre quem vai assumir o controlo num mundo pós-Logan.

Brian Cox, Jeremy Strong, Sarah Snook, Kieran Culkin, Alan Ruck, Nicholas Braun, Matthew Macfadyen, Peter Friedman, J. Smith-Cameron, Dagmara Dominczyk, Justine Lupe, David Rasche, Fisher Stevens, Hiam Abbass e Arian Moayed são alguns dos nomes que compõem o elenco da 3ª temporada.

A série é criada por Jesse Armstrong, com produção executiva do mesmo e de Adam McKay, Frank Rich, Kevin Messick, Jane Tranter, Mark Mylod, Tony Roche, Scott Ferguson, Jon Brown, Lucy Prebble, Will Tracy e Will Ferrell. Jesse Armstrong é também o showrunner.

TVI confirma 3ª temporada de "Festa é Festa". Conhece a história

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Foto: Direitos Reservados

Depois de duas temporadas de sucesso, a aldeia da Bela Vida vai continuar em festa, com a estreia da 3ª temporada de Festa é Festa. Os novos episódios da novela da TVI estreiam no início de 2022 e, na nova história, teremos a produção de uma novela dentro da própria novela. O Fantastic conta-te tudo sobre o arranque da nova fase de Festa é Festa.

No final da segunda temporada, cuja emissão está marcada para o final de dezembro, os habitantes da aldeia da Bela Vida irão dar o máximo para a realização de um Presépio Vivo. No arranque dos novos episódios, vivem-se tempos de consagração e de grande confiança no futuro. Tudo começa quando as personagem que tão bem conhecemos sabem da notícia de que a TVI vai filmar uma novela naquela aldeia, uma história baseada na vida de Corcovada.

"A novela contará, em ficção, uma história em que nós (espectadores) assistimos todos os dias. Assim sendo, e para grande espanto daquela comunidade, os personagens da nova grande aposta da TVI serão inspirados nos próprios habitantes da aldeia da Bela Vida", explica o canal. 

"Acontece que nesta aldeia ninguém pensa pequeno e ambição é coisa que não falta por ali. Assim, ao conhecerem os atores que vão fazer deles, começa a nascer a ideia de serem os próprios habitantes da aldeia da Bela Vida a serem os atores da novela", continua por revelar a estação na sinopse oficial da nova temporada.

É desta forma, que as personagens da Bela Vida vão fazer de tudo para brilhar nesta nova produção, até porque "é uma novela que homenageia Corcovada, e surge exatamente (acreditem ou não na grande coincidência) no momento em que ela decidiu distribuir a sua herança em vida", motivo mais do que suficiente para todos quererem agradar à abastada centenária.

"Toda esta epopeia acontece a par de dois grandes eventos que se avizinham: o Carnaval e a Páscoa. E, como se já não houvesse poucos focos de conflito na vida desta gente, surgem as grandes questões: quem vão ser os Reis do Carnaval da Bela Vida e quem vai organizar a mais promissora Procissão da Páscoa deste país", pode ler-se ainda na sinopse a que o Fantastic teve acesso.

Maria do Céu Guerra, Pedro Teixeira, Pedro Alves, Beatriz Barosa, Ana Guiomar, Ana Brito e Cunha, Rodrigo Paganelli, Ana Marta Contente, Sílvia Rizzo, Manuel Marques, José Carlos Pereira, Inês Herédia, Manuel Melo, Marta Andrino, Luís Simões, Hélder Agapaito, Valdemar Brito, Beatriz Costa, Marta Melro, Pedro Giestas, Telma Cardoso e João Lima são alguns dos atores que transitam para a nova temporada da trama escrito por Roberto Pereira.   

COMING UP | Eternals

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Chloe Zhao e Marvel na mesma produção talvez não seja a escolha mais óbvia, mas a verdade é que funciona. Com o estúdio a beber da inspiração contemplativa da realizadora, o MCU viaja por questionamentos mais profundos, com ainda mais conteúdo numa longa-metragem que é desenhada numa proporção épica. Eternals é uma história bem escrita, numa transição que marca muito uma passagem no testamento da Marvel recheada de personagens interessantes, com os quais nos conseguimos relacionar facilmente e sobre os quais te contamos tudo em mais uma edição do Coming Up. Fica connosco e descobre tudo sobre este novo passo na Bíblia da Marvel nos cinemas. 

Eternals marca mais um ponto no trilho que a Marvel tem vindo a percorrer de transformar o conceito mainstream em algo que nos deixa com algo mais, que acrescenta à nossa experiência e não se limite às barreiras do que é comercialmente aclamado. 

O terceiro projeto cinematográfico da Phase 4 traz-nos um entendimento sobre as origens do universo criando fundações que mudam a forma como olhamos para tudo o que se passa dentro deste universo tão rico. Mas enquanto se preocupa em explorar e acrescentar à visão sci-fiEternals carrega o peso filosófico da mente de Chloe Zhao com discussões sobre crença, religião e um amor familiar que foge aos padrões lineares que tínhamos visto até então nos projetos com o selo da Marvel Studios.

MCU tem feito um percurso bonito e indiscutível na construção e desenvolvimento de personagens, além de lhes dar mais conteúdo e de os transformar, cada vez mais, em seres redondos, desfazendo a velha estética plástica dos heróis perfeitos e dando-lhes camadas e conflitos que realmente estimulam o público e nos fazem pensar. Porém apesar dessa background já nos ser familiar, a Marvel não tinha ido tão longe como em Eternals, em que cada figura é, realmente, diferente e com um sentido de proximidade e representatividade que se torna fascinante e que demonstra bastante respeito pelo público. 


Temos heróis de diferentes etnias, com deficiência, com orientações sexuais diferentes, com muita voz é que refletem bem a pluralidade do público que é fã da Marvel. O mundo nerd é muitas das vezes rejeitado pela diferença e durante anos nos cinemas e nas séries existiu um combate a esse estigma que trouxe atores estereotipados para papéis de destaque, uma tendência que a Marvel está, claramente, empenhada em reverter num exemplo bonito que dá a cada pessoa do seu público o sonho de poder ser um herói. 


É um combate à discriminação e respeito ao próximo que pode ter mais efeitos do que aquilo que imaginamos. Aliás, para quem teve a experiência de ver o filme numa sala de cinema sabe que há algumas cenas que despertam risos e gozos, que no fundo são uma prova viva do quão importante é trazer este senso de representação à tona. Há um longo caminho a trilhar, mesmo dentro da Marvel, mas é um passo que inegavelmente melhora muito a experiência de assistir a Eternals.



O argumento constrói um paralelo interessante sobre até onde as pessoas estão dispostas a ir por aquilo em que acreditam. Por mais que aqui não trabalhem como “religiões” reais, o conceito está lá e é colocado com uma atenção que não nos deixa indiferentes e que deixa bem percetível (por vezes até demais) que o que está ali é um espelho do que acontece fora deste sci-fi


Essa inspiração é aproveitada na perfeição para mostrar a profundidade e os conflitos das personagens, utilizando o conteúdo mais sobrenatural ou fantástico para mostrar as loucuras que se fazem em busca daquilo que acreditam ser a convicção mais acertado, independentemente do que isso possa causar em quem não partilha o mesmo pensamento. E é aqui, neste ponto, que os personagens sobem para outra dimensão com dúvidas muito mais existencialistas que as que estamos habituados nos membros dos Avengers e que obrigam a que o público pense. É, também, este detalhe que entrega aos personagens dualidades que os humanizam, nenhum deles única e exclusivamente bom ou mau, não estão padronizados, e por mais que a nossa visão romântica nos leve a torcer por uma das fações conseguimos, de igual modo, ficar apreensivos sobre o destino de quem defende a visão contrária. 


Esta dicotomia de sentimentos torna Ikaris numa das melhores personagens do filme, como anti-herói, o Superman da Marvel é uma representação fiel sobre a ausência de limites de quem segue as crenças ao extremo. Ao mesmo tempo, o personagem de Richard Madden entrega uma leitura de uma família disfuncional, reforçando que as aparências não são um retrato das verdadeiras intenções de cada pessoa. 


No fundo, Ikaris é a representação das clivagens e da humanização dos personagens, tornando-o, tal como acontece com Wen Wu em Shang-Chi, num anti-herói com justificações altamente plausíveis para as suas decisões, e é bonito ver a Marvel alargar o espectro e trazer para os ecrãs uma profundidade que já existe nas Bandas Desenhadas mas que até recentemente não era transportada para o MCU.


Uma linguagem e construção de figuras que se alarga a todos os outros personagens que além da representatividade que trazem para o ecrã têm personalidades que despertam a empatia de públicos que estão, na sua maioria, fora do habitual mainstream


Existem conversas muito interessantes no centro de Eternals, que falam, por exemplo, de saúde mental. Angelina Jolie brilha neste tema, com a riqueza de Thena a ser um dos melhores marketings da longa-metragem. Dentro de um contexto sobrenatural, a personagem explora os problemas mentais, a depressão, a ausência de uma justificação para o mal estar, levando Thena a sucessivas situações limite que a colocam em pânico. Aqui há um ponto louvável, por colocar este debate em cima de uma figura que é forte, de alguém que é dona de um dos maiores poderes dentro deste grupo e que não tem uma postura frágil até se ver confrontada com esta questão de saúde. 


Mas não é só em Thena que reside esta vontade do filme sair de dentro da caixa. Sprite também se debate com um amor imbatível, uma paixão familiar que a leva a colocar em cheque tudo o que acredita apenas para seguir, cegamente, as convicções daquele que sempre teve como um exemplo. É uma linguagem diferente mas que casa muito bem com algumas narrativas criminais de sucessos como Truth Be Told, em que o amor serve de toldo e elemento de compreensão até para as maiores atrocidades. 


Seguimos com Druig que mesmo dentro do seu complexo de Deus, tem uma das linhas mais interessantes dentro da história de Eternals. Ele não se encaixa nos padrões da equipa, por não ter uma mãe amável que o tente compreender e olhar com maior atenção para as suas questões. Makkari é a única que entende o quão ostracizado o seu parceiro é, numa ligação afetiva que mostra a união de forças de quem é obrigado a lidar com o julgamento alheio apenas por ser diferente. 


Se bem que, Eternals tem uma abordagem interessante com Makkari, não tornando a sua deficiência em algo que a torne mais fraca, nem do ponto de vista do público nem dentro da própria equipa. Já é um passo importante na forma como o cinema aborda as limitações físicas e que tem sido uma mensagem constante nos projetos recentes da Disney, com Luca, por exemplo.



Contudo apesar da longa lista de elogios que podemos fazer ao filme, Eternals tem alguns problemas. Enquanto na escrita e desenvolvimento tudo se eleva e torna o projeto em algo épico, a parte técnica não convence e acaba por baixar um pouco a nossa experiência. 


Chloe Zhao traz a sua melhor faceta para Eternals substituindo o habitual CGI por cenários naturais, bonitos, e uma imagem limpa e clara. Mas é quando os elementos computadorizados entram em cena que tudo se complica, pois parece que são realidades tão distantes que acabam por não casar em cena. Nas cenas de luta ou de maior acção não é algo que se note tanto, mas nas restantes a introdução de Deviants em cenários tão naturais deixa muito a desejar e fica bem a baixo do nível de cuidado que a Marvel nos apresentou até então. 


Mas não é só. Por mais que o guião seja rico e bem escrito, as constantes transições entre vários períodos históricos também não convencem e acabam por gerar alguma confusão em alguns segmentos. Não é algo tão gritante como em The Wicther, por exemplo, mas é um ponto que incomoda, sobretudo por não termos uma transição ou corte cuidado. O tratamento dado à imagem é, na larga maioria, muito diferente entre cenas e desvirtua o trabalho que foi feito anteriormente. 


A Marvel é conhecida pelo seu cuidado extremado com todo e qualquer detalhe, mas em Eternals os detalhes quase se transformam nos maiores erros. 


Ainda na maré dos detalhes, apesar da ótima banda sonora do filme, há um momento chave em que a música se torna numa falha gritante. Quando Phastos beija o marido antes de deitar o filho, surge uma música romântica/melancólica completamente fora de tempo e que desperta no público menos inclusivo risos desnecessários que talvez nem acontecessem se aquela música não aparece-se ali e tivesse começado apenas uns minutos depois. 


É triste porque nota-se o trabalho para normalizar o momento, mas tudo é destruído por uma falha técnica completamente despropositada. Com tudo o que o filme representa e nos oferece não há espaço para piadas que se mantenham no limbo, é um pormenor infeliz.


Na análise geral Eternals ultrapassa em larga escala Black Widow enquanto fica um pouco a baixo do patamar Shang-Chi, muito por culpa dos erros técnicos, porque no fundo a história funciona e está pejada de mensagens marcantes que nos fazem sair da sala e ficar a pensar nelas. 


É memorável e tem tanto de épico de ação quanto de contemplativo fazendo o melhor uso possível do talento de Chloe Zhao e mostrando que as escolhas improváveis funcionam bastante bem. A arte é um conceito abrangente e Eternals é uma daquelas obras que a tempo vai acabar por valorizar e dar-lhe um impacto de culto interessante. 


À parte disso, a história de amor romântica é um retrocesso em relação ao esquema que a Marvel tem seguido, mas foi um caminho bastante seguro para um projeto que já vinha carregado de muitos temas importantes nos núcleos secundários. Faltou-lhe uma comunicação maior com o MCU e uma justificação que realmente convença para a ausência dos Eternals em grandes conflitos, porque convenhamos que aquilo que Sersi diz a Dane é uma explicação de conveniência que serve apenas para calar as vozes criticas mas que foi pensada em cima do joelho e que podia, e até se exigia, que fosse mais trabalhada. 


Mesmo assim, os personagens desta nova equipa são tão ricos que nos dão vontade de saber mais deles, de os ter em mais momentos, até mesmo porque o humor da Marvel precisa de beber um pouco da inteligência destes novos heróis. 


As cenas pós-créditos deixam-nos num bom hype, com um Eros gozão que poderia formar uma dupla interessante com Thor e Peter Quill. Será isso que vamos ver? E já agora, de repente não faltam artefactos na Marvel, depois dos Dez Anéis temos agora a espada do Cavaleiro Negro, o que terá Wong, Hulk e Carol Denver a dizer sobre isso? A resposta virá, muito provavelmente, numa das próximas séries do Disney+ e nós mal podemos esperar para saber tudo! Fiquem connosco que nós ficamos com a Marvel. 

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