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"Misconduct - Jogos Perigosos" estreia no TV Cine 1

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O sonho de muitos advogados é conseguir derrubar em tribunal um grande tubarão. E foi mesmo esse o plano de Ben Cahill, em Misconduct - Jogos Perigosos, de Shintaro Shimosawa. 

Ben Cahill (Josh Duhamel) é um jovem advogado cheio de vontade de mostrar que sabe ser forte com os fortes, desejoso de provar em tribunal que consegue derrubar qualquer um. O seu mentor é Charles Abrams (Al Pacino), chefe de um prestigiado escritório de advogados.

Ben recebe através da sua ex-namorada, Emily Hynes (Malin Åkerman), provas de que Arthur Denning, um dos mais poderosos na indústria farmacêutica e atual companheiro de Hynes, anda a cometer fraude e práticas ilícitas. 
É a sua grande hipótese para brilhar em tribunal e afirmar-se como advogado de topo. Mas quando começa a investigação no terreno, Cahill vai perceber que o caminho para a verdade está cheio de perigosos e por vezes letais obstáculos. 

Misconduct - Jogos Perigosos estreia a 29 de julho, sábado, às 21h30, no TV Cine 1. 

"Animais Noturnos" em destaque no TV Cine 1

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Animais Noturnos venceu o Prémio do Júri do Festival de Cannes e o Globo de Ouro de Melhor Ator Secundário (Aaron Taylor-Johnson) é um dos grandes destaques do final do mês. 

Depois de um casamento tumultuoso, Susan Morrow (Amy Adams) refez a sua vida, casando de novo e adquirindo uma galeria de arte. Mas Susan continuou perturbada, nunca dormindo e deixando de ser um animal noturno, a alcunha que o ex-marido lhe colocara. 

Inesperadamente, Edward Sheffield (Jake Gyllenhaal) volta a contactá-la com um convite para jantar, ao mesmo tempo que lhe envia um romance da sua autoria chamado Animais Noturnos. O texto é violento, perturbador e alucinado, o que coloca Susan no limite da sanidade e fá-la repensar todas as escolhas que fez na vida e que a levaram até ali. 

Animais Noturnos estreia a 30 de julho, domingo, às 21h30, no TVCine 1. 

Diogo Piçarra homenageia Chester Bennington

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 O cantor português, fã dos Linkin Park, decidiu fazer uma tatuagem em memória do vocalista da banda.


 Diogo Piçarra revela, através das redes sociais, que Chester Bennington era "ídolo da adolescência", e quando soube da morte do vocalista o músico português relatou a sua tristeza nas redes sociais.

Numa semana em que perdeu "um dos pilares"da sua família, Diogo Piçarra decidiu eternizar a memória Bennington com uma tatuagem .

É na perna esquerda que Piçarra tem agora o rosto do vocalista dos Linkin Park, juntamente com o desenho de uma imagem de um dos concertos. Ora veja:


Está escolhido o novo programa da TVI. Conheça o "reality" e a apresentadora

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Programa inédito arranca em setembro na TVI. Teresa Guilherme é a apresentadora escolhida para a condução do programa.


De acordo com um comunicado divulgado pela TVI, o programa que vai para o ar em setembro é inédito e é produzido pela Endemol. No programa, 16 celebridades vão ser divididas em quatro equipas, a viver na mesma casa e terão que explorar quatro negócios distintos (uma pizzaria, um centro de lavagem automóvel, um bed & breakfast e um salão de beleza). As celebridades vão receber clientes e têm como objetivo angariarem o maior valor possível a fim de os lucros obtidos reverterem a instituições de solidariedade.

Os famosos vão viver numa casa normal, na Venda do Pinheiro, e vão ser vigiados 24 horas por dia. Estes não podem abandonar a mesma, embora recebam clientes do exterior em que vão aplicar os quatros serviços disponíveis. A gestão destes negócios será posta à prova, não só pelos resultados obtidos mas também pelo público que votará semanalmente através de uma aplicação, decidindo o futuro dos concorrentes.

Teresa Guilherme é o rosto escolhido pela estação de Queluz de Baixo que vai acompanhar os famosos ao longo da sua estada. 

"Rogue One: Uma História de Star Wars" estreia no TV Cine 1

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É um regresso à saga mais mítica da história do Cinema, com Rogue One: Uma História de Star Wars, de Gareth Edwards, com os acontecimentos desta nova aventura a situarem-se antes de Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança.

Passaram-se seis anos desde a extinção da Ordem dos Cavaleiros Jedis, com o desaparecimento do jovem Jedi Anakin Skywalker, o surgimento do cruel Lorde Sith Darth Vader e a transformação da República Galáctica no temível Império Galáctico às mãos do Imperador Palpatine. 

Mon Mothma, líder da Aliança Rebelde, tem conhecimento que o Império está prestes a experimentar uma nova super-arma com a capacidade de destruir planetas inteiros. Trata-se da Estrela da Morte. Jyn Erso, uma jovem errante pela galáxia, alistou-se recentemente na Aliança Rebelde. Para a pôr à prova e sem nada a perder, Mon Mothma dá-lhe como missão roubar os planos da Estrela da Morte e assim garantir que a ameaça a toda a galáxia não se concretiza. Começa assim mais uma aventura numa galáxia longínqua.

Rogue One: Uma História de Star Wars estreia a 28 de julho, sexta-feira, às 21h30, no TV Cine 1.

Saiba onde vai decorrer o Festival da Canção e Eurovisão 2018

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Fonte: RTP/ Reuters

A RTP1 anunciou hoje a cidade anfitriã para o Festival Eurovisão da Canção que decorre em 2018. Lisboa é a cidade que vai acolher as duas semifinais e a final do concurso. Por sua vez, o Festival da Canção decorrerá em Guimarães. 

Pela primeira vez em 16 anos, o Festival da Canção não vai decorrer na capital portuguesa. A estação publica anunciou esta terça-feira que o evento irá decorrer em Guimarães, capital europeia da cultura em 2012. O Pavilhão Multiusos vai ser o palco do certame português e irá decorrer em março.

Em Lisboa, o Meo Arena situado no Parque das Nações recebe a 8 e 10 de maio a primeira e segunda semi-final, respetivamente. A final decorre a 12 de maio.

Em conferência de imprensa, Gonçalo Reis afirmou estar entusiasmado. "Sabemos a responsabilidade que temos. Sabemos a complexidade, a grandeza, os requisitos que temos. Mas também sabemos que a RTP, com os parceiros, cresce tipicamente para estas situações e vamos tirar o melhor partido do festival", salientou o Presidente do Conselho de Administração da estação pública.

Os custos do evento ainda são desconhecidos mas sabe-se que a Câmara Municipal de Lisboa, o Turismo de Portugal e a RTP irão cobrir os custos. 

Recorde-se que o Festival Eurovisão da Canção decorreu este ano em Kiev, na Ucrânia e consagrou Salvador Sobral, representante de Portugal, como vencedor.

Foto de Eurovision Song Contest.Foto de Eurovision Song Contest.
Fonte: Facebook Eurovision Song Contest

"Especial Documentários: Histórias no Singular" em agosto no TV Cine 2

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Cinco documentários na primeira pessoa, sobre cinco personalidades que marcaram a história. Bruce Lee, Chris Farley, Heath Ledger, Johnny Cash e Lou Reed são os convidados de honra.

O Especial Documentários: Histórias no Singular começa com Eu Sou Bruce Lee, de Pete McCormack, a 1 de agosto, terça-feira, às 22h.
Bruce Lee é visto com o Elvis ou o pai das artes marciais no cinema. São muitos os artistas, atletas, atores, realizadores e produtores, que dão o seu testemunho pelo génio (e pioneiro) que elevou na década de 1970 esta habilidade física à categoria de arte. Para além de várias entrevistas, o filme mostra imagens inéditas, fotografias do acervo pessoal e testemunhos da viúva, Linda Emery e da filha, Shannon Lee. 

Segue-se Eu Sou Chris Farley, de Brent Hodge e Derik Murray, a 8 de agosto. Chris Farley foi um dos mais icónicos comediantes que passou pelo Saturday Night Live e The Second City. Tido como uma carta de amor a Farley, o documentário conta com os testemunhos de Christina Applegate, Dan Aykroyd, Bo Derek, Mike Myers ou Adam Sandler, sobre a dificuldade que é ser tão famoso e adorado, quando esperam que sejamos engraçados e façamos rir 24 horas por dia. 

A programação continua com Eu Sou Heath Ledger, de Adrian Buitenhuis e Derik Murray, a 15 de agosto. Um trabalho comovente sobre aquele que foi considerado o melhor ator da sua geração, um novo Marlon Brando, que aos 28 anos, em 2008, sucumbiu a uma dose acidental de sedativos. 

O próximo convidado de honra é Johnny Cash em Eu Sou Johnny Cash, de Derik Murray e Jordan Tappis, exibido a 22 de agosto, terça-feira. O cantor foi um herói da sua geração, para alguns mais importante que Elvis. A sua presença era magnética e encantadora e o seu nome é sinónimo do melhor e mais marcante que a música country pode oferecer. Eu Sou Johnny Cash apresenta testemunhos da família, John Carter Cash, Rosanne Cash e Carlene Carter, e ainda de grandes figuras como Sheryl Crow, Kid Rock e John Mellencamp. 
A maratona de documentários termina a 29 de agosto, com Lou Reed – Berlim, de Julian Schnabel. O mítico músico, vanguardista do rock, apresenta-nos o também mítico disco Berlim, de 1973. 

Especial Documentários: Histórias no Singular no TV Cine 2, sempre às terças-feiras, às 22h, entre 1 e 29 de agosto. 

Justin Bieber cancelou digressão por causa de Jesus Cristo

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 O cantor canadiano cancelou todas as últimas datas da digressão em torno de Purpose.


 Justin Bieber anunciou, esta semana, o cancelamento das últimas datas da Purpose World Tour, que ainda passaria pela América do Norte e Ásia.

Pedindo desculpa aos fãs, o cantor não quis adiantar quaisquer razões para o cancelamento, mas o website TMZ afiança que tal se deveu ao facto de Bieber se ter dedicado à religião.

O website cita fontes próximas da Hillsong Church, igreja pentecostal situada na Austrália, da qual faz parte o pastor Carl Lentz, próximo de Bieber.

Contudo, Lentz não pediu ao cantor que cancelasse a digressão, decisão que terá provocado um enorme mal-estar na equipa de Justin Bieber, tendo em conta que já não irão receber pelos concertos cancelados.

Fantastic Entrevista | Joana Saahirah (Parte I)

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Nesta edição do Fantastic Entrevista estamos à conversa com Joana Saahirah, uma portuguesa que partiu para o Egipto para seguir o seu sonho. Antes disso, estudou teatro, praticou bailado clássico, mas percebeu que a Dança Oriental era a sua linguagem. Atualmente, é um dos nomes mais bem sucedidos e respeitados do circuito da Dança Oriental.

Como surgiu a paixão pela dança e, consequentemente, pela Dança Oriental?

A dança já vem de nascença. Antes de ter começado a estudar Ballet Clássico, aos cinco anos, já apresentava “espectáculos” em casa e no infantário. Os meus pais avisavam os amigos, sempre que iam lá a casa, que teriam direito a uma actuação (macacada apresentada com convicção) gratuita.

O teatro, a dança, o canto e a comunicação directa com o público entrecruzavam-se nessas performances espontâneos que vinham de dentro, de uma vontade primordial, até compulsiva, de ser compreendida e unida aos outros através da expressão artística. Fora do palco, era uma menina extremamente tímida, com um mundo interior borbulhante (ainda sou).

A Dança Oriental, ou Egípcia (Raks Sharki é o nome correcto, em Árabe) surgiu inesperadamente, sem que algo o indicasse, num festival chamado “Andanças” organizado no norte de Portugal. Estava lá com amigos do Conservatório (sou formada como Actriz pela Escola Superior de Teatro e Cinema), de férias, e participei, numa animação nocturna dinamizada pela professora e bailarina Prisca Diedrich. Essa noite, e o reencontro que proporcionou, mudou a minha vida.

Entrei na roda, escutei a música e improvisei, certa de que já conhecia aquela linguagem, extasiada pelo reencontro com a minha Alma.

A partir daí, foi sempre a abrir! Comecei a procurar informação sobre a Dança Egípcia e encontrei-a nalguns livros que estavam disponíveis e em workshops com o Mestre Shokry Mohamed que vinha, de vez em quando a Portugal.
Comecei a viajar para estudar, primeiro em Espanha, onde estudei Representação (Real Escuela de Arte Dramatico de Madrid) e, logo depois, no Egipto. Nunca mais parei.

Costumo dizer que não escolhi a Dança Oriental – foi ela que me escolheu. Estava tudo orientado para que me tornasse Actriz mas o Egipto chamou-me e eu segui o Chamamento. O resto é História.



Tens formação em dança e em teatro. No que é que essa formação contribuiu para a tua actividade como bailarina de dança oriental?

Para mim, as várias formas de expressão artística estão interligadas. Não existe uma separação entre a literatura e a dança ou entre a dança e a vida a que chamamos real.

Existe Pintura na Dança Oriental (já tenho levados alunas a Museus, especialmente o Museu Picasso em Málaga, Espanha, para aprenderem sobre técnica de Dança Egípcia); existe Dança Oriental na Dança Moderna; existe Cinema, Representação, Música e vida real na Dança Oriental; existe Dança Oriental na Arquitectura e geometria na Literatura. Por aí adiante. As ligações são múltiplas, tão profundas e expansivas quanto a mente que as concebe.

A formação como Actriz, em particular, tem servido para tudo: desde saber interpretar uma música, com uma história e ambiente específicos, até salvar-me a pele, literalmente, no Egipto. A Representação ensinou-me a saber ler o que está fora de mim e a trazê-lo para mim, seja esse Outro uma história, uma música, uma personagem, produto da minha imaginação.

Também me ajudou a sair da casca – repito que era, e sou, extremamente tímida e metida na minha Bolha -, a não ter medo de me lançar no desconhecido, a explorar, a fazer erros que não são senão outra forma de traduzir experimentação, algo a que todos os artistas se dedicam. Esse lado criança, de ver até onde posso ir com um movimento/momento/sentimento, vem-me da formação como Actriz.

A Representação obrigou-me a abrir o coração, expor-me emocionalmente, tornar-me vulnerável, exalar emoção e não apenas acção. E muito mais. No fundo, nunca deixei de ser actriz e tenho uma saudade incrível de interpretar um texto. Faço-o, de certa forma, através da música.

Todos os outros estilos de dança pelos quais passei – africana, latino-americana, jazz, ballet clássico e moderno, flamenco e outros – serviram como educação física; deram ao meu corpo vocabulário, condicionamento, sentido de harmonia, musicalidade, capacidade de reacção e muitas outras qualidades que se adquirem quando se começa a dançar muito jovem.

Por outro lado, a Dança Egípcia é única e exige um desformatar da maneira como nos vemos, ao nosso corpo, à música, à dança e à vida. O background de dança ajuda em muito mas, nalguns aspectos essenciais da Dança Egípcia -  como o tempo, a pausa, a musicalidade ou a linguagem energética do coração – podem ser contra-produtivos. Tive de perceber o que podia usar em meu benefício e o que teria de descartar para poder usufruir do melhor de dois mundos.



Sendo esta uma dança com raízes tradicionais e tendo tu trabalhado no Egipto com alguns dos maiores nomes da área, que tipo de formação consideras que um/a bailarino/a desta dança deve ter? E consideras indispensável visitar países árabes?

Ui, ui. É muito difícil responder com justiça a estas perguntas de forma breve.
Eu senti a necessidade de ir para o Egipto e aí resgatar a essência da dança, primeiro como estudante e, logo depois, como bailarina com carreira estabelecida, uma orquestra e espectáculos diários sob a minha alçada.

No entanto, não é algo que aconselhe a toda a gente.

Ir ao Egipto como estudante, sim. Sempre. Incondicionalmente. Penso que todos os amantes da dança egípcia deveriam ir, pelo menos uma vez na vida, ao Egipto e aí sentir a cultura, os cheiros, o modo de vida e o seu ritmo – essa experiência directa, pele na pele e cara a cara, com o solo egípcio é essencial. Mas ir para o Egipto, para construir carreira e lá viver durante anos é uma experiência “hardcore” que não aconselho. Nesse sentido, o Egipto pode destruir a pessoa e o amor que ela tem, ou tinha, à dança. Os choques de valores, mentalidade, leis e outros são quase insuportáveis; o mercado é pequeníssimo, altamente competitivo, corrompido até à medula, muito difícil de se deixar navegar sem que a pessoa venda a alma ao diabo.

Eu consegui-o, à custa de talento, muito trabalho, perseverança, coragem, loucura, obsessão e feito (mais uns perlimpimpins) mas também à custa de alguma sanidade mental, que quase perdi em várias ocasiões, exaustão, tempo de vida com os que amo (família e amigos que estavam longe). Não é para todos!

Tenho viajado pelo mundo todo, nestes últimos anos, a ensinar, actuar e dar conferências e apercebo-me que existe um imaginário associado à vida de uma bailarina no Egipto que pouco, ou nada, tem a ver com a realidade que eu conheci, por dentro e por fora, durante quase uma década da minha vida.
O que aconselho aos alunos que me perguntam sobre este assunto é que vão, como estudantes, o mais que puderem mas que também não percam a oportunidade de aprender com os Mestres fantásticos que estão espalhados pelo mundo, não no Egipto; que tirem proveito dos cursos online com pessoas que sabem, de facto, o que estão a fazer; que investiguem, leiam, procurem a informação. Quem procura, encontra. E, hoje em dia, existe muita informação valiosa disponível na internet. Apesar do caos instalado, da ignorância e das fraudes vendidas como estrelas, existe uma enorme quantidade de material válido que não existia há 18 anos atrás, quando eu comecei a estudar Dança Egípcia.

Acima de tudo, aconselho que cada um procure a Essência da Dança Egípcia, não as modas, e que se abra à experiência que esta arte nos convida a viver: voltar a entrar em contacto com a nossa alma e criarmos – movimento, o que seja – a partir dessa alma.



O que é que consideras essencial num bom bailarino de Dança Oriental?
Outra pergunta difícil de responder de forma breve!

Existem muitas qualidades e qualificações em jogo, começando pela base que é uma boa formação recebida das mãos de professores que conheçam o ofício. Isto pode parecer básico, e bastante comum, mas não é.

A maioria dos ditos “profissionais” desta área são pessoas bem intencionadas mas que pouco conhecem de Dança Egípcia, da música, história, cultura e sociologia a ela associada. São raros, aqueles a quem se pode chamar Mestres de Dança Egípcia.

Além dessa formação base com mestres credíveis, em tudo o que concerne a Dança Oriental e o Folclore Egípcio, um bom bailarino, ou bailarina, tem de ser talentoso/a. O talento não se ensina, nem se aprende. Ou se nasce com ele, ou não se nasce.

Posso treinar uma pessoa para se mover com maior qualidade, dentro do que é o vocabulário da Dança Egípcia; posso até ensiná-la a escutar melhor, a interpretar, a integrar uma série de mais-valias que se desenvolvem com a aprendizagem desta dança. Não posso dar talento a quem não o tem. Todos somos criativos, e únicos, e nesse sentido podemos evoluir até certo patamar. Mas o talento é outra coisa, possui outro brilho, um nível distinto, difícil de definir por palavras.

Outro elemento importante é a auto-confiança associada à humildade. Sem os dois lados da moeda, não nos expandimos.

Junto sensibilidade, musicalidade, carisma, capacidade de se expor emocionalmente, capacidade de comunicação com o Outro e uma ética de trabalho impecável, quase militar. Existe um lado da formação, e expansão, de uma bom/boa bailarino/a que ninguém vê, ainda que seja essencial. A auto-disciplina para se manter em forma, trabalhar, buscar, não se deixar ficar na zona de conforto, querer ir mais além, lidar com toda a gente de forma educada, honesta e generosa – tudo isso é essencial e, quase sempre, invisível.

Ninguém nos bate à porta a sugerir, ou exigir, que trabalhemos no nosso ofício. Somo nós quem tem de ir, desarrumar, fazer, tentar, falhar, concretizar, decidir focar-nos no agora, com humildade e auto-exigência, sempre com a noção de que somos julgados pelo que fazemos neste momento, não pelo que já conquistámos.

Refiro uma última qualidade (há outras que não vou mencionar): o amor.
Pode ter-se talento, formação, carisma, humildade e auto-confiança e mais uma série de qualidades que não referi. No entanto, nada disso vai brilhar se a pessoa não amar - de corpo, coração e alma - a Dança. E isso, tal como o talento, já nasce com a pessoa.

Quem são as tuas maiores influências em termos artísticos?
Sendo uma pessoa eclética, que se move em várias expressões artísticas, as minhas influências são múltiplas. Posso partilhar apenas uma pequena amostra, deixando de fora imensa gente fantástica que me inspira e orienta diariamente, começando por Pablo Picasso, o amor da minha vida em termos criativos.

Isadora Duncan, a Mãe da Dança Moderna, é outra grande referência na minha vida criativa.

Na Dança Egípcia, os meus Mestres mais queridos: Prisca Diedrich, Shokry Mohamed, Mahmoud Reda, Souhair Zaki, Nagwa Fouad, Mona el Said, Azza Sherif; a Lucy, bailarina egípcia com quem partilhei músicos enquanto actuava no Egipto, e a qual vi dançar inúmeras vezes.

Marina Abramovic, Maya Angelou, Oprah, Jane Austen, Johan Sebastian Bach, Caravaggio, Billie Holiday, Om Kolthom e Amália. Eça de Queiroz, autor do melhor livro que alguma vez li sobre o Egipto (Notas sobre o Egipto), Dulce Pontes, Alessandra Ferri, Mohamed Abdel Wahab, Abdel Halim Hafez, Nawal el Saadawi, Naguib Mahfouz. A lista continua.

Tradicionalmente, a dança oriental era improvisada. Consideras a coreografia algo benéfico para a dança, prejudicial ou um sinal da evolução dos tempos?

A improvisação é o estado natural da Dança Egípcia; é assim que as mulheres Egípcias, e Árabes, continuam a praticá-la em suas casas, nos casamentos, nas ocasiões familiares e/ou sociais onde a Dança Oriental está presente.

No entanto, houve uma ruptura, operada por Badia Masabni, a quem chamo a Mãe da Dança Egípcia Moderna, que marcou a transição de uma dança puramente improvisada para a coreografia a solo e em grupo. Ganharam-se e perderam-se coisas nesta transição.

Mahmoud Reda, o Pai do Folclore Egípcio e Criador da Reda Troupe, o meu melhor amigo, apoiante, professor e colaborador (trabalhei como sua assistente de coreografia e ensino durante 8 anos, o tempo em que estive a actuar no Egipto), comentava comigo, frequentemente, que as grandes bailarinas egípcias não conseguiam aprender, e muito menos memorizar, uma coreografia. Excepção feita a Naima Akef, com quem o Mahmoud trabalhou, que não era (curiosamente) bailarina mas artista de circo.

-Elas não conseguem juntar dois passos que sejam coreografados. Só conseguem improvisar. – Dizia-me, desgostoso.

De dia, eu trabalhava com ele, em coreografias que ensinaríamos ou gravaríamos, no estúdio que ele tinha na baixa do Cairo, na Rua Qasr el Nile.
À noite, actuava com a minha orquestra, improvisando vários espectáculos seguidos, cada um com a duração de 1 hora ou mais. O choque entre os dois mundos era enorme e a vários níveis. Mas foi nesse choque, gradualmente transformado em complementaridade, que eu fui crescendo.

Foi o Mahmoud quem me “empurrou” para coreografar as minhas peças, independentemente de as usar no meu trabalho ou não.

Eu apenas aprendia, e ensinava, as coreografias dele mas nunca me passava pela cabeça coreografar as minhas, excepto quando tinha bailarinos em cena, ao meu lado. Foi ele quem insistiu e semeou o bichinho da coreografia em mim, algo que tinha posto de lado depois de muitos anos a memorizar coreografias de ballet clássico.
Para mim, como para a bailarina egípcia comum, coreografar é matar o momento, a espontaneidade, a magia que só se consegue quando nos abrimos ao momento presente e com ele criamos sem saber como a aventura se vai desenvolver. Com o tempo, e a prática, comecei a perceber que coreografar era um complemento essencial à improvisação; melhorava a minha capacidade de improvisar.

-Se começares a coreografar consistentemente, vais tornar-te uma improvisadora mais interessante e completa. – O Mahmoud afirmava, ciente de que este argumento me convenceria.

Hoje em dia, salto da improvisação para a coreografia, e vice-versa, o tempo todo. Coreografo peças completas para todos os cursos que dou pelo mundo fora, para cada aluno das minhas aulas privadas online, e mais recentemente, para a minha escola online.

As duas formas de abordar a música interligam-se de forma orgânica embora cada uma desenvolva aptidões distintas. Nas minhas formações em festivais internacionais, como nas aulas privadas online ou na minha escola - Joana Saahirah´s Online Dance School -, eu uso as duas linguagens e estimulo os alunos a fazerem o mesmo: metade da prática, improvisação; a outra metade, coreografia. Metade, sem espelho; a outra metade, com espelho. Metade, estruturada, consciente, organizada; a outra metade, livre, inconsciente, caótica (aberta a todas as possibilidades que a intuição abre). Digamos que a coreografia pede que usemos o cérebro, mais do que o coração; a improvisação é puro coração. Uma boa comunicação entre os dois lados torna-nos comunicadores muito mais interessantes e eficientes.

A combinação dos dois lados, o consciente e o inconsciente, a estrutura e o conteúdo, é a uma das base do meu método de ensino.

Embora continue a preferir improvisação – todas as minhas actuações são 100% improvisadas -, sei que o trabalho coreográfico me torna, de facto, uma melhor bailarina e professora. Além disso, é uma aptidão essencial para todos os profissionais desta área a um nível elevado.

Um/a professor/a que não saiba coreografar e ensinar o que coreografa, no mercado internacional, está completamente anulado. Somos julgados como improvisadores, coreógrafos, comunicadores que saibam explicar técnica, cultura, musicalidade e muitos outros pontos relativos à Dança Egípcia e ainda “Life Coaches” que consigam incentivar as pessoas.

Os alunos esperam o pacote completo.

Eu adiciono a escrita – “The Secrets of Egypt – Dance, Life & Beyond” é o meu primeiro livro publicado - e a gravação de vídeos inspiradores/de formação à receita. Gosto da variedade, dos múltiplos desafios e veículos de comunicação. As mais-valias, em áreas distintas, que o mercado internacional exige estimulam-me.



Nos teus vídeos, abordas algumas vezes a ideia de que muitos dos bailarinos que vês actualmente são artistas que imitam outros, os chamados “copycats”. Consideras que essa é uma tendência na Dança Oriental actualmente? Qual é a tua opinião sobre o panorama da dança oriental nos dias que correm?

A cópia, os seguidores e as máfias associadas a essas realidades ocupam um espaço relevante nos meus vídeos.

Vivemos num mundo rápido que deseja respostas, ou fórmulas, rápidas, universais e infalíveis. Mas a verdade é que a Dança Egípcia traz “outro” mundo, uma proposta diferente que não passa por fórmulas universais, cópias ou seguidores. A Dança Egípcia, como eu a aprendi no terreno, remexendo na lama, literalmente, propõe auto-descoberta, individualidade, expressão da nossa originalidade, uma abordagem pessoal e intransmissível; o exalar, honesto e vulnerável, da nossa alma.

O conflito entre a proposta que a dança traz e aquilo que observo, sempre que vou a um país ensinar, actuar e julgar numa competição, é visível e, para mim, frustrante.

Quem estuda, ou estudou, comigo sabe que existe uma fronteira entre aquilo em que devo interferir e aquilo em que não devo. Posso ensinar técnica, música, estilos, contextos culturais, etc. Tenho plena consciência da enorme bagagem de informação e experiência que posso partilhar com os alunos. Mas também sei, precisamente porque conheço o meu ofício, que existe 50% da dança que é a PESSOA. Não é o que eu lhe ensino mas aquilo que ela, e mais ninguém, pode descobrir e expressar através da dança.

Esse processo de auto-descoberta e expressão do Ser acarreta responsabilidade, riscos e trabalho contínuo – não é toda a gente que está para aí virada. Copiar alguém que saiba, e ficar-se por aí, é um comprimido de efeito rápido, ainda que vazio, que nos poupa de muitos desafios.

Poupa-nos trabalho, o risco de nos expormos e não sermos apreciados, a irresponsabilidade: “isto é a minha professora; não sou eu”.

Existe a fase da cópia em todas as expressões artísticas. O problema é que a maioria das pessoas fica presa nessa fase, sem avançar para a criação da sua identidade, identidade que estará, sem dúvida, em constante mutação/crise/redefinição. Embora eu ensine Individualidade, Empoderamento e Criatividade nas minhas formações, sei que o mercado mais vasto, comercial e de baixo nível artístico, pede outra coisa:

- Dá-me a pílula dourada.

Eu não dou, não porque não a possa forjar. Posso. Mas porque não seria honesto.

Os professores que estimulam essa tendência generalizada para a cópia – a pílula dourada – fazem-no, creio, por diversas razões:

1.      Alguns foram treinados assim. Também eles são cópias de alguém e não sabem ensinar de outra forma.
2.      Outros são originais - no sentido em que criaram a sua identidade, independentemente do interesse que essa identidade possa ter e da fidelidade, ou infidelidade, à essência da Dança Egípcia – mas servem o seu ego, não a arte. Estimulam a cópia, e os seguidores, porque sabem que eles funcionam como instrumento de marketing gratuito. Na verdade, o instrumento de marketing paga-lhes, não são eles que pagam ao instrumento de marketing. Acho-o abominável e totalmente fora do que a Dança Egípcia propõe.
3.      Existem ainda os professores que têm consciência de que devem educar os alunos para a descoberta da sua identidade mas não sabem como fazê-lo. Que dizer, fazer? Que exercícios usar? Como orientá-los pela estrada, frequentemente tortuosa, da auto-descoberta? A pedagogia para chegar aos resultados não vem, automaticamente, incluída no/a pacote do bailarino/a. Dançar e ensinar, bem como coreografar e improvisar, requerem talentos e aptidões distintos. Nem sempre um bom bailarino é um bom professor. E vice-versa.

Apesar da moda corrente, na qual a cópia, a superficialidade, batalha de egos e a competição imperam, eu sinto-me optimista. O pessimismo não é opção simplesmente porque não nos leva a lado algum. O optimismo indica caminhos, propostas alternativas, lembra-nos que podemos fazer alguma coisa, o que estiver ao nosso alcance. Agora.

A Dança Egípcia propõe uma reeducação do Ser. Apesar do panorama actual, existem cada vez mais pessoas interessadas na Jornada da Alma. É nessas que me concentro: são elas o meu público. Todos são convidados a apanhar o comboio mas nem todos estão preparados para tal. Respeito os tempos e níveis de evolução de toda a gente, como respeito os meus.

Apesar da involução da dança, a vários níveis, também existe evolução.

Hoje em dia, há escolas e festivais com todo o tipo de professores, pelo mundo inteiro. Existem vídeos, livros, formas de aprender que não existiam há 10 anos atrás.
Os ocidentais destroem, ou simplesmente ignoram, a essência da dança egípcia mas também lhe adicionam coisas positivas: estrutura, pedagogia, respeito, a perspectiva da dança como assunto académico, aspectos de que os egípcios comuns se riem porque, ainda hoje, não consideram a sua dança como arte. A Dança Egípcia profissional, no Egipto, está sob a alçada do Ministério do Turismo, não da Cultura. Apercebi-me disto quando tratava da minha legalização, como bailarina profissional, no Cairo. Este detalhe diz muito a quem o saiba interpretar.

Muito se destrói e muito se constrói, simultaneamente. Não há evolução sem perdas, erros, equívocos, ilusões, períodos de caos e escuridão. A história do mundo mostra-nos isso – basta observarmos o que está para trás. As coisas repetem-se; a existência humana é cíclica.

Concentro-me em cada viagem de trabalho, cada aula – seja para uma pessoa, dez ou seiscentas -, cada actuação, cada vídeo, cada texto escrito. Concentro-me no MEU trabalho, aqui e agora.
E, apesar de ser o que muitos consideram uma “rebelde”, alguém que vai contra-corrente, o meu trabalho é internacionalmente amado. O resto são pormenores que não me tiram o sono. Há muito a fazer – é nisso que me concentro com a integridade que me é inerente.

Além disso, as modas vão e vêm. A Essência fica. 

Fim da primeira parte
(Não perca a segunda parte da entrevista, dia 28 de julho)

Convidada: Joana Saahirah | Entrevista: Rita Pereira
Julho de 2017

Vale do Fim | Capítulo 39

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Também disponível no Wattpad em http://goo.gl/uVVbsb 

Capítulo 39 - O Sacrifício

    Adão sentia-se impotente enquanto a porta continuava a abanar. Por trás dela, centenas de cópias suas tentavam a todo o custo entrar ali, na sala onde elas tinham sido criadas, na sala onde George fez todo o processo de inseminação artificial que levou à criação daqueles monstros quase imortais. Sabia que estavam ali os três encurralados, ainda por cima com um clone inconsciente com eles, que Peter deitou na maca onde as mulheres eram deitadas no dia em que o processo acontecia.
    O rapaz olhou para aquela maca e tentou pensar o que aquelas mulheres pensavam no momento em que tudo acontecia. Ele não conseguia! Era algo que deveria ser tão aterrador que nem ele próprio tinha consciência do que poderia passar na cabeça delas naquele momento. Lembrou-se de Santiago, de como ele também se deveria sentir cada vez que completava um processo no Quarto da Ovelha. Ele era quase obrigado a fazê-lo, mesmo contra a sua vontade ele tinha de o fazer. Se o seu pai soubesse que ele um dia se revoltaria contra ele, ele podia não o ter ajudado, podia ter morrido muito antes de ter danificado a sala de controlo no dia em que ele fora até Vale do Fim pela primeira vez.
    A porta continuava a abanar e Adão e Will levavam a última secretária para perto da porta. O rapaz achou absurdo aquilo que estavam a fazer. Se eles conseguissem rebentar uma porta blindada como aquela que se encontrava ali naquela sala, eles iriam rebentar com todo o resto sem pestanejar. Nenhum dos objetos que eles tinham colocado ali a travar a porta seria suficientemente forte para travar uma manada como aquela. Eles tinham de ser ágeis a pensar, tinham de ser rápidos a encontrar uma solução, se não o fossem certamente iriam morrer mesmo antes de explodir com a sala de controlo.
    Com o ranger cada vez mais forte da porta Adão sabia, eles estavam condenados, não havia nada que os fizesse chegar à sala de controlo e explodir com ela, eles nunca sairiam daquela sala com vida, os híbridos iriam rebentar com aquela porta em menos de trinta minutos ele tinha a certeza. George tinha fortificado a segurança de todo o edifício subterrâneo, mas certamente nunca pensou em reforçar as portas caso uma centena de híbridos a quisesse rebentar.
    Peter deixou o hibrido inconsciente na maca e pegou no mapa enquanto Adão o observava a fazê-lo.
    - A nossa esperança reside apenas ali, naquela porta! – Disse o rapaz apontando para uma porta que Adão não tinha conhecimento, mas o homem parecia ter. – Aquela porta dá acesso ao local onde o George deixava os híbridos a crescer! O Santiago dizia que lhe chamavam de Área H.
    Tudo aquilo que Peter dizia fazia sentido, ele às vezes ouvira choros de criança, mas nunca as vira realmente, eles tinham de ficar num outro lugar, eles tinham de ficar em algum outro lugar.
    - E como isso nos ajudará a conseguir acabar com a Área de controlo? – Questionou Will, tão curioso como Adão, não viam conexão entre as duas zonas do edifício.
    - Aqui! – Disse Peter apontando uma área no mapa. Era uma zona que ficava bem próxima da sala de controlo. – Nesta área, a parede entre as duas zonas não pode ser muito grande, um explosivo conseguirá abrir uma brecha pela qual o Adão, com a velocidade que consegue atingir conseguirá passar assim que o buraco se abrir.
    Will e Adão ficaram surpresos com a dedução do homem. Olharam para o mapa e poderam perceber que havia mesmo uma sala entre aquela parte da Área H e a parte da Área H. Se George quisesse poderia ter ali feito uma porta, não seria difícil. Talvez aquela sala estivesse ali com esse propósito mesmo, George conseguir destruir a parede e desativar os híbridos caso algo corresse mal. Adão pensou naquele velho, como ele provavelmente tinha pensado em tudo. Ao olhar para o mapa e perceber que ao longo do corredor a distancia entre as duas áreas se tornava menor em relação à espessura da parede era algo que ele podia ter pensado mesmo, pois a seguir àquela sala percebia-se que a espessura voltava a aumentar.
    - Tivemos sorte em acabar nesta sala! – Disse o rapaz. Ficou feliz com a noticia, mas triste com aquilo que teria de fazer logo de seguida. Ele teria de explodir com a sala de controlo, ele não iria ter tempo de sair dela.
    - Achas que por trás daquela porta não teremos híbridos? – Questionou Will. – Não acredito que ele a tenha deixado livre.
    - Não temos outra hipótese! – Dizia Peter enquanto os murros à porta continuavam. – Toda a certeza que tenho é que não há tempo a perder, ou vamos agora ou morremos aqui!
    - Eu vou! – Voluntariou-se Will. – Eu vou à frente e explodirei a parede. Temos três explosivos, restarão dois para a sala de controlo. Eu irei à frente e o Adão seguir-me-á logo depois, com uns minutos de atraso, para que mal eu expluda com a parede ele acabe com a sala de controlo.
    - E eu? – Perguntou Peter.
    - Tu? Bem, algum de nós terá de sair vivo daqui. – Will foi até ao outro segurança que conhecera e partilhava a mesma missão dele. Abraçou-o e atirou para dentro do seu bolso algo que Adão não percebeu o que era, talvez fosse algo que teria um grande valor sentimental para ele. - Tens de o fazer! Tens de o fazer o mais rapidamente possível! – Disse o homem por fim, abraçando Adão, embora olhando para Peter enquanto o abraçava.
    Will abriu a porta que levava à área desconhecida e fechou-a, para que se algum híbrido ali estivesse não entrasse por aquela sala.
    - A quem estava ele a referir-se quando disse que tinha de o fazer depressa? A ti ou a mim? – Perguntou Adão ainda com a curiosidade sobre o que Will tinha posto no bolso de Peter presente.
    - Não sei Adão, não sei! Mas é provável que se esteja a referir a nós dois. – Respondeu o homem, colocando a mão no bolso e retirando de lá o que Will lhe tinha colocado.
  

- Tens de o fazer! Tens de o fazer o mais rapidamente possível! – Disse Will, abraçando Adão, embora o seu olhar estivesse virado para o seu amigo Peter.
    Quando se despediu, abriu a porta que dava acesso ao desconhecido e entrou. Estava escuro, as luzes estavam apagadas, acendendo à medida que Will passava em cada sensor. Trazia consigo o mapa, olhando sempre para a zona onde provavelmente seria a parede onde se encontrava a pequena espessura que dava acesso a uma sala da Área X. Ele tinha de ser rápido, não havia tempo a perder, o relógio estava em contagem decrescente e um segundo a mais poderia ser fatal e os híbridos entrariam no Quarto da Ovelha.
    Quanto mais se aventurava por aquele extenso corredor mais vontade tinha de saber o que se encontrava por detrás daquelas portas. Uma delas parecia ser de uma garagem. Will deduziu que fosse ali que se encontrava o grande avião supersónico que assustava todo o mundo sempre que era visto sobrevoar o céu. Ele não estava ali naquele momento, ou estaria ali um outro de reserva para o caso de um se avariar? Will sentiu-se tentado em espreitar, mas e se estivessem por lá híbridos a guardá-lo? Híbridos! Essa era outra das principais coisas que lhe estavam a invadir a mente naquele preciso momento. Como George foi tão parvo ao não colocar híbridos a guardar aquele sitio? Talvez pensasse que nunca ninguém ali chegasse. Ou talvez ele mantivesse aquele corredor livre para se algum dia ele precisasse de fazer aquilo que ele estava prestes a fazer naquele momento.
    Continuou a percorrer aquele corredor silencioso. O silêncio conseguia fazer aquele sitio um lugar sinistro. Will receava a cada passo que dava que algo pudesse surgir das sombras enquanto a luz não ligava. Ele não conhecia George pessoalmente, mas sabia que ele era um homem de surpresas, sabia que provavelmente ter deixado aquele corredor sem qualquer tipo de segurança podia não ter sido um mero acaso. Não existia também qualquer sinal de Adão, aquele que iria rebentar com a sala de controlo, mas isso não era algo que o fizesse temer, ele podia correr quando ouvisse o estoiro da bomba que iria chegar ao local no momento exato em que tinha de chegar. Ele vira-o correr, ele vira a sua velocidade, ele sabia que ele o era capaz.
    Não havia nada, nenhuma marca na parede que indicasse que era o local que o homem tinha de explodir a bomba. Viu novamente o mapa e observou o espaço da Área H que estava perto da parede menos espessa. Observou que a sala que se encontrava ao lado dessa parede era uma sala grande. Havia uma porta mesmo ao seu lado e ele tinha de ser rápido, ele tinha de perceber a dimensão da sala, tinha de perceber se era ali que era o local onde ele iria explodir a bomba.
    Abriu a porta e ficou incrédulo. Era uma sala enorme cheia de camaratas. E nelas havia centenas de rapazes deitados. Rapazes completamente iguais. Ainda não tinham a idade que tinham os híbridos que andavam a lutar no mundo, deveriam ser os últimos a ser clonados, mas provavelmente teriam força suficiente para o matar antes que a bomba fosse explodida.
    Ficou ainda mais aterrado quando um abriu os olhos de repente. A seguir um outro abriu, e outro. Ele fechou a porta desesperado. Eles não o conheciam e o instinto predador daqueles miúdos já devia estar incutido neles desde cedo. Ele tinha segundos para rebentar com aquela parede. A sorte de Will era que a bomba estava programada, era só carregar no botão e aguardar segundos. Foi isso que fez.
    A bomba explodiu no local exato. Ele conseguiu correr uma boa distancia para que não ficasse ferido, mas a porta da camarata dos híbridos abriu-se, era impossível escapar. Correu para o buraco que abrira na parede mesmo achando que isso era impossível. Conseguiu atravessá-lo, mas os híbridos que não pareciam ter mais de dez anos corriam atras de si. Ainda não estavam totalmente treinados porque apenas um ou outro usou uma velocidade maior e Will conseguiu golpeá-los de forma a livrar-se deles. O pior foram os híbridos que surgiram a seguir, aqueles que provavelmente se encontravam à porta do Quarto da Ovelha que foram para ali assim que ouviram o barulho da explosão. O segurança percebeu que não tinha escapatória, estava completamente encurralado.
    Antes que os híbridos começassem a agredi-lo em todas as partes do corpo, Will vislumbrou alguém a correr. A esperança de que fosse Adão fê-lo sorrir antes de começar a ser pontapeado e perder os sentidos.


Enquanto estava no avião, Peter pensava em tudo o que tinha vivido há menos de um dia. Tentava dormir, mas não conseguia, era difícil fechar os olhos e não voltar a estar no Quarto da Ovelha. Fechar os olhos levava-o para aquele local novamente, para o barulho dos híbridos a tentar rebentar com a porta, levava-o novamente para aquela situação de sufoco e pressão que nunca tinha sentido antes.
    Olhou para o banco do lado. Estava vazio. O seu companheiro do lado não estava ali, provavelmente levantara-se para ir até à casa de banho, mas esse colega de viagem não era Will. Will tinha-se sacrificado, tinha feito um buraco na parede para que Adão pudesse cumprir o seu objetivo. 
    - Abriste os olhos! Pensei que estavas realmente a dormir. – Disse uma voz que já lhe era tão familiar. A sua esposa estava ali, ia deslocar-se com ele a Vale do Fim. Ela era um porto de abrigo que ele precisava naquele momento. – Estavas a pensar nele, neles? – Não era uma questão.
    - Foste onde? – Perguntou-lhe o homem, sem responder à pergunta que a sua mulher tinha feito.
    - Ver se ele estava bem! Ele não precisa de se esconder da população. Ele ajudou a salvar todo o mundo!
    - Mas ele é igual a todos aqueles que o ajudaram a destruir a paz! Eu entendo-o, entendo o Adão! Ele ainda se sente culpado pela morte do Will? – Perguntou Peter curioso.
    A sua mulher agarrou-lhe a mão!
    - Sim, tal como tu! Vocês não foram os culpados da morte dele, ele foi o salvador da humanidade, ele será relembrado por todos os que o conheciam como aquele que livrou o mundo de um ditador como existiram em tempos passados.
    Peter percebeu que a sua mulher não compreendia. Will era um mártir, um homem que se sacrificou para salvar todos, mas a sua vida podia ter sido salva, podia ter sido evitada a tempo. Podiam estar ali os três naquele avião, a caminho de Vale do Fim. Will seria lembrado por todos, poderia até receber uma estátua perto do sitio onde a Área X estava sediada, mas de que valia, de que valia ser relembrado se um dia, uma geração futura o iria esquecer, iria esquecer todos os feitos que ele fizera, iria esquecer que ele deu a vida dele para que os outros pudessem ser livres para sempre.
    - Sabes porque me culpo ainda mais? – Disse ele novamente para a mulher. – Porque ele tinha tudo em mente desde o inicio, desde a entrada na Área X que ele sabia o rumo que queria tomar. Ele estudou o mapa como eu, ele sabia que o Quarto da Ovelha era perto do sitio onde ele agarrou o outro hibrido. Ele projetou tudo para nos salvar e nós nem tivemos tempo de lhe agradecer, ele sabia que ia morrer, mas mesmo assim sorriu, mesmo a dar-me o papel, a abraçar-me, ele encarou tudo isto como um sorriso.
    A mulher abraçou-o quando o viu a soluçar, quando o viu desvair-se em lágrimas. Ele tinha razão para estar assim, se Will tivesse conversado com ele, eles arranjariam uma solução, em vez disso ele escreveu uma carta e escondeu-a na mala de Adão que ficara no apartamento de Lígia e Joel. O papel que ele lhe pusera no bolso eram apenas indicações que se ele lhe tivesse dado mais cedo poderia o ter salvo. Peter sabia, se havia um chip, só podia haver um controlo, só havia forma de capturar um hibrido, se esse hibrido explodisse o buraco ele não iria explodir a sala de controlo, Adão teria de ser aquele que iria colocar a bomba e morreria antes de conseguir sair. Culpava Will por não ter contado sobre aquilo, culpava-o a ele tanto como culpava a si.
    A sua mente voltou atrás, ao momento em que o silencio reinou no Quarto da Ovelha logo após a explosão na sala de controlo. Ele e Adão saíram pela porta da Área H na esperança de encontra-lo vivo, que tivesse conseguido fugir dos híbridos depois de abrir o buraco na parede. Quando o encontraram ele estava por baixo de um monte de clones. Estava a sorrir e uma lágrima cintilou no canto do olho. Peter não sabia se aquela lágrima significava felicidade por provavelmente ter visto o clone passar e destruído a sala que precisava de ser destruída, ou apenas de dor, de sofrimento. Tudo podia ter sido diferente, era tudo o que vinha na cabeça de Peter. Adão ficara igualmente fragilizado com tudo aquilo, ele fizera aquele ato para o salvar, tal como escrevera na carta que lhe deixara.
    Chegaram a Vale do Fim ainda o sol brilhava. Peter pensou que há vinte e quatro horas tudo estava a acontecer, tanto na Área X como ali, no local onde se encontrava agora mais a sua esposa e Adão.
    Foi inexplicável a sensação que sentiu quando viu a mãe do rapaz abrir a porta do carro assim que ele parara o seu veiculo alugado e abraçou o filho. Era aquilo que Will queria que acontecesse, que aquela mulher tivesse a alegria de poder conviver com o filho depois de tantas e tantas desgraças ao longo da sua vida. Era o momento daquela mulher ter paz, era o momento daquela mãe finalmente poder ter o seu tempo com o filho que lhe fora retirado à nascença e que, se o pior acontecesse, lhe seria retirado para a vida. Foi naquilo que Peter pensou no momento em que vira aquela cena, que o Will tinha tomado a decisão por ter um coração de manteiga, por querer ver aquela mulher ter o seu final feliz.
    Ao ver os dois sorrirem Peter não teve coragem de sair do carro, apenas ficou a observar Alina e Adão num misto de alegria e choro. Chorou também, as suas emoções estavam à flor da pele naquele momento. A sua mulher agarrou-lhe a sua mãe e os dois ficaram ali a contemplar aquele amor entre mãe e filho que se tinham voltado a juntar. Se Will ali estivesse tinha chorado com eles, era aquilo que ele queria ter assistido!

"A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares" estreia no TV Cine 1

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Há um sítio onde todos aqueles que são diferentes e têm capacidades fora do normal podem viver em paz e segurança: trata-se d’A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares, de Tim Burton. 

Jacob Portman (Asa Butterfield) cresceu a ouvir as histórias mágicas do seu avô Abe, sobre uma infância passada num refúgio longe do mundo, algures em Inglaterra, longe da II Guerra Mundial. 

É aí, enquanto procura a verdadeira história do seu avô, também ele um ser peculiar, que o rapaz conhece a Senhora Peregrine (Eva Green) e todas as outras crianças peculiares, num mundo mágico que vai ser ameaçado pelos temíveis Hollows. 
Todas as crianças possuíam um talento especial, desde Emma, capaz de manipular o ar, a Enoch, capaz de ressuscitar os mortos dando-lhes um novo coração, ainda Olive, capaz de criar fogo com as mãos, Millard, rapaz invisível, Bronwyn Bruntley, com força sobre-humana, Hugh, com abelhas no lugar de estômago e os gémeos Odwell, com capacidades de Medusa. 

Quando pensa que o seu avô morreu, Jacob resolve investigar o seu passado e descobrir se esta casa de facto existiu. O que se segue é a entrada num mundo mágico e de fantasia, com seres peculiares de um lado e monstros do outro, os tenebrosos Hollows, para além de viagens no tempo e à própria essência de Jacob, e, acima de tudo, a capacidade de sonhar e acreditar num mundo de fantasia. 

A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares estreia a 4 de agosto, sexta-feira, às 21h30, no TV Cine 1. 

Supertaça Cândido de Oliveira está de volta a RTP

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Realiza-se a 5 de agosto, sábado, a edição deste ano da Supertaça Cândido de Oliveira. A estação pública aposta no evento, com uma cobertura exaustiva a partir das 18h30, na Antena 1, no RTP Play e nos canais de televisão.

O jogo da Supertaça entre o Benfica e o Vitória de Guimarães terá início às 20h45, com narração de Manuel Fernandes Silva e  comentários de António Tadeia. A transmissão, na RTP1, inclui a entrega do troféu e das medalhas, assim como a reportagem com os intervenientes da partida, que estará a cargo de Hélder Marques de Sousa e João Miguel Nunes

Antes, a partir das 18h30 e até às 20h30, poderá acompanhar a antevisão ao jogo, numa emissão conduzida por Alexandre Santos na RTP3. Este especial contará com vários convidados dos dois clubes e comentadores RTP, e com os repórteres Helder Marques de Sousa, João Pedro Silva e Clara Osório que nos irão revelar o ambiente vivido no Estádio Municipal de Aveiro nos momentos que antecedem o início do jogo.

As primeiras reações à partida serão na RTP1, prolongando-se a análise ao encontro na RTP3, logo de seguida, até às  24h00, num programa especial conduzido por Alexandre Santos, com vários convidados e reportagem de Hélder Marques da Silva, João Miguel Nunes, Marco Hélio, Manuel Fernandes Silva, Clara Osório e João Pedro Silva.

The Walking Dead com filmagens suspensas devido à morte de ator

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Produtora da série parou as gravações da 8.ª temporada, que estreia a 22 outubro, devido à morte do duplo John Bernecker. Neste sentido, principais atores mostram-se devastados pela perda.


A produtora norte-americana AMC Networks anunciou ter suspendido as gravações dos episódios da 8.ª temporada da série 'The Walking Dead', na sequência da morte do duplo John Bernecker, devido a uma queda durante a filmagens.

Segundo um médico legista do hospital de Atlanta, cidade capital do estado norte-americano da Georgia, confirmou que o ator morreu devido ao trauma. A produtora, em comunicado, referiu que"Estamos tristes por informar que John Bernecker, um talentoso duplo de diversas séries e filmes, sofreu graves ferimentos durante as gravações. Foi imediatamente transportado para o hospital de Atlanta e parámos temporariamente a produção da série. O John e a sua família estão nos nossos pensamentos e orações"

A atriz Lauren Cohan, que interpreta Maggie Rhee na série, escreveu no twitter: "Querida família Walking Dead, por favor, mantenhamos John Bernecker, o nosso duplo e a sua família nas nossas orações de hoje".
 


Em acréscimo, a produtora da série, Gale Anne Hurd, ainda referiu no: "Todos estamos a rezar por ele, pela sua família, amigos e colegas".


Recorde-se que a 8ª temporada da série 'The Walking Dead' estrear-se-á a 22 de outubro, data que foi revelada na Comic Com San Diego nos Estados Unidos da América. Veja o trailer da nova temporada:


Final do "CC Casting 2017" hoje na SIC Radical

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O CC Casting 2017 chega hoje ao fim, na SIC Radical. Esta quinta-feira, 27 de julho, o programa irá escolher a grande vencedora e a próxima cara a fazer parte da equipa de apresentação do programa a partir de Setembro.
  
Catarina Moreira, Pureza Mendonça, Yolanda Tati, Susana Vieira e Sara Cecília são as finalistas que disputam desde 24 de Abril a vitória final num conjunto total de mais de 350 candidatas.
A final do CC Casting 2017 vai para o ar em direto, pelas 16h50.

Matosinhos acolhe exposição histórica da Cooperativa Árvore

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De 29 de julho a 2 de setembro, a Galeria Municipal de Matosinho recebe a “Exposição Coletiva dos Sócios da Árvore". A inauguração acontece no dia 29 de julho, às 17 horas.

A exposição atinge este ano a sua trigésima primeira edição e, num gesto pouco habitual, abandona o palacete das Virtudes onde está sediada a cooperativa artística portuense e transfere-se para a Galeria Municipal de Matosinhos. A já histórica e singular mostra dos trabalhos dos associados da Árvore contará desta vez com mais de cento e cinquenta obras de pintura, desenho, escultura e fotografia de produção contemporânea.

Fundada em 1963, a Cooperativa Árvore assumiu-se como um incontornável centro de reflexão e produção artística, empenhado também na participação cívica dos artistas e intelectuais da região. Alguns dos principais criadores nacionais estão ou estiveram, por isso, ligados à instituição, participando regularmente nesta exposição anual que junta um conjunto heterogéneo de propostas artísticas. 

Reconhecida pelo Estado português como um organismo privado de utilidade pública, a Árvore conta 52 anos de vida e cerca de 1.440 associados, persistindo na produção e difusão cultural de forma livre e independente.

Em Matosinhos, refira-se, a grande festa dos associados da cooperativa terá lugar num espaço, a Galeria Municipal, desenhado por um dos mais notáveis sócio da Árvore, o arquiteto Alcino Soutinho, e palco habitual de uma programação quase totalmente dedicada à arte contemporânea, cuja qualidade e coerência a transformam numa das principais referências do panorama de artes plásticas da região e do país.

A entrada é livre e a exposição poderá ser visitada de segunda a sexta das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30. Aos sábados e feriados, estará aberta das 15h às 18h, estando encerrada ao domingo.

MTV VMA 2017 | Kendrick Lamar lidera nomeações

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A cerimónia dos MTV Video Music Awards 2017 realiza-se a 27 de agosto e será emitida em direto pela MTV Portugal, a partir do The Forum, em Inglewood, Califórnia. Kendrick Lamar soma oito nomeações e lidera a lista de escolhidos.

Também Katy Perry e The Weeknd estão entre os mais nomeados, com cinco nomeações cada. A partir de hoje, os fãs podem votar nos seus nomeados favoritos às várias categorias dos VMA, incluindo “Vídeo do Ano”, “Artista do Ano” e “Melhor Colaboração”, disponível em www.vma.mtv.com. 

Os nomeados para a categoria de “Melhor Música de Verão” serão anunciados em breve.

Conheça de seguida a lista completa dos nomeados:

VÍDEO DO ANO

Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope)
Bruno Mars – “24K Magic” (Atlantic Records)
Alessia Cara – “Scars To Your Beautiful” (Def Jam)
DJ Khaled ft. Rihanna & Bryson Tiller – “Wild Thoughts” (Epic Records/We The Best)
The Weeknd – “Reminder” (XO/Republic Records)

ARTISTA DO ANO
Bruno Mars (Atlantic Records)
Kendrick Lamar (TDE/Aftermath/Interscope)
Ed Sheeran (Atlantic Records)
Ariana Grande (Republic Records)
The Weeknd (XO/Republic Records)
Lorde (Republic Records)

ARTISTA REVELAÇÃO
Khalid (RCA Records)
Kodak Black (Atlantic Records)
SZA (TDE/RCA Records)
Young M.A (3D)
Julia Michaels (Republic Records)
Noah Cyrus (Records)

MELHOR COLABORAÇÃO
Charlie Puth ft. Selena Gomez – “We Don’t Talk Anymore” (Atlantic Records)
DJ Khaled ft. Rihanna & Bryson Tiller – “Wild Thoughts” (Epic Records/We The Best)
D.R.A.M. ft. Lil Yachty – “Broccoli” (Atlantic Records)
The Chainsmokers ft. Halsey – “Closer” (Disruptor Records/Columbia Records)
Calvin Harris ft. Pharrell Williams, Katy Perry & Big Sean – “Feels” (Columbia Records)
Zayn & Taylor Swift – “I Don’t Wanna Live Forever (Fifty Shades Darker)” (Republic Records)

MELHOR VÍDEO POP
Shawn Mendes – “Treat You Better” (Island Records)
Ed Sheeran – “Shape of You” (Asylum/Atlantic Records)
Harry Styles – “Sign Of The Times” (Columbia Records)
Fifth Harmony ft. Gucci Mane – “Down” (Syco Music/Epic Records)
Katy Perry ft. Skip Marley – “Chained To The Rhythm” (Capitol Records)
Miley Cyrus – “Malibu” (RCA Records)

MELHOR VÍDEO DE HIP HOP
Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope)
Big Sean – “Bounce Back” (Def Jam)
Chance the Rapper – “Same Drugs” (Chance the Rapper LLC)
D.R.A.M. ft. Lil Yachty – “Broccoli” (Atlantic Records)
Migos ft. Lil Uzi Vert – “Bad & Boujee” (300 Entertainment)
DJ Khaled ft. Justin Bieber, Quavo, Chance the Rapper & Lil Wayne – “I’m The One” (Epic Records/We The Best)

MELHOR VÍDEO DE ELETRÓNICA

Zedd and Alessia Cara – “Stay” (Interscope)
Kygo x Selena Gomez – “It Ain’t Me” (Ultra/Interscope)
Calvin Harris – “My Way” (Columbia Records)
Major Lazer ft. Justin Bieber and MØ – “Cold Water” (Mad Decent)
Afrojack ft. Ty Dolla $ign – “Gone” (Wall Recordings/Latium/RCA Records)

MELHOR VÍDEO DE ROCK

Coldplay – “A Head Full of Dreams” (Parlophone/Atlantic Records)
Fall Out Boy – “Young And Menace” (Island)
Twenty One Pilots – “Heavydirtysoul” (Fueled by Ramen/Atlantic Records)
Green Day – “Bang Bang” (Warner Bros. Records)
Foo Fighters – “Run” (RCA Records)

MELHOR VÍDEO DE LUTA CONTRA O SISTEMA
Logic ft. Damian Lemar Hudson – “Black SpiderMan” (Def Jam)
The Hamilton Mixtape – “Immigrants (We Get the Job Done)” (Atlantic Records)
Big Sean – “Light” (Def Jam)
Alessia Cara – “Scars To Your Beautiful” (Def Jam)
Taboo ft. Shailene Woodley – “Stand Up / Stand N Rock #NoDAPL”
John Legend – “Surefire” (Columbia Records)

MELHOR CINEMATOGRAFIA

Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope) (Scott Cunningham)
Imagine Dragons – “Thunder” (KIDinaKORNER/Interscope) (Matthew Wise)
Ed Sheeran – “Castle On The Hill” (Asylum/Atlantic Records) (Steve Annis)
DJ Shadow ft. Run The Jewels – “Nobody Speak” (Mass Appeal Records LLC) (David Proctor)
Halsey – “Now or Never” (Astralwerks/Capitol) (Kristof Brandl)

MELHOR DIREÇÃO
Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope) (Dave Meyers & the little homies)
Katy Perry ft. Skip Marley – “Chained To The Rhythm” (Capitol Records) (Mathew Cullen)
Bruno Mars – “24K Magic” (Atlantic Records)  (Cameron Duddy & Bruno Mars)
Alessia Cara – “Scars To Your Beautiful” (Def Jam) (Aaron A)
The Weeknd – “Reminder” (XO/Republic Records) (Glenn Michael)

MELHOR DIREÇÃO ARTISTICA
Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope) (Spencer Graves)
Bruno Mars – “24K Magic” (Atlantic Records) (Alex Delgado)
Katy Perry ft. Migos – “Bon Appetit” (Capitol Records) (Natalie Groce)
DJ Khaled ft. Rihanna & Bryson Tiller – “Wild Thoughts” (Epic Records/We The Best) (Damian Fyffe)
The Weeknd – “Reminder” (XO/Republic Records) (Creative Director: Lamar C Taylor / Co-creative Director: Christo Anesti)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope) (Company: Timber/Lead: Jonah Hall)
A Tribe Called Quest – “Dis Generation” (Epic Records) (Company: Bemo/Lead: Brandon Hirzel)
KYLE ft. Lil Yachty – “iSpy” (Atlantic Records) (Company: Gloria FX/Leads: Max Colt & Tomash Kuzmytskyi)
Katy Perry ft. Skip Marley – “Chained To The Rhythm” (Capitol Records) (Company: MIRADA)
Harry Styles – “Sign Of The Times” (Columbia Records) (Company: ONE MORE/Lead: Cédric Nivoliez)

MELHOR COREOGRAFIA
Kanye West – “Fade” (Def Jam) (Teyana Taylor, Guapo, Jae Blaze & Derek ‘Bentley’ Watkins)
Ariana Grande ft. Nicki Minaj – “Side To Side” (Republic Records) (Brian & Scott Nicholson)
Kendrick Lamar – “HUMBLE.” (TDE/Aftermath/Interscope)  (Dave Meyers)
Sia – “The Greatest” (Monkey Puzzle Records/RCA Records) (Ryan Heffington)
Fifth Harmony ft. Gucci Mane – “Down” (Syco Music/Epic Records) (Sean Bankhead)

MELHOR EDIÇÃO
Future – “Mask Off” (Epic Records/Freebandz/A1) (Vinnie Hobbs of VHPost)
Young Thug – “Wyclef Jean” (300 Entertainment/Atlantic Records) (Ryan Staake & Eric Degliomini)
Lorde – “Green Light” (Republic Records) (Nate Gross of Exile Edit)
The Chainsmokers ft. Halsey – “Closer” (Disruptor Records/Columbia Records) (Jennifer Kennedy)
The Weeknd – “Reminder” (XO/Republic Records) (Red Barbaza)

Hillary Clinton vai lançar livro sobre as eleições americanas

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Novo livro da candidata do partido democrata chama-se 'O que Aconteceu' e baseia-se, sobretudo, na campanha presidencial de Donal Trump.



Hillary Clinton, a candidata do partido democrata, vai lançar um livro sobre as eleições presidenciais. Esta obra chamar-se-á 'What Happened' (o que aconteceu) e pretende mostrar a sua perspectiva.

Entre os emails revelados pela Wikileaks, a ascensão de Donald Trump, a disputa nas primárias com Bernie Sanders, a oportunidade perdida de poder ser a primeira mulher presidente dos Estados Unidos e a influência russa nas eleições, são muitas as matérias que marcaram os últimos dois anos de vida de Hillary Clinton.

Na sua página no Twitter, Hillary confirmou a obra que será lançada a 12 de setembro nos Estados Unidos da América.

Um pequeno trailer preparado pela página Now This mostra alguns dos temas em destaque nesta obra da antiga candidata do partido democrata.

"Peregrinação"é o novo filme de João Botelho | Veja o trailer

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O filme Peregrinação de João Botelho tem estreia marcada para este ano. As filmagens decorreram em locais como Portugal, China, Macau, Japão, Índia, Malásia, Vietname e Indonésia.

Este trabalho parte da obra de Fernão Mendes Pinto. O filme é protagonizado por Cláudio da Silva, com quem João Botelho já trabalhou no Filme do Desassossego. Além de interpretar Fernão Mendes Pinto, o ator veste também a pele de António Faria, um corsário terrível que decapita, viola, rouba, tudo em nome de deus.

O realizador descreve este filme como sendo "um filme de aventuras, literário e uma epopeia musical", a partir de fragmentos de um "desmedido e louco romance de mil páginas". 

Veja o primeiro trailer do filme:


Fora de Casa | 27 de Julho a 2 de Agosto

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Todas as semanas, o Fantastic apresenta-lhe algumas sugestões culturais, com concertos, peças de teatro, espetáculos ou outros eventos que poderá visitar. Nesta edição do Fora de Casa, conheça algumas das propostas para a semana de 27 de julho a 2 de agosto. 


Foto de Gerês Rock'Fest.
GERÊS ROCK'FEST | TERRAS DE BOURO

Nos dias 28 e 29 de julho vá até ao Gerês Rock'Fest, no Campo do Gerês, em Terras de Bouro, e disfrute de um festival que junta música e campismo.
Os bilhetes para dia 28 têm o valor de 15 euros,enquanto que para dia 29 custam 20 euros. Se preferir o passe, terá que desembolsar 30 euros.
Do cartaz fazem parte nomes como PAUS, Blind Zero, Amor Terror, Carolina Drama, Bed Legs, e muitos outros.




Foto de Dogga' live- Festival Canino.
DOGGA' LIVE | VILA NOVA DE GAIA

Nos dias 29 e 30 de julho não perca o festival canino Dogga' live, que se irá realizar em S. Paio Canidelo, Vila Nova de Gaia, entre as 10 e as 19 horas.
O Dogga' live, é um evento que visa fomentar o convívio entre as famílias portuguesas e os seus cães de estimação, através de múltiplas atividades didáticas, e com uma forte componente positiva, recebendo as famílias a formação e informação necessárias, para desenvolverem as suas competências enquanto tutores dos seus cães.
O evento contará com associações de bem-estar animal, que terão o papel de sensibilização das famílias para a adoção de cães.
Será efetuada, após o evento, a doação de uma percentagem das receitas do Dogga' live, à associação que apresentar as melhores práticas de gestão e organização, pré e durante o evento.




Foto de Associação Moradores Areia Ama.
FESTAS POPULARES AREIA/ GUINCHO'17 | CASCAIS

De 28 a 30 de julho decorrem, na aldeia de Areia, em Cascais, as Festas Populares Areia/ Guincho'17, que contam com arraial, baile popular, petiscos, churrasco, feira do artesanato, animação infantil, pinturas faciais e animação de rua.
Por certo, um programa para toda a família, a não perder.




Foto de Clube de Gatos do Sapo.
"VIAGEM AO MUNDO DOS GATOS" | LISBOA

No próximo sábado, 29 de julho, os membros do Clube de Gatos do Sapo irão apresentar o seu mais recente livro "Viagem ao Mundo dos Gatos", na loja Quatro Patas, no Centro Comercial Colombo, pelas 16 horas.
A receita da venda dos mesmos será entregue a associações de protecção animal, nomeadamente, a Tico & Teco, o Projecto Amor Animal e a Adoromimos.




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EXPOFACIC | CANTANHEDE

De 27 de julho a 6 de agosto decorre, no Parque Expo-Desportivo S. Mateus, a 27ª edição da Expofacic – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede.
Para além de um cartaz de artistas internacionais e nacionais de grande qualidade, aquela que é considerada a maior festa da região centro, aposta também numa área cultural e educativa animada com várias exposições, que vão surpreender os visitantes pela sua diversidade e interesse para todas as faixas etárias.
Para os mais pequenos, haverá ainda a exposição Arte em Peças, que vai ocupar um espaço de 1500 metros quadrados com construções em LEGO, podendo os visitantes experimentar e criar as suas próprias construções, assim como o Espaço Ciência, fruto de uma parceria com o Exploratório, Centro de Ciência Viva em Coimbra, com labirintos, luas gigantes, morcegos, jogos de luz e cor e fotografias fantásticas dos astros e do espaço.
Tudo isto e muito mais, a visitar este ano na Expofacic
Para conhecer o programa da Expofacic visite o site oficial: www.expofacic.pt.




Foto de McDonald's.
PRAIA URBANA MCDONALD'S | LISBOA

Este fim de semana, todos os caminhos vão dar à Praia Urbana da McDonald's, junto à FIL, no Parque das Nações. A partir das 10 horas de sábado, até às 20 horas de domingo, apareça por lá com o melhor look de praia e chinelo no dedo.
Haverá atividades para todos os gostos, como surf, música, zona de puffs em forma de gelado, espreguiçadeiras e chapéus de sol, jogo para construção de sundaes, máquina para aplicação de protetor solar, e muitas outras surpresas refrescantes.




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MIA ROSE | SÃO MARTINHO DO PORTO

Mia Rose sobe ao palco, em São Martinho do Porto, Alcobaça, no próximo sábado, pelas 22 horas, para mais um grande concerto de verão, onde poderá ouvir alguns dos temas mais conhecidos da cantora luso-britânica, como "Take My Hand", "Tudo Pra Dar" ou o mais recente single "Sussuro".
A entrada é livre.




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MEO SUDOESTE | ZAMBUJEIRA DO MAR

De 1 a 5 de agosto não perca mais uma edição do Meo Sudoeste, na Herdade da Casa Branca, Zambujeira do Mar.
Este é um dos eventos mais aguardados, todos os anos, por dezenas de festivaleiros, e que este ano conta com a presença de artistas como April Ivy, The Chainsmokers, Lil Wayne, Jamiro Quai, Dua Lipa, Richie Campbell, Matias Damásio, Calema e muitos mais.
Bilhetes à venda nos locais habituais.

Fora de Casa - Edição 33
Por Marta Segão

"O Meu Nome é Alice" estreia na RTP1

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O filme protagonizado por Julianne Moore estreia na estação pública no dia 3 de agosto, quinta-feira, pelas 23h00.  

O filme relata a luta assustadora, comovente e inspiradora de Alice para manter a ligação à pessoa que sempre foi. Aos 50 anos, Alice Howland é uma mulher realizada: tem um casamento feliz, os filhos criados e uma carreira brilhante como professora universitária de linguística.

Tudo corre bem até ao momento em que começa a esquecer-se de palavras banais e a baralhar as coisas mais simples do dia a dia. Depois de realizar exames, recebe o aterrador diagnóstico: Alzheimer precoce.

Ciente do que o futuro lhe reserva, Alice está determinada a viver um dia de cada vez e a superar cada contrariedade. Vai vivendo cada momento sabendo que a doença vai alterar totalmente a forma como perceciona o mundo. Os seus laços familiares serão também fortemente testados.
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