Quantcast
Channel: Fantastic - Cultura na palma da tua mão
Viewing all 14888 articles
Browse latest View live

"O Sr. Perfeito" estreia no TV Cine 1

$
0
0

E se o homem perfeito não for assim tão perfeito? Bonito, charmoso, divertido, combinação ideal mas... um assassino profissional. Será que por esse pormenor deixa de ser O Sr. Perfeito, de Paco Cabezas? 

Depois de muitas relações frustradas, Martha (Anna Kendrick) estava prestes a desistir. Até que um dia embate com Francis (Sam Rockwell) numa loja de conveniência, com várias caixas de preservativos na mão, e a atração entre os dois é fatal e imediata. 
Acontece que, poucas horas antes, Francis tinha acabado de despachar com vários disparos uma mulher que o tinha contratado para assassinar o marido. Quando saíram juntos essa noite Francis contou-lhe que a sua ‘profissão’ era a de assassino contratado. 

Mas Martha, perdida de amores, achou que ele estava simplesmente a brincar. Até que, à medida que a polícia tenta seguir o rasto de Francis e juntar as pistas, Martha apercebe-se que Francis não estava apenas a ser engraçado. No entanto coloca-se o dilema: ela esta mesmo apaixonada. Será que o facto de o homem perfeito, só porque é assassino profissional, faz com que deixe de ser o Sr. Perfeito? 

O Sr. Perfeito estreia a 5 de agosto, sábado, às 21h30, no TV Cine 1.

"Volta a Portugal 2017" na RTP de 4 a 15 de agosto

$
0
0

A RTP será a televisão oficial da 79ª Volta a Portugal Santander Totta. Entre 4 e 15 de agosto, a maior competição nacional de ciclismo regressa nesta emissão que contará com mais de 30 horas de emissão.

A estação pública irá emitir, diariamente, a última hora e meia de cada etapa entre as 15h15 e as 18h00 na RTP1. No RTP Play poderá acompanhar a etapa durante este período. A RTP3 irá acompanhar a partida da etapa do dia, pelas 12h30, no seu “Jornal de Desporto”.  

Entre o prólogo de Lisboa e a consagração na cidade de Viseu têm a palavra os homens que vão pedalar os exigentes mais de 1.628 Km da 79ª edição da Volta a Portugal Santander Totta. As etapas da prova contarão com a dupla habitual e imprescindível constituída pelo comentador RTP, Marco Chagas, e pelo jornalista da RTP João Pedro Mendonça, como narrador. A reportagem será assegurada pelos jornalistas Hugo Cadete, Carlos Manuel Albuquerque e Inês Gonçalves.

 Paralelamente, haverá uma articulação natural entre a Volta a Portugal Santander Totta e o programa “Há Volta”. A RTP1, com pretexto de mostrar Portugal ao país, irá emitir diariamente, o programa “Há Volta”, em direto, entre as 10h00 e as 15h15, com exceção ao domingo de manhã, interrompendo apenas para o “Jornal da Tarde”, a partir das localidades de chegada da competição. 

A edição deste ano do programa “Há Volta”, apresentado por: Catarina Camacho, Joana Teles e Helder Reis, terá como principal objetivo a proximidade entre a RTP e o seu público. Tanto através da interatividade com o público presente, como com o telespetador, através de diferentes desafios lançados no programa.

A Antena 1, a rádio oficial da Volta a Portugal Santander Totta, acompanhará a prova em permanência com a equipa de jornalistas: Pedro Ribeiro e Horácio Antunes. De segunda a sexta feira, acompanhe o “Diário da Volta”, às 19h30, na Antena 1 e conheça os momentos do dia, bem como uma antevisão da prova do dia seguinte.

"Punta Escarlata"é a nova série espanhola da SIC Radical

$
0
0

A série de suspense espanhola estreia no dia 4 de agosto às 17h15 e vai para o ar de segunda a sexta no mesmo horário.

Punta Escarlata conta a história de Bosco Ruiz e Max Vila, dois polícias que recebem um estranho caso para resolver: uma adolescente tem uma visão onde encontrava duas meninas desaparecidas enterradas há oito anos numa aldeia costeira chamada Punta Escarlata.

Quando descobrem os cadáveres, os polícias encarregam-se do caso, ainda que não será tão fácil de resolver como pode parecer, pois todos nesse lugar são suspeitos. Todos os habitantes ocultam algo.

A série conta com apenas uma temporada, composta por nove episódios.

Festival "A SALTO" está de volta a Elvas este fim-de-semana

$
0
0

Depois da edição zero, em 2016, a Associação Cultural UMCOLETIVO, organiza a primeira edição efetiva do festival. A tomada de assalto pelas artes vai acontecer em Elvas de 28 a 30 de julho.

O Festival “A SALTO - Tomada Artística da Cidade de Elvas é um evento cultural que privilegia a apresentação pública de projetos artísticos transdisciplinares, em diálogo com a topografia social e arquitectónica do município de Elvas.”

Durante o último fim-de-semana de julho a organização prevê receber cerca de dois mil espetadores ao longo dos três dias para presenciar os projetos das mais diversas áreas das artes do espetáculo. No total são 22 projetos e mais de meia centena de artistas envolvidos que apresentarão as suas intervenções de teatro, ilustração, fotografia, arte pública, entre outras.

Dos 22 projetos incluídos na programação do festival, quatro resultaram da escolha da comunidade anfitriã do A SALTO. As escolhas dos elvenses são: Museu Imaginário, de Rita Sales; Elvas Al Andar, do mexicano Fernando Aranda; Deslocamentos – Vista Sua Existência, da brasileira Simone Donatelli; e CartografandOsol, de Filipa Pontes.

Os projetos que vão ser apresentados no centro histórico da cidade de Elvas, no interior das suas muralhas, levantam “questões contemporâneas relacionadas com a definição estável da arte, promovendo a consciência da realidade capturada pelos sentidos”.

Depois do balanço muito positivo da edição experimental, em 2016, a iniciativa da UMCOLETIVO pretende este ano consolidar a realização em Elvas deste evento que reúne projetos nas áreas do teatro, pintura, ilustração, fotografia e arte pública, entre outras.

A “emersão como uma cidade transformada e reimaginada” é a promessa da UMCOLETIVO, com a tomada de assalto da cidade património Mundial da UNESCO durante os três dias do festival.

A organização do festival conta com o apoio da Câmara Municipal de Elvas. Conheça a programação completa aqui.

"Super Brainstorm" está de volta à RTP1

$
0
0

No próximo dia 31 de julho, segunda-feira, a estação pública aposta em mais uma edição de Super Brainstorm. A emissão especial do concurso vai para o ar às 21h00. 

Pedro Fernandes conduz a quarta edição dos especiais Super Brainstorm, onde só têm lugar os melhores concorrentes do concurso de cultura geral das noites da RTP1.

Após destronar o vencedor das edições anteriores e já com 20.900€ acumulados, o vencedor Tiago Fardilha vai enfrentar agora um dos melhores campeões que passou pelo Brainstorm, o João Nabais.

 Com a Caixa a valer à partida 20.000€ e cada pergunta 2.500€, os concorrentes que conseguem qualificar-se para esta liga dos vencedores jogam tudo para ganhar.

"Sob Pressão"é a nova série média da Globo Premium

$
0
0

A série tem estreia marcada para o dia 1 de agosto, às 20h55, no canal Globo Premium. Sob Pressão é uma produção que nasceuda longa-metragem homónima de Andrucha Waddington.

“A série apresenta a realidade do trabalho dos médicos de um hospital do subúrbio carioca, mas também a vida pessoal desses profissionais. É um recorte do que acontece nas emergências do Rio de Janeiro”, explica Andrucha Waddington, que assina a direção geral da série. “Estou adorando juntar cinema e televisão. Independentemente da plataforma, o que interessa é o conteúdo. Está sendo um prazer, um trabalho maravilhoso”, completa.

Em Sob Pressão, Marjorie Estiano veste a pele da cirurgiã Carolina. A atriz espera que o seu trabalho seja também uma forma de alertar para a realidade das equipas médicas. “É sempre importante mobilizar e transformar. A gente sabe que a falta de recursos nos hospitais existe, mas a série aprofunda isso. Queremos apontar essas questões através do entretenimento”, sublinha.

Já o ator Julio Andrade, que interpreta o médico Evandro, par romântico da personagem de Marjorie Estiano na série, tece elogios rasgados a quem trabalha nos hospitais.  “Esse médicos são como heróis, eles se viram com o que têm. O Evandro é um pouco o MacGyver da Medicina”, considera.

Além de Evandro (Julio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano), a equipa médica de Sob Pressãoé formada pelos personagens Samuel (Stepan Necerssian), o diretor do hospital; Décio (Bruno Garcia), o clínico geral; Rafael (Tatsu Carvalho), o neurocirurgião; Amir (Orã Figueiredo), o anestesista; Charles (Pablo Sanábio), o residente; Jaqueline (Heloisa Jorge), enfermeira e Kelly (Talita Castro), técnica de enfermagem.

A série  é uma coprodução da Globo com a Conspiração, criada por Luiz Noronha, Claudio Torres e Renato Fagundes a partir de uma ideia original de Mini Kerti, livremente inspirada no livro "Sob Pressão – A rotina de guerra de um médico brasileiro”, escrito por Marcio Maranhão.

Salvador Sobral vaiado em Sesimbra

$
0
0

O vencedor da Eurovisão 2017 não cantou o tema "Amar pelos Dois" deixando o público descontente, num concerto do projeto Alma Nuestra.

Salvador Sobral foi vaiado pelo público durante um concerto que deu, com a banda Alma Nuestra, na Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, esta semana.

Segundo o site da revista Flash, Salvador Sobral deu voz ao projeto do compositor cubano Victor Zamora (no piano), com Nelson Cascais no contrabaixo e André Sousa Machado na bateria.

Ainda que o repertório do grupo seja composto por canções da América Latina, os espectadores pediram repetidamente que Salvador Sobral cantasse "Amar pelos Dois", o tema que lhe valeu a vitória no Festival da Eurovisão, em maio.

"Durante cerca de cinco minutos, centenas de pessoas não arredaram pé e continuaram à espera do regresso do herói de Kiev. Bateram palmas com maior ou menor força e nada; chamaram por ele e nada; vaiaram com assobios e apupos e nada. Nem sombra de Salvador ou da canção que o celebrizou em maio último e que tem arrastado multidões (...)", escreve-se no site da Flash.

RTP2 exibe "Lágrimas e Suspiros" de Ingmar Bergman

$
0
0


O filme do reconhecido cineasta sueco vai para o ar esta sexta-feira, dia 28 de julho, pelas 23h50. Trata-se de um retrato de Ingmar Bergman sobre a morte e as relações interpessoais.

Lágrimas e Suspiros é um retrato inesquecível do sofrimento e uma das mais fascinantes e dolorosas reflexões sobre a morte e a inevitabilidade do desaparecimento.

A história passa-se no final do século XIX. Agnès sofre de uma doença terminal e vive no campo com a sua dedicada criada, Anna. Cada vez mais próxima da morte, Àgnes recebe a visita das duas irmãs que vivem angustiadas com os seus próprios dramas pessoais. Anna é a única que acarinha Agnès e que irá acompanhar nos últimos minutos de vida…

Lágrimas e Suspiros venceu o Óscar para Melhor Fotografia, em 1974. Ingmar Bergan foi distinguido com o Grande Prémio do Festival de Cannes, em 1973.

Fantastic Entrevista | Joana Saahirah (Parte II)

$
0
0

Nesta edição do Fantastic Entrevista estamos à conversa com Joana Saahirah, uma portuguesa que partiu para o Egipto para seguir o seu sonho. Antes disso, estudou teatro, praticou bailado clássico, mas percebeu que a Dança Oriental era a sua linguagem. Atualmente, é um dos nomes mais bem sucedidos e respeitados do circuito da Dança Oriental.

A esmagadora maioria dos festivais de Dança Oriental comporta a vertente da formação mas também uma vertente ligada à competição, algo que para alguns artistas (não só da área da dança) é considerado profícuo e para outros nem por isso. Qual a tua opinião sobre os concursos e sobre a competição na tua área profissional? Consideras que pode acrescentar algo à dança ou aos seus praticantes?

Por princípio, a competição é contrária à Dança Egípcia. Ou vice-versa. Se a dança é pró-originalidade, individualidade, amor e vulnerabilidade, não pode ser pró-competição que parte, temos de admiti-lo, da COMPARAÇÃO.

-Quem é melhor? Eu ou ela? – Eis a pergunta que está na cabeça de uma bailarina que entre numa competição, a energia que coloca, automaticamente, uma espada e uma armadura sob o corpo de quem dança.
Essa comparação, e a agressividade que é necessária para vencer, colocam as pessoas fora da frequência que a Dança Egípcia propõe: o amor, a liberdade, a originalidade, o princípio da não comparação, aquilo que nos une (a Alma), não o que nos separa.

Tendo feito esta clarificação, é bom acrescentar que a competição pode ter alguns benefícios, se as pessoas os souberem usar:

1.      Pode funcionar como estímulo para o trabalho. Se uma pessoa sabe que vai competir/apresentar-se em público sob o olhar de um júri, no dia tal às tantas horas, vai trabalhar para dar o seu melhor. Isto é positivo.

2.      Quem compete pode pedir feed-back da sua prestação aos júris depois do encerramento da competição. Isto aconteceu-me várias vezes na Rússia, onde as competições são o centro dos eventos: encontrei-me com pessoas que tinham competido pouco depois de a competição ter sido dada como encerrada. As pessoas pedem feed-back, eu mostro-lhes a folha da sua pontuação e justifico aquilo que achar interessante para o seu desenvolvimento. Esses encontros pós-competição são maravilhosos e abrem portas, se as pessoas as quiserem usar.

Há também que referir a questão do marketing: ganhar competições pode ajudar a “vender” um/a bailarino/a em mercados pouco, ou nada, informados. Eu cheguei a julgar uma bailarina, em Moscovo, a quem, justificadamente, dei pontuação baixa e, uma semana mais tarde, vi publicidade dessa bailarina que a apresentava como a Grande Estrela vinda da Rússia.
A pessoa a quem tinha julgado há uma semana atrás – pouco preparada, tensa e maquinal, emocionalmente estéril, sem noção do que é interpretar uma música -, estava a ser vendida para o mercado da América Latina como uma grande estrela. Tudo porque ganhou a competição (os júris que estavam comigo não concordaram com o meu julgamento).

Isto é de loucos! Mas é a realidade e há que lidar com ela. Não vale perder o meu tempo, maldizendo as competições e o bluff que vende a banha da cobra. Faço o que me parece interessante e nunca perco a oportunidade de conversar, pessoalmente, com as bailarinas que queiram evoluir. Dentro ou fora das competições.

     Há décadas que és convidada para entrevistas na televisão portuguesa onde falas sobre a origem da Dança Oriental e tentas esbater a ideia orientalista de que esta é uma dança erótica. Contudo, parece que desde o início da tua jornada – pelo menos em Portugal – pouco mudou. O que achas que pode e/ou deve ser feito para mudar esta realidade?

Décadas, ainda não. Lá chegarei, se Deus quiser.
Parecem séculos, na verdade, mas são apenas 16 anos. Comecei a trabalhar, profissionalmente, nesta área em 2001, em Portugal. Mudei-me para o Egipto em 2003. O tempo que passei em Portugal, implementando as bases de um mercado que já não reconheço, foi curto mas intenso. Estava a gravar, como actriz, na televisão e isso tornava a minha cara conhecida do grande público, algo que ajudou a divulgação da Dança Egípcia e do trabalho que já desenvolvia por cá, nessa altura.

Sempre combati a ideia, mais que batida, da Dança Egípcia como uma linguagem erótica cujo objectivo é seduzir o outro. Essa imagem da odalisca que dança para o sultão, e todas as suas variantes, é fascinante e ainda predominante mas não corresponde à verdade. Embora ninguém possa, nem deva, definir em que contexto a dança é usada, a verdade é que o seu propósito inicial pouco, ou nada, tem a ver com uma mulher que revolve as ancas na tentativa de seduzir um homem. Esta dança nasceu de rituais religiosos – religião=religare=voltar a ligar – dedicados à Fertilidade, à Força Vital que cria e destrói, à Grande Mãe, a nossa Terra, que nos sustenta e nutre; à Vida.

Combati o mito que, ao longo do tempo, se foi criando em todas as entrevistas que dei, nos textos que escrevi, no trabalho que desenvolvi nessa altura, em Portugal, depois no Egipto e, mais recentemente, no mundo inteiro.

Não o faço porque tenha alguma coisa contra o erotismo. Pelo contrário. O erotismo é parte integrante, e bela, da existência humana e, consequentemente, da Dança Egípcia. Apenas desconstruo a ideia de que a tónica principal da Dança Egípcia é seduzir o outro. Não é.

Mesmo nos haréns, onde havia centenas, por vezes milhares, de odaliscas e um sultão, a dança desenvolvia-se, essencialmente, entre mulheres. Foi entre mulheres, numa fraternidade que ainda existe no Egipto e já se perdeu há muito, no Ocidente, que a dança cresceu.

Por outro lado, é importante referir que o erotismo existena Dança Egípcia e não deve ser negado, como não deve ser negada a inteligência, o sentido de humor, a sensibilidade, a fisicalidade aliada à alma e por aí fora.
O erotismo está presente na Dança Egípcia como no Ballet Clássico, no Flamenco, na gastronomia, na pintura, na geometria, na literatura e em cada respiração. Ele é parte da natureza e da forma como nos expressamos. Mas não é o centro desta linguagem. É apenas uma das suas múltiplas dimensões.

O centro é a Alma, os movimentos que nascem da Alma e, consequentemente, tocam a Alma de quem assiste à dança. Esse, sim, é o centro. É claro que, depois, é preciso integrar a Alma. Ela não existe separada do corpo, nem da emoção, nem da mente, nem da sexualidade. A dança egípcia UNE essas dimensões – corpo, mente, coração e alma – e nessa união também se encontra o erotismo, apenas uma partícula de pó num areal repleto de jóias terrenas e etéreas.

Desconstruir esta ideia limitadora, e falsa, é um desafio constante. É também um dos maiores prazeres da minha vida. Adoro desconstruir mitos e parvoíces.

Quanto ao mercado actual português, tenho pouco a dizer porque não estou inserida nele. Embora tenha a minha casa/centro/ninho, por enquanto, cá em Portugal, o mercado existente não me estimula. É demasiado pequeno, mesquinho, fechado sobre si mesmo, dominado pelas tricas e pela inveja; com um nível técnico e humano pouco interessante.

Dá-me a sensação, pelo pouco que me é dado observar, que houve um retrocesso no nível de dança egípcia em Portugal e o meu nome desperta um sabor amargo na boca das pessoas do meio. Eu sou a Outra, a Medusa, a que conseguiu o sonho impossível; a que continua a subir, expandir, concretizar. Isso incomoda muita gente. Infelizmente, a inveja e a mesquinhez são realidades com as quais tenho de lidar. Desvalorizo-as mas sei que existem. Entristece-me mas, como já referi, foco-me sempre no que me interessa, no território onde posso fazer a diferença, nas pessoas que apreciam o meu trabalho e não se escondem por trás dele. Essas, sim, têm a minha atenção e amor.

Apresentarei, nos próximos dias 18,19 e 20 de Agosto, o primeiro Retiro “Magic Womb” (http://www.rotasinternas.com/retiro-magic-womb.html), uma parceria com As Rotas Internas, em Dornes, no coração de Portugal. Isto, sim, interessa-me. Algo de qualidade, feito com amor, no meu país. União entre dança egípcia, desenvolvimento pessoal e criatividade. Algo de que realmente me orgulho.

Quem sinta o chamamento, é muito bem-vindo. Garanto que não se vai arrepender. Será um evento mágico e totalmente fora da caixa, mesmo para mim.

Além disso, estou quase sempre a viajar, em trabalho, e, quando não estou, dedico-me às minhas aulas privadas online, à escrita dos meus livros e, mais recentemente, à minha escola Joana Saahirah´s Online Dance School (http://www.powhow.com/classes/joana-saahirahs-dance-studio).
Quem tenha interesse em aprender comigo, seja em Portugal, nos Estados Unidos ou na China, sabe como encontrar-me.

    Para além de bailarina, és também vlogger. Porque é que começaste a fazer vlogs e qual o teu objectivo com dos mesmos?

Esta pergunta é interessante porque eu descobri o que um “vlogger” significa há muito pouco tempo.

Tenho blogues há imenso tempo. O mais recente é Joana Saahirah Magical World (www.joanasaahirahworld.com). A criação desses blogues sempre nasceu da vontade de comunicar o que ia aprendendo com uma audiência que pudesse estar interessada. Nunca houve uma estratégia por trás disso, como não há em nada do que faço.

É curioso como as pessoas me vêm como uma estrategista, alguém que sabe “vender o seu peixe” e eu não me vejo assim. De todo. Acho até que sou péssima em marketing. Não sou diplomática, não faço fretes nem troco cromos (tu dás-me isto e eu dou-te aquilo); os conteúdos e a linguagem que uso não são, na minha opinião, acessíveis à maioria; não vou ao encontro do que acho que as pessoas querem. Faço o que sinto, simplesmente. E, no entanto, as pessoas surpreendem-se quando afirmo que não faço planos, nem estratégias – sigo a minha intuição, o que me faz sentir viva.
A criação dos vídeos com as Messages from The Womb( https://joanasaahirahworld.com/messages-from-the-womb/ ) ou, mais recentemente as Notes for Dancers ( https://joanasaahirahworld.com/notes-for-dancers-by-joana-saahirah/ ), surgiram espontaneamente, de coração, a partir de circunstâncias que me inspiraram. Nunca houve um plano por trás desses vídeos.
Nasci com o Mercúrio em Caranguejo (nota para os amantes da astrologia), o que, traduzido em linguagem acessível, significa: tudo o que comunico é filtrado pela água do caranguejo, ou seja, pela emoção, memória, sensibilidade, sonho, ponte entre o passado e o futuro, o rasteiro e o elevado.
Nada do que comunico, seja nos vídeos, nos livros, nos artigos, onde for, vem do meu lado racional. É sempre, incondicionalmente, um produto do que sinto no momento presente.

As Messages from The Womb, por exemplo, nasceram de uma conversa de café com a minha melhor amiga. Comentei que tinha escrito algo sobre o Tarab e o Princípio Feminino e de como esse artigo despoletou, sem eu perceber porquê, uma enorme polémica. Desenvolvi um pouco o tema, falando-lhe do que significa, para mim, o Tarab e o Princípio Feminino. Ela escutou-me e mandou vir mais um café. Depois calou-se. Olhou-me nos olhos e declarou: tens de gravar isto que acabaste de dizer-me.  

-Mas toda a gente sabe isto! – Respondi.

Ela insistiu que não, as pessoas não sabem o que ela acabara de escutar e seria importante que o soubessem.

Cheguei a casa e gravei a primeira Message from The Womb, impulsionada pela conversa com a minha amiga, mensagem que se transformou numa colecção de vídeos agora a serem transformados em livro (é um dos projectos em que estou, actualmente, a trabalhar).

Por isso, aquilo que as pessoas presumem que é estratégia é, na verdade, um impulso emocional, intuitivo, de fazer o que o meu coração me sugere.
Sou assim em tudo. Acredito que possa ser confuso, ou misterioso, para quem está de fora.

Lançaste agora uma escola online, a Joana Saahirah’s Online Dance School. O que é e quais os teus objectivos com este projecto?
A Joana Saahirah´s Online Dance School ( http://www.powhow.com/classes/joana-saahirahs-dance-studio ) é o meu bebé mais recente e não tem parado de crescer, diariamente, desde que abrimos a nossa primeira aula no dia 13 de Maio, um dia mágico e auspicioso.
O objectivo inicial era criar uma plataforma de aulas de grupo que incluíssem o ensino dos vários estilos de dança oriental e folclórica egípcia para que alunos de todo o mundo pudessem estudar, consistentemente, comigo a partir das suas casas.

A questão da brevidade das formações que dou pelo mundo fora, e o facto de que os alunos estão comigo apenas um fim-de-semana, ou uma semana, e depois só me vêm, eventualmente, daí a um ano, tem sido trazida para a minha mesa constantemente.

Já dou aulas privadas online, via skype, há três anos. O meu tempo e energia são limitados, tendo-se tornado impossível continuar a aceitar mais alunos, além de que as aulas privadas são, necessariamente, dispendiosas e nem toda a gente as pode custear.

A escola online, com aulas de grupo ao vivo e gravadas, com preços acessíveis a toda a gente, veio responder aos pedidos de todos os alunos que expressam o desejo de aprender comigo de forma continuada, próxima e acessível. Mesmo quem não pode comparecer às aulas ao vivo, pode sempre usufruir das gravações dessas aulas. É um instrumento de trabalho, para mim, e de aprendizagem, para os alunos, fabuloso.

Senti resistência, inicialmente, porque não sou uma pessoa tecnológica. Não tenho talento para lidar com máquinas, ou tecnologia, e, portanto, uma escola online construída e gerida por mim (como é o caso da Joana Saahirah´s Online Dance School) assustava-me. Até que senti – mais uma vez, o sentir– que a hora tinha chegado.

Saí completamente da minha zona de conforto e construí a escola, de raiz, sozinha. A Teresa Cotrim, querida aluna e amiga, editou o primeiro vídeo de apresentação da escola e ofereceu-me algumas dicas de funcionamento da mesma (a Teresa já era aluna da plataforma). Fora essa ajuda – preciosa -, todo o trabalho, luta e descoberta esteve exclusivamente nas minhas mãos.

Dois meses depois, a escola está ao rubro, com cursos gravados e ao vivo disponíveis para alunos de todos os níveis e países. Mais do que ensinar dança egípcia autêntica, a escola tem como propósito educar as pessoas para a auto-descoberta e empoderamento. Faço questão de incluir uma vertente de Desenvolvimento Pessoal em todas as aulas. Quero que a escola crie uma comunidade de pessoas de mente e coração abertos que se inspiram e fortalecem mutuamente; que seja um espaço de partilha, e não de competição; um templo de resgate da Alma da Dança Egípcia e da Alma de cada um de nós. Estou totalmente apaixonada pela escola como estou, de resto, por tudo o que faço.

És o maior nome da Dança Oriental em Portugal e um dos maiores nomes da Dança Oriental internacional. O que é que ainda te falta conquistar?

Embora tenha uma (vaga) noção de que é assim que as pessoas me vêm, não é essa a minha perspectiva. Eu sou como o relojoeiro: concentrada nos detalhes, naquela peça que ainda não consegui montar.

Sinto imenso orgulho por tudo o que realizei, e conquistei, até aqui. Sei, mais do que ninguém, o valor e dignidade envolvidos nessa conquista. Mas o meu foco está sempre no AGORA, nunca no passado. Ao mesmo tempo, sinto-me uma aprendiz. Sempre, incondicionalmente. Não me vejo como a grande perita mas como a aprendiz apaixonada que partilha o que sabe, aberta ao que ainda não sabe, movida pela curiosidade de criança.

Há três anos, fui fazer um curso de Literatura Inglesa e Escrita Criativa a uma das mais prestigiadas universidades do mundo (Oxford). Fiz questão de não mencionar o meu nome artístico, nem o que fazia. Queria que o meu Verão fosse dedicado ao estudo, à escrita, ao desafio de ser desafiada por mentes brilhantes que acreditam no meu potencial (é assim que funcionam os professores, e alunos, em Oxford). Tínhamos exames de escrita todos os dias – sentia-me a crescer constantemente, dentro do meu anonimato, e nunca me senti tão feliz. Isto para dizer que o reconhecimento exterior é maravilhoso, uma consequência natural e merecidíssima de tudo o que tenho conquistado e continuo a fazer, mas não é o que me move. Nunca foi.

Se o meu motor tivesse sido a fama, teria feito escolhas muito diferentes. Tive oportunidades de fama popular a grande escala, no Egipto e fora dele, e recusei-as porque não faziam parte do que sentia ser o meu caminho; não me dignificavam, nem a mim, nem à dança que conheço, amo e respeito. Repito: só faço o que sinto. Se as pessoas o apreciam, óptimo. Mas faço-o para mim, por mim, pelo meu coração, primeiro que tudo.

Quanto ao que me falta conquistar, eu diria muito. Vai depender do meu “sentir” (mais uma vez, o sentimento).
Estou a terminar o livro Messages from The Wombe focada na solidificação da escola online; recomeço as viagens d trabalho em Setembro e estarei “on the road” até ao final do ano. Depois quero voltar ao meu Monstro Sagrado, um livro de vários volumes em que tenha trabalho, com longas interrupções, nos últimos anos. O Monstro conta a história, de forma ficcionada, da Joana que chega ao Egipto para ficar até à Joana que se encontra no meio da Revolução de 2011, também conhecida como Primavera Árabe. 

É um projecto enorme, em tamanho e desafios, que me exige silêncio, imobilidade e concentração; leva tempo porque se trata de um enorme volume de texto e porque só posso escrever nos intervalos, quase inexistentes, entre viagens e compromissos diários na área da dança.

Quero continuar a viajar pelo mundo, como tenho feito até aqui, dando-me ao luxo de escolher os eventos onde me interessa participar, os colaboradores com quem quero de trabalhar.
Existem outros projectos, pessoais e profissionais, que não partilho publicamente. Acredito no poder da comunicação; também acredito no poder do Silêncio.

Há ideias/sonhos que devemos guardar para nós. Quando estiverem prontos a germinar, ouvir-me-ão falar sobre eles.

Se te pedisse para nomeares um livro, um filme e uma música que aches que toda a gente precise de ler, ver e ouvir, quais seriam? E porque é que os escolherias?

Muito difícil e, necessariamente, injusto porque existem inúmeros livros e filmes que considero essenciais. Presumo que te refiras a filmes e livros relevantes para quem estuda Dança Egípcia. Nesse sentido, e assumindo a injustiça, aqui vão:

Filme: Dunia de Jocelyn Saab. Filme com actores egípcios dirigido por uma realizadora Libanesa. Essencial.

Livro: “The Velveteen Rabbit” da Margery Williams, o meu livro favorito e uma escolha pouco ortodoxa no que concerne a Dança Egípcia. Quem o ler, e souber o que é a Dança Egípcia, compreenderá porque o seleccionei.

Música: Enta Omri de Om Kolthoum, composta por Mohamed Abdel Wahab. Razões óbvias: a maior cantora de todos os tempos, Om Kolthoum, unida ao Pai da Música Egípcia Moderna. Tradição e Visão de futuro aliadas à Alma do Egipto. Não existe melhor.

 Podes referenciar-nos nomes de bailarinos de Dança Oriental da actualidade que representem o espírito desta arte milenar e que consideres que os nossos leitores devam conhecer?
As minhas referências são Shokry Mohamed, Mahmoud Reda, Souhair Zaki, Nagwa Fouad, Azza Sherif, Mona el Said e vários anónimos que, no Egipto como pelo mundo fora, me relembraram, uma e outra vez, o que é a Dança Egípcia. Estas são as referências que recomendo, ainda que nem todas se encontrem acessíveis.
Procurem, sintam, filtrem a informação; vão à fonte. Cada um aprende à sua maneira; cada um deve construir o seu caminho. Único, incomparável, potencialmente mágico. Tal como a Dança Egípcia.

Convidada: Joana Saahirah | Entrevista: Rita Pereira
Julho de 2017

Website Oficial Joana Saahirah: https://joanasaahirahworld.wordpress.com/sobre/


Página de Facebook Joana Saahirah´s Online Dance School: https://www.facebook.com/JoanaSaahirahOnlineDanceSchool/

Canal de Youtube Oficial Joana Saahirah:  https://www.youtube.com/user/joanabellydance/videos

"Snowden" estreia no TV Cine 1

$
0
0


Snowden, de Oliver Stone, é o retrato do homem que em 2013 denunciou ao mundo o esquema de espionagem clandestina que a CIA estabeleceu junto de todos os cidadãos do mundo. 

Quando Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt) fraturou uma das pernas durante um exercício de alistamento nos Serviços Especiais do exército dos Estados Unidos, a vontade de servir o seu país quase que se esfumou. Aconselhado a ajudar os Estados Unidos de outras formas que não a militar, Snowden acabou por concorrer à CIA, onde passou os testes de admissão com distinção, nomeadamente ao realizar em pouco mais de 40 minutos um exame que deveria durar cinco horas. 

Já como funcionário da CIA, Snowden tomou conhecimento de um programa secreto, que permitia vigiar, sem conhecimento dos utilizadores, todas as interações de qualquer cidadão do mundo fossem e-mails, redes sociais ou chamadas telefónicas. Depois de abandonar a CIA Snowden junta-se à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, apenas para descobrir que os mesmos esquemas de espionagem também são prática nessa instituição. Revoltado e desiludido com o seu país, Snowden resolve recolher provar e apresentá-las a um jornalista e a uma realizadora de cinema, Glenn Greenwald (Zachary Quinto) e Laura Poitras (Melissa Leo).

Snowden estreia a 6 de agosto, domingo, às 21h30, no TV Cine 1. 

Vale do Fim | Capítulo 40 (Parte 1)

$
0
0
Também disponível no Wattpad em http://goo.gl/uVVbsb 

Capítulo 40 - A Herança (Parte 1)

    A Antártica era um local gélido e muito solitário. Adam podia comprovar isso. Sentia-se só e gelado, sem qualquer tipo de companhia sem ser o televisor e o computador que George lhe deixara. A noticia de que ele morrera chegara aos noticiários um dia após a sua partida. Isso fez o menino chorar. Ele fora a sua única companhia nos últimos meses, e, além disso, como um menino da sua idade ia sobreviver sem o auxilio de um adulto. Adam tinha muitos alimentos, George providenciara isso, mas o que aconteceria quando eles acabassem? Foi aí que o menino percebeu que tinha de abrir o cofre, que tinha de descobrir o que George lhe deixara ali dentro.
    Foi buscar o código que se encontrava na mesa de cabeceira do quarto que partilhavam e pendurou-se num banco. O quadro era grande, Adam teve receio que não o conseguisse tirar, mas ele era bastante leve, o que fez o rapaz pensar que estava tudo preparado para que alguém mais fraco como ele conseguisse tirar aquela pintura dali.
    Digitou o código e o cofre abriu-se. Estava cheio de cadernos, de livros e tinha uma caixa mesmo na abertura. Adam retirou a caixa e abriu-a. Continha um pen drive. O menino saltou do banco com o objeto e correu para conectá-lo ao seu portátil. Tinha dezenas de pastas, mas o que ele abriu primeiro foi um vídeo, um vídeo chamado Projeto ADAM! Aquilo deixou-o confuso, ele não era uma falha do Projeto Hibrido? Sempre fora isso que lhe contaram, que ele tinha sido a única exceção à regra, ele tinha sido o único rapaz normal que tinha conseguido matar o híbrido. Pelo menos era o que todos lhe contavam! Também lhe contavam que George guardava muitos segredos, e se ele era um dos seus projetos, isso era verdade. Isso fez o rapaz ficar triste, era tão novo e já estava a ser usado, provavelmente aquele homem que o acolhera aqueles meses todos, que o levara para a Antártida… provavelmente ele nunca gostara realmente dele, apenas precisava dele.
    Receoso, carregou duas vezes seguidas no botão do rato do seu computador e abriu o vídeo. Era uma gravação de George. Parecia ter sido gravada na Área X. Adam aumentou o volume da coluna e ouviu atentamente o que o homem que esteve com ele naqueles últimos meses tinha para lhe dizer.
    “Olá Adam! Se estás a ver esta gravação significa que eu provavelmente morri antes de completares vinte anos. Não sei com que idade estás a ver isto, mas eu prometi a mim mesmo que se completasses vinte anos e eu estivesse vivo, seria eu a dizer-te o que vou dizer através desta gravação. Por isso se a estás a ver eu não cheguei a ver-te completares as vinte primaveras. Projeto ADAM, desculpa ter posto esse titulo no ficheiro, mas eu tinha de te chamar a atenção. Tu não és um Projeto, quer dizer tu és um Projeto, mas não és como os outros. Como te hei de dizer isto, tu és o meu projeto, tu és eu, nós dois somos um!”
    Adam teve de pausar o vídeo. Talvez fosse por ser ainda muito jovem, mas não estava a perceber o que George queria dizer, ou então até estaria. O que George estava a querer dizer é que ele não era um clone de Adão, era um clone dele! Ele era um clone do homem que o acolheu. Aquilo dava-lhe um misto de curiosidade e receio para continuar a ver a gravação, por isso mesmo apertou novamente o botão para continuar a ouvir o que o homem tinha para lhe dizer. Pelo aspeto mais jovem que tinha, o vídeo parecia ter alguns anos, talvez ele o tivesse gravado há dez anos atrás, quando ele nascera.
    “És o meu clone! Chamei-te Adam porque não te podia chamar George! Chamei-te Adam em homenagem ao meu falecido irmão, porque ele e o August sempre foram os únicos que me compreenderam! Foi difícil conseguir criar-te sem que houvesse qualquer tipo de desconfiança. Quando os primeiros experimentos começaram eu percebi que teriam sempre de nascer duas crianças, o hibrido, e um bebé normal, que morria por não conseguir resistir ao seu poder. Se só crescesse uma criança, se eu só colocasse as minhas células tronco, o meu filho iria desconfiar, e eu sei como ele é, ele não descansa enquanto não souber tudo. Ele não podia sequer pensar que eu planeava criar-te! Eu deitava fora as células tronco do Adão e deixava o frasco sujo, misturando-as com as minhas. Havia hipótese delas não morrerem, as do Adão eram poucas e poderiam não afetar em nada, mas das duas primeiras vezes os meus dois clones morreram! Não desisti e tentei uma terceira! Nasceste tu! Tu és a exceção à regra, tu és aquele que sobreviveu, tu és aquele que tem o destino de continuar o meu legado!”
    Adam parou novamente a gravação. Era muita informação para uma criança de apenas dez anos assimilar. Ele não sabia sequer o que eram células-tronco, não sabia bem qual era o objetivo de George para ele, mas sentia-se triste, como ele iria concretizar o sonho do homem se estava sozinho, sem ninguém ele não iria sobreviver mais de duas semanas. Apertou novamente o botão para ouvir mais do que aquele que o criou tinha para lhe dizer.
    “Um homem como eu não pode desaparecer, eu mereço ser eterno! Promete-me Adam, assim que tiveres oportunidade, clona-te, não esperes tanto como eu, tu tens a técnica que eu não tinha quando era mais novo, não morras sem criares a tua cópia, a nossa cópia! Sem nós o mundo não será o mesmo! Terás gente para te ajudar! Algumas apenas estarão por interesse, outras estarão perto de ti porque têm confiança em mim! E não te preocupes se algo acontecer e eu for odiado por todo o mundo, ninguém sabe quem tu és! Apenas uma pessoa, e essa pessoa vai ajudar-te se eu tiver de te deixar sozinho se as invasões acontecerem muito antes de atingires a idade que eu elegi para te contar a verdade!”
    Aquilo fê-lo novamente parar a gravação. Havia apenas uma pessoa que sabia que ele não era um clone de Adão, que ele era o clone de George. Ele queria saber, precisava de saber quem era, ele não podia ficar mais sozinho, iria morrer ali se o ficasse.
    “O contato dele estará no mesmo local onde estará esta caixa. Por falar nisso! Preciso de te contar mais pormenores. Quando terminar de gravar este vídeo eu irei colocar esta gravação num pen drive que irá também conter todos os ficheiros digitais com as minhas anotações sobre o Projeto Hibrido e todos os Projetos que ainda tinha em mente que complementariam ainda mais os clones. O mundo não estaria ainda preparado para tal avanço, bastou ver o que aconteceu quando eu me desloquei com o avião supersónico pela primeira vez! Eles têm medo do futuro, não lhes poderia mostrar tudo o que tinha na minha mente! Quero que o vás fazendo aos poucos, mas não quero que pares, quero que avances rapidamente, com a ajuda desse meu precioso contato! Se algo me acontecer eu vou tirar esta caixa e todos os livros daqui e leva-la para a Antártida, aí não precisarás de ligar para o contato, ele estará lá!”
    Adam parou de imediato a gravação assim que ouviu aquelas palavras. Perdeu a esperança, aquele homem que George falava na gravação, ele estava provavelmente morto, ou tinha desistido de ajuda-lo. Não havia ali ninguém. Ele tinha a certeza disso.
    “Se estiveres a ver isto na Antártida, vai até ao cofre e puxa a alavanca do lado esquerdo! Verás que não estás sozinho! Verás que estarás com a segunda pessoa em quem eu mais confio!”
    O menino assim o fez subiu novamente o pequeno banco e viu uma pequena alavanca no lado esquerdo do cofre! Puxou a alavanca e a parede moveu-se! A parede era uma porta, uma porta que dava acesso a uma sala. Era uma sala cheia de computadores. Naquele momento ele via erro em todos os computadores e a mensagem “Sala principal invadida! Híbridos sem controlo”. Era uma sala semelhante à sala de controlo da Área X. Ele nunca tinha entrado nela, mas tinha ouvido George falar dela e assemelhava-se àquela em que estava. Ele devia ter construído uma outra, ele devia ter-se precavido caso algo corresse mal.
    Olhou para o fundo e viu quatro corpos. Três eram clones do Adão, um outro não reconheceu de imediato. Olhou melhor para ele e conhecia aquela face. Tinha uma cara mais nova, mas era ele, ele reconheceria o Santiago mesmo que ali tivesse vinte anos. Bateu-lhe no braço para que ele acordasse! Ele não acordou. Não estava gelado, tinha cor, por isso não poderia estar morto. Os híbridos também não se moviam. Aquilo estava a assusta-lo, porque Santiago estava ali mais novo do que ele era na Área X, porque é que aqueles híbridos estavam ali, porque é que nenhum deles reagia ao seu toque. Olhou para o lado e viu um frasco e uma seringa. Injeta-me na barriga, dizia o autocolante colado no frasco. Isso assustou Adam. Ele nunca tinha injetado nada em ninguém, mas naquele momento fazia sentido o que George lhe ensinara dias antes de partir para vale do fim, colocar soro numa seringa e injetar num boneco. Era para aquele momento que ele o estava a preparar. Era para acordar o rapaz que o podia salvar.
    Adam injetou o liquido na barriga de Santiago. Passados poucos segundo ele acordou. O menino assustou-se quando o rapaz lhe agarrou o braço com uma respiração bem ofegante. Estava vivo. Ele não percebia como, como era possível ele estar ali vivo sem comer, sem beber, sem acordar.
    - O pai morreu! – Declarou Santiago sem precisar de confirmações.
    - O Santiago que conheci era mais velho que tu! – Respondeu de imediato o menino. Aquele não podia ser o Santiago que aparecia na televisão.
    - Eu sou um clone dele! Sou aquele que te vai ajudar a fazer um mundo à imagem do nosso pai!
    Santiago falava de uma forma que arrepiava Adam. A forma de falar nada se assemelhava à do verdadeiro, à daquele que ele conhecera na Área X. Ele falava de uma forma mais fria, de uma forma muito mais semelhante à de George.
    - Vamos! Deves estar a ver a gravação! – Disse Santiago, assustando ainda mais o rapaz. A forma como ele parecia saber tudo assustava-o.
    Seguiram até ao aparelho onde Adam assistia aquilo que George tinha gravado. Daquela vez fora o clone de Santiago que apertara o botão.
    “Quando vires que é um Santiago mais novo que se encontra em sono profundo a ajuda que vais encontrar, isso pode-te deixar um pouco assustado se fores muito novo. Eu irei tratar disso e se algo correr mal, eu tentarei ensinar-te a injetares o liquido que o acordará. O Santiago está em um estado que eu gosto de designar Hibernação”
    Adam teve de pedir para parar o vídeo outra vez. Os humanos não hibernavam, como Santiago sobreviveria mais que dois dias sem comer. Santiago olhou para ele, com o mesmo olhar vazio que um qualquer clone de Adão e isso fê-lo tremer da cabeça aos pés.
    - Posso? – Perguntou Santiago e o rapaz respondeu logo que sim, com medo que aquele rapaz de vinte e poucos anos o agredisse ali.
    “A população mundial tem crescido de forma vertiginosa, e consequentemente os recursos vão sendo cada vez menos para uma sociedade cada vez mais consumista. A pensar nisso eu tinha de criar algo, e o Santiago sobreviveu assim dessa forma. Ao longo de quinze anos eu estudei e testei em humanos um sedativo com várias proteínas, que nos colocasse num estado de sono profundo, mas que nos mantivesse vivos por dias, semanas, meses! Não precisaríamos ingerir nada durante tempos, iria ser uma mais valia e os recursos iriam ser poupados! Durante a minha pesquisa algumas pessoas morreram, mas eu consegui. Nessa altura o Santiago completara dez anos, e estava numa expedição na Antártida com uma equipa liderada por um membro do GDC. Nunca ninguém soube da sua existência, só tu, esse membro e eu!”
    - Como é que foste criado? Tu tens mais de vinte anos, não podes ter sido criado no Quarto da Ovelha! – Declarou Adam confuso, fazendo Santiago parar a gravação mais uma vez.
    - Muido, és muito novo para entender, mas uma grande experiencia não se cria da noite para o dia, não quero que penses que foi só criar o Quarto da Ovelha, colocar um cientista e um ajudante e o primeiro clone saiu logo, perfeito, como qualquer um dos clones do Adão. Não! O nosso pai ele perdeu muito tempo de pesquisas com outros cientistas, muito antes da Área X ser criada. Ele usou as células tronco do Santiago nas primeiras experiencias realizadas. Muitos morreram, muitos saíram deformados. Foi necessário algum tempo até à minha criação!
    - Então o George já tinha clonado antes de chegar à Área X? – Perguntou Adam, inocentemente.
    - Claro, miúdo! Ele criou-me como uma precaução. Ele tinha medo que as ideias do seu verdadeiro filho fossem corrompidas, ele ia infiltrar-se na equipa do nosso tio August e sabia que isso podia fazê-lo virar-se contra ele. Não se enganou! O nosso pai nunca se engana e o rapaz que me criou provavelmente lutou contra ele no final! Estou enganado?
    - Foi uma mulher que matou o George. Alina, as noticias falavam em Alina! – Disse Adam.
    - A nossa prima! Uma dor de cabeça para o nosso pai! Sabes a bengala que ele sempre usou? Ela foi a culpada, ela deu-lhe um tiro no joelho para conseguir fugir dele. Um dia eu estarei frente a frente a ela, e eu próprio a matarei! – Disse Santiago com um rancor tão grande e num tom tão sombrio que voltou a assustar Adam!
    - E como não morreste? Há quanto tempo estavas naquele sono profundo? – Perguntou Adam para mudar um pouco o tom da conversa.
    - O nosso pai já explicou isso na gravação, a administração daquele liquido no nosso corpo consegue ser muito eficaz. Tu bebes, adormeces e só acordas quando alguém te injeta o que injetaste a mim, uma quantidade de adrenalina enorme para que o corpo seja reativado. Se ninguém nos acordar por meses, bem, podemos morrer! Se tu não me voltasses a acordar, eu morreria, mas o pai soube o que estava a fazer! Agora vamos ouvir o resto da gravação! – Disse, premindo o play logo de seguida.
    “A expedição na Antártida não deu certo, eu e o meu fiel companheiro da GDC fizemos para que não desse. Tudo o que queríamos era mesmo uma base abandonada neste continente gelado! Foi assim que o Santiago sobreviveu, ingeria uma dose do suplemento que o colocava a dormir e passados três meses eu vinha injetar-lhe a adrenalina para que ele acordasse. O meu amigo acabou por me trair e ele ficou sozinho na Antártida. Neste momento em que gravo isto, estou a construir a nova sala de controlo, caso esta seja danificada.”
    - Ele vinha sempre aqui? De três em três meses? – Perguntou Adam!
    - Sem falhar em nenhum prazo. Acabava por ficar comigo alguns dias, para me alimentar melhor, para ter forças para aguentar mais três meses! Nesses dias falávamos de tudo, ele era a minha única companhia na vida de solidão que eu tinha, embora dormindo não fizesse muita diferença ter aqui alguém ou não!
    - Eu estou aqui há vários meses… tu… nunca te tinha visto. Como?
    - O nosso pai chegou a misturar o liquido na água várias vezes! – Declarou Santiago.
    Aquilo fazia sentido. Ele adormecera várias vezes na mesa logo após o jantar. Acordava depois, já na sua cama. Não tinha a noção do tempo, mas poderiam ter passado dias, ele não teria como saber.
    - Eu cheguei a vir até ao quarto ver-te! O George deposita uma grande confiança em ti, tu és muito importante para desenvolver o legado dele! És muito importante para aquilo que ele quer fazer no mundo! Nós somos os únicos em que ele depositou confiança para seguirmos o legado dele! Temos de o honrar! Temos de fazer o que ele quer. Eu sei a formula do liquido do sono e tenho doses de adrenalina para anos! Nós vamos conseguir. – Disse, apertando mais uma vez o botão.
    “Como podes ver Adam, tu não estás sozinho! Infelizmente não estarei ao pé de ti e do Santiago para testemunhar e festejar com vocês as conquistas que irão fazer, mas sinto-me honrado, em deixar-vos a vocês todo o meu conhecimento, sei que irão utilizá-lo bem! E prometam-me, seja cinco, dez, vinte anos após a visualização desta gravação, eu só quero que me prometam uma coisa, que a vossa primeira ação seja em Vale do Fim, quero que destruam aquela aldeia, quero que acabem com todos os que lá vivem, quero que ela deixe de existir no mapa.”
    - Ele quer que matemos pessoas? – Disse Adam assustado. – Eu não sei se consigo matar?
    - Claro que consegues, os genes do nosso pai estão-te no sangue! Irás crescer e cumprir a tua missão. Um dia seremos o George que morreu por estes dias. Um dia seremos o maior temor da humanidade.
    Adam ficava cada vez mais assustado, a cada palavra que ouvia de Santiago. Ele nada tinha a ver com o verdadeiro, parecia um cientista louco e pensou que poderia nem conseguir cumprir a tarefa que George lhe tinha dado, ele não sabia se conseguia matar pessoas e, além de tudo, se conseguiria sobreviver com aquele rapaz louco que parecia poder matá-lo a qualquer instante! Apenas o futuro poderia dizer para o que ele estaria reservado!

"La Chana". RTP1 estreia documentário sobre uma das maiores estrelas de flamenco do mundo

$
0
0
https://i.ytimg.com/vi/MPgocPh3we0/maxresdefault.jpg
La Chana é o documentário que a estação pública exibe em horário nobre, esta segunda-feira, dia 30 de julho. A produção vai para o ar às 21h54 e conta a história de vida de uma das maiores estrelas de flamenco do mundo: Antónia Santiago Amador, mais conhecida por La Chana.

Este documentário revela o segredo que esteve por detrás do seu desaparecimento, na altura em que se encontrava no auge da sua carreira. Depois de 30 anos de interrupção, La Chana regressa ao palco para uma performance fenomenal.

Antónia Santiago Amador, mais conhecida por La Chana, destacou-se desde sempre pelo seu estilo inovador: combinações rítmicas que não eram tradicionais e uma velocidade, uma expressão e um poder extraordinários nos movimentos interpretados em palco. Uma artista poderosa e excecional reconhecida em todo o mundo.

Como está o elenco de 'Harry Potter' em 2017? Veja aqui as fotos

$
0
0
 

Harry Potter e a Pedra Filosofal estreou nos cinemas em novembro de 2001 e desde então, o jovem feiticeiro mais conhecido do mundo tornou-se num verdadeiro sucesso. Dezasseis anos depois, relembramos os principais atores da saga e mostramos-lhe o antes e o depois da série de filmes.

Desde que a saga terminou em 2011, os três protagonistas seguiram caminhos diferentes. Emma Watson é Angela Gray, no filme Regressão, que estreou em Portugal em janeiro de 2016. Já Daniel Radcliffe participou no filme Swiss Army Man. Já Ruper Grint será Jonny em Moonwalkers.

Mas o que mudou nos jovens atores, para além do seu percurso profissional? Veja o antes e o depois dos atores de Harry Potter:

Daniel Radcliffe (Harry Potter)


 Rupert Grint (Ron Weasley)


 Emma Watson (Hermione Granger)


  Harry Melling (Dudley Dursley)


Matthew Lewis (Neville Longbottom)


James Phelps (Fred Weasley)
 

 Oliver Phelps (George Weasley)


Tom Felton (Draco Malfoy) 


 Chris Rankin (Percy Weasley)


 Bonnie Wright (Ginny Weasley)


Alfred Enoch (Dean Thomas )


 Luke Youngblood (Lee Jordan)


 Evanna Lynch (Luna Lovegood)

"O Senhor dos Anéis". RTP1 exibe trilogia de 4 a 6 de agosto

$
0
0

Nos dias 4, 5 e 6 de agosto. a RTP1 exibe os três filmes da saga O Senhor dos Anéis. As obras cinematográficas vão para o ar ao início da madrugada, depois da 1h30.

Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel é exibido na sexta-feira. Este é o primeiro filme baseado na clássica trilogia escrita por J.R.R. Tolkien.  Na Terra Média, uma terra fantástica povoada por hobbits, elfos, anões, imortais, humanos e feiticeiros, Frodo Baggins (Elijah Wood), um hobbit, recebe do seu tio um anel. Trata-se de uma jóia poderosa e maligna que precisa de ser destruída antes que caia nas mãos das pessoas erradas. 

Para levar a cabo esta missão, Frodo vai aliar-se a Sam (Sean Astin), Pippin (Billy Boyd), Merry (Dominic Monaghan), Legolas (Orlando Bloom), Elrond (Hugo Weaving), Aragorn (Viggo Mortensen), Boromir (Sean Bean),  Gimli (John Rhys-Davies) e a Gandalf (Ian McKellen). Juntos formam a Irmandade do Anel e vão ter de enfrentar numerosos perigos para impedir que a jóia seja roubada pelo mago Saruman (Christopher Lee), um imortal com forma humana que encarna o mal e hipnotiza as suas vítimas usando a "doce voz da Razão".


No dia seguinte, vai para o ar O Senhor dos Anéis - As Duas Torres. Este é o segundo filme adaptado da trilogia de culto de J.R.R. Tolkien, que continua a aventura épica, na Terra Média (uma terra fantástica povoada por hobbits, elfos, anões, imortais, humanos e feiticeiros), da Irmandade do Anel - que tem de impedir que o anel, uma jóia poderosa e maligna, caia nas mãos erradas. 

Depois da morte do guerreiro Boromir (Sean Bean) e da queda de Gandalf (Ian McKellen) para o abismo de Khazad-dûm, a Irmandade do Anel vê-se obrigada a separar-se em três grupos. No entanto, cada um dos seus elementos permanece imperturbável no objetivo de afastar das mãos de Saruman (Christopher Lee).

http://roleplayers.com.br/wp-content/uploads/2014/07/senhor-dos-aneis-as-duas-torres.jpg

No dia 6, domingo, a RTP1 exibe a última parte desta aventura. Em O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei, as forças de Sauron dominam a capital de Gondor e estão prontas para eliminar a espécie humana. O que já fora um grande reino está à beira da destruição e nunca precisou tanto como agora de um rei. Mas será que Aragorn (Viggo Mortensen) estará preparado para assumir a sua linhagem e tornar-se no rei tão esperado? O destino da Terra Média assenta nos seus ombros.

O Regresso do Rei é o terceiro e último filme baseado na trilogia de culto de J.R.R. Tolkien, que continua a aventura épica na Terra Média (uma terra fantástica povoada por hobbits, elfos, anões, imortais, humanos e feiticeiros) da Irmandade do Anel - que tem de impedir que o anel, uma jóia poderosa e maligna, caia nas mãos erradas.

Arcade Fire lançam novo álbum

$
0
0

 

'Everything Now'é o quinto trabalho de originais do grupo canadiano.

 

Os Arcade Fire editaram, na passada esta sexta-feira, um novo álbum. "Everything Now"é o nome, que será apresentado numa digressão que se estenderá pelo próximo ano.

'Everything Now' conta com vários coprodutores, entre os quais Thomas Bangalter, dos Daft Punk, Steve Mackey, dos Pulp, e Geoff Barrow, dos Portishead, e uma longa lista de intérpretes convidados, como Owen Pallet, que assina todo os arranjos de cordas.

De acordo com a editora, 'Everything now' sairá, além do formato digital, em CD e em vinil com 20 edições gráficas diferentes e o título do álbum em outras tantas línguas, entre as quais o português.

Este é o quinto álbum do grupo canadiano, gravado entre New Orleans, Paris e Montreal.

Os Arcade Fire têm uma extensa digressão internacional em curso, já com o novo álbum, que inclui concertos nos Estados Unidos, Canadá, América do Sul e regresso à Europa a partir de abril, mas sem datas marcadas para Portugal.


Vale do Fim | Capítulo 40 (Parte 2)

$
0
0
Também disponível no Wattpad em http://goo.gl/uVVbsb 

Capítulo 40 - A Herança (Parte 2)

Santiago acordou sobressaltado. Estava a ter um pesadelo. Sonhava estar dentro de uma outra sala de controlo, não a que se encontrava na Área X, mas outra, uma outra construída com o mesmo propósito. Felizmente abriu os olhos e percebeu que aquilo não passava disso mesmo, um pesadelo. A luz do sol que entrava pelo seu quarto e a sua cama aconchegante, no quarto do primeiro piso da casa de Lourenço, faziam-no saber que estava. Ele não dormia na cave há mais de duas semanas, altura em que vira o seu pai morrer e todo o mundo ficar em paz. Infelizmente nos seus pesadelos as últimas palavras dele estavam bem presentes. Tinha receio que o seu pai não estivesse a mentir, que existisse uma segunda sala de controlo. A questão era, quem a iria controlar com a morte dele? George estava sozinho, não tinha ninguém além do pequeno Adam! Lembrou-se do menino e deitou uma lágrima, provavelmente ele estaria morto também, era o que acontecia a quem convivia com George, ou morria ou tornava-se escravo dele. Adam apenas apareceu na invasão à Assembleia da Organização das Nações Unidas, depois disso nunca mais foi visto, era provável que o seu pai o tivesse morto quando percebeu que ele era inútil em relação à cura da doença.
Abanou a cabeça tentando afastar todos aqueles pensamentos que lhe foram trazidos pelo pesadelo e sorriu ao olhar os raios de sol que entravam pela janela. Ele tinha um lar, era feliz. Além de tudo era livre. O seu pai não tinha agora qualquer tipo de poder em ninguém, todos podiam respirar, todos podiam tomar as suas próprias decisões sem que ele controlasse. No fundo, não era apenas Alina e os híbridos que eram controlados. Santiago, Joel e Lígia sentiam-se controlados mesmo não sendo portadores do Projeto CM e isso devia-se tudo ao medo, ao medo que sentiam de George! Não fora só ele que decidira ficar em Vale do Fim, os outros dois antigos membros também. Era um sitio calmo, tudo o que precisavam naquele momento.
Artur perguntou se não queria morar com ele e com Alina e Adão, mas o rapaz preferiu ficar na casa de Lourenço. Foi ali que a sua família começou, foi exatamente onde se encontra aquela casa que o seu pai e os seus tios nasceram. Foi ali que tudo começou e ele sentia-se bem em ali ficar, talvez um dia, fosse ali que brincasse com o seu filho também. Renato não se importou, agradou-lhe a ideia de ter mais um inquilino, o inquilino que lhe mudou a vida, que lhe deu uma casa e ajudou a construir uma vida melhor. A vivenda era grande e tinha espaço para mais um. Além disso Santiago queria ajudar nas despesas e iria tentar trabalhar com os maiores centros científicos do mundo. Ele tinha de partilhar o seu conhecimento com alguém. O seu pai tinha-lhe deixado uma coisa boa, a educação, as evoluções cientificas que ele poderia trazer para o mundo eram mais do que os seus dedos das mãos podiam contar.
    Antes de pensar no futuro Santiago queria e tinha de pensar no presente! E era nisso que andava a trabalhar. Existiam duas prioridades na sua cabeça naquele momento. A primeira delas era curar todos os infetados com a Doença Negra. No dia seguinte à morte do seu pai, fez uma nova transmissão ao mundo, pedindo a que todos os infetados entrassem em contato com ele, criando um e-mail próprio para os pedidos de socorro. Santiago nunca pensou receber tantos pedidos de auxilio. Eram centenas. Provavelmente alguns foram contagiados por pessoas que George contagiou. Uma ferida podia ser logo um motivo de alarme e de propagação da doença para outra pessoa.
    Santiago estava feliz porque seria naquele dia que os primeiros cinco pacientes contaminados com a doença chegariam a Vale do Fim, e além de tudo estava feliz por ver que o barracão onde August fez as suas experiencias estava reerguido tal como uma fénix se reerguia das cinzas. Ele precisava de um local para trabalhar e que local ele poderia escolher se não as antigas instalações da PastFuture. Santiago não conseguia saber, mas se o seu tio estivesse ao corrente da sua decisão estivesse onde estivesse, ele deveria estar orgulhoso, o seu sobrinho iria usar o seu antigo laboratório pré-fabricado para curar as pessoas que George num ato de maldade extrema infetou. O homem ficou surpreendido com a vontade dos habitantes em ajudar a reconstruir o antigo laboratório. Parecia que a visão deles tinha mudado em relação há década passada. Alguns daqueles que ajudaram a queimar o barracão que ainda tinham forças ajudaram a ergue-lo, talvez por sentirem em alguma parte do seu coração culpa por terem morto as pessoas que estavam dentro dele. Foram assassinos, isso eles não podiam negar alguma vez que fosse. Eles ajudaram a matar Viktor, Eva e mais dois ou três cientistas que estavam por lá. Podiam pensar que o barracão estava vazio quando atearam fogo nele, mas não estava, e no fundo Santiago também não acreditava que eles pensassem que não estava ninguém lá dentro. No fundo, Santiago entendia, Santiago até entendia de onde vinha a maldade daquela gente quando fez aquilo. A maldade estava no medo, no medo do desconhecido, era mais fácil aniquilá-lo do que conviver com ele. O seu pai teve a mesma reação quando pediu que todas as cobaias do Projeto MG fossem mortas. Ele tinha medo da doença!
    Naquele dia, Santiago decidiu ir a pé até ao barracão. Era apenas um quilometro de distância, e enquanto caminhava a brisa fresca fazia-o pensar e sentir-se me paz. A doença estava prestes a ser erradicada e ele preparava uma vacina para ser administrada às pessoas para terem resistência caso algo não corresse como o planeado. Santiago tinha pesadelos com a sala de controlo, queria que eles apenas fossem isso, pesadelos, não queria ter de voltar a ter de curar cidadãos do mundo o resto da sua vida, ele queria que ninguém mais se preocupasse com aquela doença, queria que ela fosse apenas lembrada como uma peste do século XXI, como eram lembradas outras pragas de séculos anteriores. Além disso a cura era uma inconstante, os pacientes entravam em coma, e o homem tinha medo que alguns pudessem não resistir e morrer durante aquele período. Naquele momento Edgar e Lígia estavam em coma há três dias. Ele tinha o coração nas mãos. Chorava secretamente, longe dos olhares dos restantes amigos, pensando que eles podiam não acordar, que eles podiam não ser tão resistentes como a Alina e o Raúl, que o Projeto MG podia levar a melhor.
    Perdido nesses pensamentos nem se apercebeu que um carro parou mesmo ao seu lado. Era Artur. Abriu o vidro e acenou para o rapaz.
    - Em que estavas a pensar? Estou a buzinar há um tempão e tu pareceste nem ouvir. – Ele tinha razão, Santiago não tinha dado por nenhum barulho à sua volta. – Entra! Vais para lá, certo?!
    Santiago acenou e entrou no carro. Olhou para Artur e pensou em como ele era feliz. Ele estava completo. Alina estava curada, Adão estava com eles e Miguel, embora passasse mais tempo com Joana e Raul por acharem ambos que ele o devia fazer, ainda passava muito tempo com o seu filho, por isso estava rodeado por gente que lhe fazia bem. Santiago olhou para o sorriso dele e não pôde deixar de sorrir também. Acabou por soltar uma lágrima.
    - Que foi rapaz? Pareces estranho! – Disse Artur enquanto olhava para ele.
    - Tu e o Miguel pregaram-nos um susto no dia em que o meu pai vos alvejou! Vocês não acordaram no dia seguinte… eu e a Alina ficamos com medo. Estou feliz por o Projeto ainda estar ativo e vocês terem retornado, é só isso! – Santiago calou-se por alguns segundos e o seu amigo acelerou. – Sobre… bem há uma coisa que eu quero falar contigo e com o Miguel, Artur! Podes ligar-lhe e dizer para vir ter connosco ao laboratório?
    Artur ligou. Tentou que ele lhe dissesse o que tinha para lhes dizer, mas ele não disse nada a respeito, mudando de assunto:
    - E o Adão?
    - Não estava em casa. Deve estar mais uma vez no avião supersónico a ver se descobre alguma coisa sobre como parar os híbridos se eles forem reativados. – Declarou o amigo.
    - Quando o meu pai falou numa sala de controlo eu acredito que ele estivesse a falar de uma sala semelhante à que foi destruída na Área X, mas ele faz bem em ir até lá, distrai-se, não pensa em outras coisas.
    Artur concordou e permaneceram em silencio. Fazia bem a Adão andar ocupado. Nos últimos dias que tinham passado ele tinha andado cabisbaixo, mesmo de que fosse de forma inconsequente, ele sentia-se culpado por Will ter-se sacrificado por ele. Sacrificou-se para que ele fosse salvo, para que a sua mãe não o perdesse. Santiago não conseguia estar na pele de Adão, mas tentava perceber o que ia na sua cabeça e o que, na visão dele, estava a ocupar-lhe a mente, era o facto de não se achar à altura de vingar a morte de Will, de que ele tivesse morrido apenas para ele ser feliz e para não ajudar a humanidade em nenhum problema que pudesse vir a surgir.
    - E quanto aos híbridos? Já sabes o que vais fazer quanto a eles? – Perguntou Artur, quebrando o silencio, quando parou o carro junto ao pequeno anexo que se encontrava junto ao barracão em construção.
    - Sim! – Disse, começando a explicar a Artur tudo o que já tinha feito até então.
    Santiago revelou ao mundo a localização da Área X. Era um edifício gigantesco e, embora subterrâneo, tinha muitas potencialidades que poderiam ser exploradas. Chegou a acordo com o governo do país e a construção iria ser nos próximos meses uma base militar e um centro de inovação tecnológica. A parte onde iria estar albergada a área da ciência e da tecnologia era a extinta Área H, e era nesse local que ficou decidido que alguns dos híbridos iriam ficar. Algumas centenas pelo menos. Os restantes iriam ser divididos por outros centros científicos. A todos eles iria ser retirado o chip que continha a voz de quem os podia controlar. A todos, exceto a três de cada instituição, para o caso de algo ser acionado o mundo saber e poder começar a preparar algo para trava-los. Um desses centros científicos seria o próprio barracão que outrora pertencera à PastFuture, que iria albergar aqueles híbridos que estavam com George no dia do confronto em Vale do Fim. Naquele momento eles encontravam-se na cave da casa de Renato. Estavam calmos, estáveis. Santiago já tinha tirado o chip a quatro, deixando a três. Se houvessem problemas, ele saberia de imediato, pois no seu laboratório encontravam-se três possíveis controlados.
    Santiago sentiu raiva do seu pai enquanto contava tudo a Artur. Mesmo depois de morto ele conseguia ser ainda uma sombra na vida de todos. Ele deixara o medo de que pudessem, mesmo depois de morto, controlar os híbridos, deixou, mesmo depois da sua morte o medo de que um dia aqueles rapazes, que tinham um olhar vazio naquele momento, podiam voltar a ser controlados para completar uma missão que ele tinha passado para outra pessoa. Isso fazia-o pensar, mais uma vez, em quem poderia ser a pessoa em quem ele depositasse confiança. Ele estava completamente sozinho! Os membros mais leais do GDC estavam ali em Vale do Fim e tinham-se revoltado contra ele, lutado contra ele. Tudo aquilo não poderia passar de uma jogada de mestre para os atormentar a todos após a sua morte, para viverem sempre com a sua sombra.
    - Porque estás tão pensativo? – Perguntou Artur um pouco depois de ele permanecer calado, a pensar em todas aquelas coisas.
    - Nada de importante! – Respondeu ele, tentando não preocupar o amigo. – Já telefonaste ao Miguel? Gostaria de falar com vocês ainda hoje, antes de chegarem os primeiros pacientes. – Viu Artur pegar no telemóvel. – Se não te importas vou ver o Edgar e a Lígia, depois vem ter comigo! – Respondeu, deixando Artur sozinho a contatar o rapaz.
    Santiago entrou no pequeno anexo. Era constituído apenas por duas salas, o seu gabinete, onde tratava de tudo sobre a doença e sobre os avanços que quereria mostrar ao mundo e um quarto constituído por cinco camas onde os pacientes da Doença Negra iriam ficar durante o coma. Ele foi até a esse quarto e olhou para Lígia e Edgar que se encontravam ainda em sono profundo. 
    - Porque a cura não podia ser mais fácil? Porque tenho de ter o coração nas mãos sempre que venho até aqui e pensar que podem não voltar a acordar? – Dizia Santiago como se aqueles dois corpos inanimados o pudessem ouvir.
O homem não sabia como era o coma, era uma experiencia de quase morte como muitos falavam, ele tinha medo de os perder, de perder duas pessoas tão importantes para ele! Não, ele não os podia perder, eles eram parte da sua vida. Ele perdera a mãe muito novo, o seu pai era um homem que não podia confiar, mas quando conheceu o seu tio August tudo mudou. Ele percebeu que não estava sozinho, que não precisava de viver só. Joel e Lígia aliaram-se a ele, o Edgar e o Adão ligaram-se a ele por todas as visitas que ele lhes fazia. No fundo eles sempre lhe lembraram ele. Ver Edgar fechado sozinho num quarto sem mais ninguém, apenas com Adão, fazia lembrá-lo da vida só e solitária que teve com a sua mãe. Foi impossível não deixar verter uma lágrima ao vê-los ali naquele impasse. Ele só queria que eles acordassem! Foi então que Edgar mexeu o braço, e Santiago sorriu! Ele não estava morto, estava a lutar, a lutar para vencer aquela terrível doença que podia ser evitada se os seus antepassados não quisessem criar um super-soldado ou um curandeiro para todas as doenças. Naquele momento pensou nos dois irmãos. Os dois agiram mal, com razões distintas, uma escolha boa e outra má, mas não agiram bem de forma alguma. Ninguém tem o direito de transformar a vida de pessoas sem a sua autorização e ao longo da vida deles tudo o que eles fizeram foi modificar e moldar a vida daqueles que os rodeavam. Santiago odiava isso, odiava o que eles tinham feito com a vida de todos os inocentes em que tocaram. Arrependeu-se também de ter infetado Lígia apenas para que a pequena Maria nascesse.
Olhou para ela e viu ela a esboçar um sorriso. Fechou os olhos e abriu rapidamente para ver se não estava a sonhar! Era mesmo um sorriso. Eles estavam a dar-lhe um sinal que ficariam bem, que mal passassem os sete dias eles iriam acordar, iriam ser livres das experiencias para sempre. Isso deixava-o feliz, e a compreender que não era nem igual ao seu pai nem ao seu tio, que o rumo que queria seguir era sem dúvida outro, que não iria usar ninguém à sua volta para testar técnicas absurdas! Ele seria diferente.
Artur e Miguel entraram no quarto e Santiago tentou limpar o rosto disfarçadamente.
- Eles vão voltar! – Disse Miguel esperançosamente, dando força e alegria ao cientista.
- Não tenho dúvidas! – Declarou ainda um pouco emocionado com tudo aquilo.
Levou-os até ao seu gabinete provisório e pediu que se sentassem nas duas cadeiras que tinham à sua frente. Santiago sentou-se e começou a abrir uns papeis que tinham várias fórmulas. Ele andava a estudá-las nos últimos dias, queria contar-lhes a eles, queria que eles soubessem.
- Eu queria falar com vocês os dois porque acho que descobri algo que pode ser do vosso interesse. Tenho de vos dizer uma coisa, uma proposta!
Artur e Miguel ficaram surpresos com a declaração do cientista e olharam atentos enquanto ele falava.

Kodaline regressam a Portugal, ainda este ano

$
0
0


Depois de terem esgotado o Nos Alive, a banda irlandesa está de volta para apresentar o seu terceiro álbum.


Os Kodaline regressam a Portugal para um concerto no Campo Pequeno, dia 14 de novembro, um mês após terem esgotado o Nos Alive.

Neste concerto a banda irlandesa irá apresentar o seu terceiro álbum de originais - ainda sem título - do qual só se conhece o primeiro single "Brother".

Pela primeira vez o quarteto de Dublin trabalhou com uma série de conceituados escritores e produtores, entre eles Wayne Hector e Jonny Coffer (que já escreveu e produziu para artistas como Beyoncé, Emeli Sandé e Naughty Boy).

Todos os membros da banda apresentam uma competência artí­stica multimodal com  Steve Garrigan na voz, guitarra, teclados, bandolim e harmónica, Mark Prendergast na guitarra, voz secundária e teclados, Vinny May na bateria e percursão e Jason Boland no baixo e voz secundária.

Os bilhetes foram colocados à  venda dia 7 de julho e custam entre os 26 e os 35 euros.


"Pulp Fiction"é exibido esta quarta-feira na RTP2

$
0
0

O filme de Quentin Tarantino que venceu uma Palma de Ouro em Cannes e o Oscar para Melhor Argumento vai para o ar hoje, pelas 23h50, na RTP2.

Pulp Fiction é um thriller policial com uma história composta por várias histórias, contada de trás para a frente. Os episódios têm todos uma ação própria, mas estão sempre, de uma forma ou outra, interligados. Pulp Fiction é um surpreendente thriller policial, onde o modernismo se funde com as sangrentas atmosferas dos clássicos dos anos trinta e quarenta.

O título do filme de Quentin Tarantino é uma referência às revistas Pulp, caracterizadas pelas suas histórias sensacionalistas e violência gráfica. 

Tarantino vai desenhando genuínas, irónicas e cruéis atmosferas de marginalidade no meio do mais vulgar quotidiano. E depois, para completar, coloca nesses ambientes assassinos profissionais, gangsters implacáveis, miúdas desmioladas, pugilistas de terceira, sádicos de bairro e assaltantes românticos. 

O filme conta com interpretações de John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman, Harvey Keitel e Maria de Medeiros.

Vale do Fim | Capítulo 40 (Parte 3)

$
0
0
Também disponível no Wattpad em http://goo.gl/uVVbsb 

Capítulo 40 - A Herança (Parte 3)

- Estive a estudar todas as probabilidades de cura! Estive especialmente a estudar o vosso caso, saber quais as probabilidades de vocês sobreviverem se eu vos injetar a cura! Acredito que haja uma probabilidade de oitenta por cento de que ela seja eficaz! Vocês podem deixar de ser semi-híbridos, vocês podem comuns mortais novamente!
Artur e Miguel entreolharam-se. Talvez não estivessem à espera daquela declaração de Santiago. As probabilidades eram altas, mas nem sempre as probabilidades estavam certas, o caso deles poderia estar entre os vinte por cento que falhavam. Esse talvez fosse o medo de Artur, mas foi Miguel quem quebrou o silêncio.
- Se me fizessem essa proposta há um ano atrás, sem hesitar eu responderia sim de imediato! Neste momento, não! – Aquela resposta de Miguel surpreendeu Artur, não parecia o rapaz que aceitou o falso antidoto de George há alguns meses atrás. – Antes eu estava sozinho, era o único com condições únicas, era o único incompreendido que existia neste meu mundinho. Agora as coisas são diferentes, eu tenho o Adão. Nós os dois somos iguais agora que ele não pode ser controlado por ninguém! Somos os dois semi-hibridos. Como se sentiria ele se fosse o único?
As palavras de Miguel emocionaram Artur. Ao ouvir aquelas palavras ele lembrou-se do menino de seis anos que vira no caixão no dia em que ele retornou. As lágrimas correram-lhe pelos olhos ao pensar no que o mundo podia ter perdido se o Projeto MG não atuasse no menino a tempo de o deixar no planeta. Miguel era altruísta, a sua decisão provava-o. Ele iria ser assim para o resto da vida, iria ser diferente, e tudo apenas por compaixão ao seu melhor amigo!
- No fundo eu sempre fui isto desde que me lembro! – Prosseguiu o rapaz. – Em todas as minhas memórias eu corri como nenhum homem correu, tive a força que nenhum homem teve e sobretudo, tive a sorte que nunca ninguém teve! Eu retornei, morri e voltei e tudo graças a este Projeto MG. Eu não posso ser curado, se o Projeto sair de mim… quem serei eu?
A ultima pergunta do rapaz deixou Artur perplexo e igualmente pensativo. Ele tinha memórias, memórias onde o Projeto MG não existia, tinha muito boas recordações, mas já se tinham passado dez anos, dez anos desde que o Projeto fazia parte do seu corpo.
- Tenho de pensar! – Disse por fim.
- Claro, pensem o tempo que for preciso! – Disse Santiago de forma calma e compreensiva. Ele sabia que no fundo eles podiam morrer e por isso não fazia força para que aceitassem de imediato. – Apenas queria que soubessem que pode ser possível reverter a vossa situação. A cura que o Viktor criou há dez anos era uma versão mais simples desta. Retirou grande parte do Projeto, mas não o reverteu por completo. Ele ficou no organismo de todas as cobaias e, consequentemente, fez com que elas ficassem infetadas com a Doença Negra. O vosso caso é diferente, o vosso organismo nunca vos deixará doentes, a cura iria focar-se em tirar de vocês as vossas alterações genéticas que vos permite correr a velocidades incomuns e ter uma força maior que o normal. Vocês sabem onde me encontrar! Eu estarei aqui, estarei sempre aqui para vocês, sempre que precisarem. – Concluiu Santiago antes de eles se levantarem para sair.
Artur e Miguel saíram do anexo após visitarem mais uma vez Lígia e Edgar. Eles iriam acordar novamente, eles iriam ter as suas vidas normais de volta. Quando olhou para Edgar, a sua mente recuou, parecia ter voltado à noite chuvosa em que um rapaz com dezasseis anos lhe ligara, completamente aterrado, depois de sentir o seu coração a explodir, a querer saltar da sua caixa torácica. Lembrou-se do rapaz que lhe ligava para lhe pedir conselhos, e ele tentava estar sempre lá para ele, e para os outros membros do…
- Clube de Mutantes! – Disse Artur, acabando o seu pensamento em voz alta, chamando a atenção do jovem Miguel, que criara esse nome com apenas seis anos.
- Que foi isso Artur?
- Era o que tu nos chamavas quando eras criança, quando fazíamos as reuniões no café da tua mãe!
- Eu era um miúdo, Artur, pensava que eramos super-heróis, mas não eramos, eramos aberrações criadas por cientistas loucos!
- Não os podemos condenar. A nossa vida mudou por causa de tudo isto, mas, como seria a nossa vida sem o Projeto MG? Como estaríamos agora sem a chegada do August a Vale do Fim?
- Provavelmente não conhecerias a Alina e serias um policia com uma vida monótona, se não a encontrasses provavelmente viverias sozinho, não terias o Adão, eu poderia nunca ter ido viver contigo porque a minha mãe poderia nunca se ter ido embora… a nossa vida seria tão diferente!
Artur concordava. A vida deles sem o Projeto MG iria ser completamente diferente. A herança deixada por August e George a todos eles era questionável, mas, e se eles não tivessem existido? Se eles simplesmente não tivessem realizado todas aquelas experiencias? Seria algum dia feliz como era naquele momento em que tudo tinha terminado?
Saiu do anexo e sentou-se no carro. Olhou para o barracão que começava a ser construído, onde se iria sediar o novo grande centro cientifico da região, mas a sua mente levou-o para a noite mais terrível da sua vida, não aquela em que não conseguiu salvar Eva, Viktor e August, mas aquela em que obrigou o amor da sua vida a matá-lo. Quando ele ouviu da boca de Alina que ela estava grávida ele tremeu, ele lembrava-se disso como se tudo aquilo tivesse acontecido no dia anterior. Talvez August e Viktor, com aquela revelação, esperassem que ele recuasse com a loucura, que revelasse ali que ele tinha de morrer apenas para comprovar uma teoria. Mesmo assim ele seguiu em frente, pensou no bebé que ela carregava no ventre e pensou que ele precisava de apoio, e quem lhe poderia dar mais apoio do que uma pessoa que não morria de forma fácil.
Os seus pensamentos pararam quando sentiu o telemóvel vibrar no seu bolso. Olhou para o visor. Alina.
- Não te atrases para o almoço! – Disse ela. – Estou a fazer o teu prato preferido, o teu e o do Adão!
- Eu prometo que vou tentar não me atrasar, mas antes… eu tenho de ir a um sitio. O Santiago disse-me uma coisa, eu depois falarei contigo sobre isso, mas eu quero ir a um sitio, quero ver se decido acertadamente e acredito que ali será o sitio certo.
- Estás-me a assustar, Artur! – Disse Alina preocupada. – É alguma coisa grave?
- Confia em mim, Alina! – Disse ele, rindo e chorando ao mesmo tempo. – Eu nunca te falhei desde que me conheceste, bem tirando os tiros que me deste pela minha vontade. – Riu-se novamente. – Amo-te, Alina, nunca te esqueças disso! Eu irei para casa assim que arejar, assim que tomar a decisão!
Ligou o carro e seguiu caminho. Quando a estrada terminou parou o carro e entrou pelo meio das grandes e velhas árvores. Lembrou-se da noite em que o barracão foi queimado, que as árvores lhe metiam medo enquanto segurava Eva, que devia ter treinado de imediato para a conseguir salvar e ter evitado a tragedia que não conseguiu evitar. Talvez por causa disso, por se sentir culpado, ele treinasse todos os dias, mas só se dirigia àquele local nos dias em que queria recordar mesmo que tudo era real.
Os destroços do autocarro ainda lá estavam. Cheios de ervas daninhas, cada vez com maior dificuldade de acesso, mas mesmo assim ele correu até lá e entrou no autocarro. Lembrava-se ainda do banco onde estava sentado, do banco onde Eva estava sentada, mesmo atrás do seu, do banco do Raul, da Olívia e de onde as forças de emergência tinham entrado. Ele lembrava-se de tudo. Naquele momento, animais selvagens, não lobos, esses eram raros, também, já tinham andado por ali, já tinham mordiscado aqueles bancos, já tinham deixado ali a sua marca. Artur saiu do autocarro e olhou para ele novamente. Se não fosse aquele autocarro a sua vida tinha sido tão diferente.
Sentiu alguém chegar ao seu lado.
- Estás aqui? – Perguntou Adão. – Bem me parecia que era o teu carro que estava ali parado quando ia a caminho de casa.
Artur não respondeu e abraçou o filho. Chorava que nem um bebé. Adão não entendia, mas abraçou-o da mesma forma. Um abraço forte que apenas dois híbridos poderiam fazer.
- Eu não quero curar-me! – Gritou Artur a olhar para o autocarro. – Tu tornaste-me assim e eu quero ser assim para o resto da minha vida! Eu não quero ser normal, tu trouxeste-me o que mais tenho de valioso, eu não me vou curar! Apenas assim posso agradecer ao August por ele me ter dado tudo o que tenho agora. Ele pode ter agido mal, sim, mas inconsequentemente ele trouxe-me a melhor vida que eu podia ter. Eu serei assim para sempre! Eu serei um semi-hibrido até ao fim dos meus dias. Isto faz parte dos meus genes, faz parte do meu ADN! Eu quero proteger o meu filho, a minha mulher de todo o mal que poderá vir um dia! Eu serei assim para sempre porque é assim que sou feliz! – Prosseguiu, deixando Adão um pouco atarantado, sem saber o que ali se estava a passar.
- Vamos Adão, vamos para casa, a tua mãe espera-nos.
- Passa-se alguma coisa? – Perguntou o rapaz.
- Nada, estou apenas feliz! – Respondeu o homem.
Caminharam enquanto o autocarro ficava para trás e o sorriso de Artur aumentava, era altura de viver a sua vida, era altura de ser ainda mais feliz do que era até ali!

"Amar Pelos Dois" será tema de abertura de telenovela brasileira

$
0
0

A canção "Amar pelos Dois", com a qual Salvador Sobral venceu o Festival Eurovisão da Canção 2017, em Kiev, na Ucrânia, foi escolhida para o genérico da telenovela brasileira Tempo de Amar.

Com estreia marcada no Brasil para Setembro Tempo de Amar, de Alcides Nogueira, será, de acordo com um comunicado da TV Globo, uma novela de época passada no Brasil e em Portugal, entre 1927 e 1930, centrada numa história de amor eterno, e que fala de vários tipos de amor: o amor puro de Maria Vitória por Inácio,  o amor egoísta e traiçoeiro de Lucinda por Inácio, e o amor secreto de Delfina por José Augusto.

Tendo como protagonistas os atores Vitória Strada e Bruno Cabrerizo, Tempo de Amar contará ainda com um elenco de luxo, do qual fazem parte nomes como Regina Duarte, Tony Ramos, Letícia Sabatella, ou Cassio Gabus Mendes, entre outros.

Foto: © Andres Putting 

Viewing all 14888 articles
Browse latest View live